A Polícia Rodoviária Federal no Ceará (PRF) anunciou que contará com reforço para fiscalizar os casos de embriaguez ao volante durante o feriado de Carnaval: serão 23 bafômetros passivos a mais utilizados por agentes nas rodovias federais. O aparelho é diferente do usado comumente nas abordagens e não necessita de bocal. A força-tarefa da PRF deve ter à sua disposição, entre bafômetros tradicionais e passivos, 77 equipamentos para medir presença de álcool em motoristas.
Este ano, 28 aparelhos passivos serão usados na fiscalização. O número é cinco vezes maior do que em 2019, quando os agentes federais tiveram acesso a cinco unidades do equipamento. A tecnologia será usada durante a Operação Carnaval 2020, e segue até a próxima quarta-feira (26), em todo o Estado.
O dispositivo funciona como uma triagem para avaliar a necessidade do uso do bafômetro comum, que mede o nível de álcool no sangue. Ao aproximar o sensor do motorista abordado, a máquina reage à presença de álcool e pode brilhar em duas cores: vermelho, mostra presença de álcool e verde indica que o motorista não consumiu a substância.
Exame - Após o teste, os usuários com presença de sangue são encaminhados para o exame de alcoolemia, com bafômetro tradicional. Medir a concentração é importante para aplicar as penalidades cabíveis. “Motoristas com nível de álcool no sangue entre 0,05 mg a 0,33 mg são multados e tem o carro retido”.
R$ 2.934,70 - É o valor da multa para o condutor que se recusa a fazer o teste do bafômetro. Se houver reincidência, a multa é dobrada e o motorista terá CNH cassada.
A conduta muda quando a concentração excede esse limite. “Caso o condutor esteja com nível maior 0,34, ele é autuado em flagrante por crime de trânsito e conduzido para uma unidade da Polícia Civil”.
Batalhões seguem ocupados no 5º dia de paralisação dos PMs no Ceará
Parte dos policiais militares do Ceará realizam motim em reivindicação por aumento salarial
Quatro ruas no entorno do 18º Batalhão em Fortaleza estão tomadas de carros da polícia parados neste sábado
Batalhões da Polícia Militar seguem ocupados na manhã deste sábado (22) em Fortaleza e cidades do interior do estado, no quinto dia de paralisação de policiais do Ceará. Pelo menos três unidades seguem inoperantes e com PMs amotinados. Um dos primeiros a registrar motim, o 18º Batalhão da Polícia Militar, no Bairro Antônio Bezerra, na capital, está rodeado de carros da polícia com pneus esvaziados nesta manhã. Policiais e familiares estão dentro da unidade.
Desde terça-feira (19), homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram quarteis e depredaram e esvaziaram pneus de veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana. A Secretaria da Segurança do estado considera os atos "motim" e vandalismo". Em meio à paralisação, 51 homicídios já foram confirmados no estado.
Ocorrências - Entre a noite de sexta-feira (21) e a madrugada de sábado (22), diversas ocorrências policiais foram registradas em Fortaleza, na região metropolitana e no interior do estado. Duas irmãs foram mortas a tiros na cidade de Pacatuba, na Grande Fortaleza. Na capital, uma dupla tentou assaltar um policial à paisana, mas o agente reagiu e os dois suspeitos acabaram morrendo. Também em Fortaleza, no Bairro Planalto Ayrton Senna, um homem foi assassinado a tiros na frente da mãe idosa na noite de sexta.
A segurança nas ruas do estado foi reforçada com a presença de 2,5 mil soldados do Exército Brasileiro, dentro da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo presidente Jair Bolsonado para o Ceará, além de 150 agentes da Força Nacional que já estão no Estado para conter a crise na segurança pública após o motim de parte dos policiais militares.
Outros 150 agentes da Força Nacional devem chegar ao Ceará neste fim de semana.
As Forças Armadas atuam, principalmente, no patrulhamento em cidades da Região Metropolitana de Fortaleza, e o envio para o interior vai depender da necessidade.
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