Web Radio Cultura Crato

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Eduardo aumenta ilícitos após tornozeleira em Bolsonaro, diz Moraes

 


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), escreveu neste sábado (19) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou a prática de condutas ilícitas depois que medidas cautelares foram impostas contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, entre elas a instalação de uma tornozeleira eletrônica.

No despacho de hoje, Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) junte aos autos desse inquérito postagens e entrevistas feitas por Eduardo logo após a revelação das medidas cautelares contra Bolsonaro.

“Após a adoção de medidas investigativas de busca e apreensão domiciliar e pessoal, bem como e imposição de medidas cautelares em face de JAIR MESSIAS BOLSONARO, o investigado EDUARDO NANTES BOLSONARO intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigação, por meio de diversas postagens e ataques ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL nas redes sociais”, disse Moraes.

Foi a primeira manifestação do ministro em relação ao caso depois do governo dos Estados Unidos ter anunciado o cancelamento do visto norte-americano de Moraes e seus “aliados no STF”, além de familiares dos ministros da Corte.

Neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou contra a revogação dos vistos e prestou solidariedade aos ministros do Supremo.

Medidas

Bolsonaro colocou o tornozeleira na sexta-feira (18), por ordem de Moraes. A decisão foi depois confirmada pela maioria da Primeira Turma do STF. O ex-presidente está proibido de sair de casa à noite, entre as 19h e as 6h, e aos fins de semana. Ele também não pode falar com o filho Eduardo ou com embaixadores de outros países, nem se aproximar de embaixadas ou consulados.

O ex-presidente foi também alvo de busca e apreensão em sua casa e escritório profissional, na sede do PL, em Brasília. Foram apreendidos um pen drive que estava escondido em um dos banheiros da residência, além de US$ 14 mil e R$ 8 mil em dinheiro vivo.

As medidas foram tomadas no âmbito de um inquérito aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar se Bolsonaro e Eduardo cometem os crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, devido à atuação dos dois em prol de sanções contra autoridades brasileiras e o próprio país.

Na decisão de sexta, que impôs as cautelares ao ex-presidente, Moraes cita o risco de fuga de Bolsonaro, apontados pela PF e a PGR, bem como a necessidade de que ele interrompa a conduta ilícita de tentar intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) a arquivar a ação penal em que é réu por tentativa de golpe de Estado, além de outros quatro crimes.

Moraes mencionou que o próprio Bolsonaro confessou ter enviado R$ 2 milhões para que o filho se mantenha nos Estados Unidos, para onde foi em março, após se licenciar do mandato de deputado.

Segundo a PF e a PGR, Eduardo atua em nome do pai num périplo por Washington para convencer o governo dos EUA a impor sanções a autoridades brasileiras como forma de pressionar a Justiça do Brasil a arquivar a ação penal do golpe.

Como prova, os órgãos apresentaram um apanhado de publicações feitas desde março por Bolsonaro e Eduardo nas quais defendem a imposição de sanções a autoridades brasileiras. Em algumas delas, o filho do ex-presidente relata reuniões com representantes do governo dos EUA.

O caso está relacionado à taxação de 50% sobre todos os produtos brasileiros com destino aos EUA, anunciada neste mês pelo presidente norte-americano Donald Trump, que justificou a medida afirmando que Bolsonaro sofre uma “caça às bruxas” no Brasil, entre outros motivos.

Outro lado

Logo após ter a tornozeleira eletrônica instalada, na Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Bolsonaro parou para falar com jornalistas e disse que o objetivo da medida imposta por Moraes seria promover sua “suprema humilhação”. Ele negou qualquer plano de sair do país para fugir de eventual condenação.

Em nota, a defesa de Bolsonaro disse que “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”.

