Grupo de policiais amotinados realiza protestos por aumento salarial - Batalhões da Polícia Militar no Ceará foram invadidos, e carros oficiais tiveram os pneus esvaziados para impedir o trabalho da PM, conforme a Secretaria da Segurança Pública
Policiais do Ceará se reuniram com senadores para ouvir propostas do governo estadual
Após reunião entre representantes dos policiais e comissão de senadores, policiais militares que participam de um motim no Ceará decidiram recusar proposta do governo para chegar a um acordo do fim da paralisação. O encontro ocorreu na noite desta quinta-feira (20), no 18º Batalhão da Polícia Militar, em Fortaleza. A decisão dos policiais amotinados foi feita por volta das 23h40.
Os representantes dos policiais decidiram manter a paralisação após o representante da categoria, o ex-deputado federal Cabo Sabino, informar as propostas do governo.
“Nós vamos continuar aqui [no quartel] com a decisão da maioria da categoria e nós só estamos aqui para obdecer o que a maioria decidiu”, disse Sabino.
"Ele (o governo do Ceará) diz que até 7h da manhã, quem sair aqui do movimento, quem já está identificado não tem anistia. Quem não estiver identificado eles não vão atrás, mas não garante nada. Aqueles que estão respondendo IPM (Inquérito Policial Militar) vão continuar respondendo. Aqueles que foram identificados não tem anistia, não tem nada disso. E os que não foram identificados até 7h, não vão atrás de identificar", declarou Sabino.
Como resposta, os manifestantes fizeram coro com gritos de "eu não vou embora" e “não vai ter carnaval”.
Horas antes, a comissão de senadores, formada por Eduardo Girão (Podemos/CE), Elmano Férrer (PR/PI) e Major Olímpio (PSL/SP), se reuniu com o governador Camilo Santana em uma tentativa de negociar o fim do motim policial que ocorre desde terça-feira (18) no Ceará. Alguns policiais militares se dizem insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial do governo.
Três policiais foram presos e mais de 300 são investigados por "vandalismo" e "motim", segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
Entre as propostas do Governo do Estado, também está o reajuste do salário-base de um soldado de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022. O salário atual da categoria é de R$ 3,2 mil.
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