Criminosos trocaram tiros de fuzil durante cerca de três horas nas favelas Gereba, Rampa e do Boi, no Jangurussu, contra oponentes da comunidade Babilônia, no Barroso, após morte de comparsas no presídio CPPL 2.
Uma intensa troca de tiros entre bandidos das facções Guardiões do Estado (GDE) e Comando Vermelho (CV), causou pavor aos moradores de quatro comunidades dos bairros Jangurussu e Barroso, na zona sul de Fortaleza, durante a madrugada desta sexta-feira (27). Foram, pelo menos, três horas de disparos de armas de grosso calibre – incluindo fuzis – que deixaram a população acordada. A morte do integrante de uma das facções teria gerado o conflito. A Polícia não apareceu na área.
O tiroteio intenso envolveu bandidos do CV e da GDE das favelas Gereba, Rampa e do Boi contra criminosos alojados na comunidade Babilônia. O conflito começou por volta de 3 horas da manhã e se estendeu até por volta das 6 horas, conforme denunciaram os moradores.
O motivo do conflito teria sido a morte do bandido identificado como Igor Menezes Nunes, 22 anos, conhecido por “Igor Bocão” ou “Igor Babilônia”, um dos chefes de uma das facções que dominam a área do Barroso II. Ele foi assassinado na madrugada de quinta-feira numa das celas da Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Clodoaldo Pinto, a CPPL 2, no Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Vingança
A morte de “Igor Babilônia” teria sido uma retaliação da facção GDE, já que no dia anterior, um membro do CV, Davi Lameu de Souza Neto, 45 anos, foi assassinado depois de sofrer torturas também na CPPL 2. Os assassinos chegaram a arrancar os olhos de Davi e fotografaram os órgãos nas mãos de um dos matadores. As imagens foram postadas pelos assassinos nas redes sociais.
Até o momento, a Polícia não revelou se houve mortos ou feridos nos confrontos da madrugada.
Via Cearanews7
Justiça condena a 16 anos de prisão procurador que matou o delegado Cid Júnior
Após 13 horas de sessão, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca do Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza), condenou a 16 anos de prisão o procurador de Justiça aposentado, Ernandes Lopes Pereira. Ele é acusado de ter assassinado um delegado da Polícia Civil do Ceará. O crime ocorreu há nove anos. A defesa do réu recorreu contra a sentença e ele permanecerá em liberdade até o julgamento do recurso pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
O crime ocorreu em agosto de 2008. O procurador foi preso em flagrante logo após disparar um tiro de pistola na cabeça do delegado Cid Júnior Peixoto do Amaral, que, na época, era o titular do 19º DP (Conjunto Esperança). Desde então, Ernandes alega que o crime não foi intencional, que sua pistola disparou acidentalmente e atingiu o amigo.
O inquérito policial chegou à Justiça 10 dias após o assassinato do delegado e se transformou em um processo que tramitou com um vai-e-vem de recursos judiciais da defesa e da acusação. Somente nove anos depois, o procurador sentou no banco dos réus e seus advogados continuaram sustentando a tese de um disparo acidental.
Desembargador
Várias testemunhas e informantes foram ouvidos ontem durante a sessão de julgamento. Uma perita da Pefoce prestou esclarecimentos, assim como um ex-motorista do acusado do acusado do crime. No total, seis testemunhas foram ouvidas em plenário pelo presidente da sessão, juiz de Direito Henrique Botelho Romcy. Entre eles, o irmão do delegado assassinado, o desembargador Jucid Peixoto do Amaral.
Logo após ser anunciado o veredito, o advogado de defesa do procurador, Maurício Pereira, anunciou que iria recorrer contra a decisão do Júri. Por conta disso, o réu deve permanecer em liberdade até o julgamento do recurso.
Fonte: Jornalista Fernando Ribeiro
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