(Agência Brasil)

Preta Gil morre aos 50 anos após perder batalha contra o câncer

 Cantora estava em tratamento desde janeiro de 2023, quando descobriu o tumor maligno

Preta Gil morreu vítima de um câncer

Preta Gil morreu aos 50 anos neste domingo (20). A cantora enfrentava uma batalha contra um câncer de intestino. Ela estava em tratamento desde janeiro de 2023, quando descobriu o tumor maligno, e teve idas e vindas ao hospital. Preta, inclusive, chegou a se mudar para São Paulo para ter melhor assistência médica. A morte foi confirmada pela família.
Durante o tratamento, Preta Gil passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. Ao longo da batalha contra o câncer, a filha de Gilberto Gil passou por um momento delicado quando sofreu um choque séptico causado pela infecção de uma bactéria.
Na mesma época em que sofreu com a septicemia, se tornou público o fim do casamento de Preta com Rodrigo Godoy. Em um desabafo compartilhado nas redes sociais, a cantora confirmou a infidelidade do ex-marido e pediu para que protegessem de “toda essa nojeira”, pois ela estava “frágil”.
Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, a artista deixa um filho, Francisco Gil, e uma neta, Sol de Maria.

Relembre a trajetória de Preta Gil - Nascida no Rio de Janeiro, em 8 de agosto de 1974, Preta Maria Gadelha Gil Moreira, mais conhecida como Preta Gil, é a quarta filha de Gilberto Gil, fruto da relação do cantor com a empresária Sandra Gadelha. Sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa, a cantora cresceu rodeada de música e de alguns dos maiores ícones da música brasileira.
Mesmo sendo parte de uma família de artistas, Preta Gil começou na música apenas aos 29 anos. A artista, que antes seguia uma carreira de produtora de videoclipes e publicitária, lançou em 2003 o primeiro álbum da carreira, o Prêt-à Porter, incentivada por amigos, como Ivete Sangalo e Ana Carolina, que a ajudaram o estúdio para gravação e composições. O disco conta com a famosa faixa Sinais de Fogo e causou polêmica na época pelo fato de a capa ser uma foto de Preta nua.
Ao todo, a cantora gravou quatro álbuns de estúdio – Prêt-à Porter (2003), Preta (2005), Sou Como Sou (2012) e Todas as Cores (2017) - e dois DVDs ao vivo, o Noite Preta, gravado em 2009 em uma casa noturna no Rio de Janeiro, e o Bloco da Preta, de 2014, nome do famoso bloco de carnaval que a artista comanda e que já levou a diferentes cidades do Brasil.
Preta começou a trabalhar como apresentadora em 2004, com o Caixa Preta, um programa musical de auditório na Band TV. Em 2010, ganhou um programa de rádio e um talk show sobre sexo, o Vai e Vem, exibido no canal por assinatura GNT.
Como atriz, a artista trabalhou em diferentes emissoras. A estreia dela na teledramaturgia foi na novela Agora que São Elas, da TV Globo. Na Record TV, Preta Gil atuou nas novelas Caminhos do Coração e Os Mutantes. O último programa do qual ela fez parte foi na série Em Casa com os Gil, no qual a família de Gilberto Gil celebrou os 80 anos do cantor e compositor.
Além do trabalho com a música, Preta Gil também é reconhecida pelo lado de empresária. Em 2017, a cantora fundou a agência Music2Mynd em parceria com os empresários Fatima Pissarra e Carlos Scappini. A empresa trabalha com empresariamento artístico, marketing digital, ações publicitária e gerenciamento de carreira de cantores, atores, atletas e influenciadores digitais. Entre os contratados da agência estão nomes como Pabllo Vittar, Elba Ramalho, Luísa Sonza, Leo Santana, Gil do Vigor e muitos outros.
Na vida pessoal, a cantora teve relacionamentos com alguns famosos. O primeiro casamento da artista foi com o ator Otávio Müller, com quem teve o único filho, Francisco Gil, integrante da banda Gilsons.
O segundo matrimônio da artista foi com o mergulhador Carlos Henrique Lima, com quem foi casada por quatro anos. A artista já namorou Caio Blat, Paulo Vilhena, Marcos Mion e o último casamento dela foi com o professor de educação física Rodrigo Godoy, de quem se separou em meio ao tratamento contra o câncer.
Ao longo da vida, Preta sempre defendeu causas que considerou importante. A artista sempre defendeu a diversidade e igualdade racial e desde jovem questionou os padrões de beleza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário