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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Barroso acusa Jair Bolsonaro de auxiliar “milícias digitais”

        

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de contribuir com o que chamou de “milícias digitais” ao reabrir, nesta terça-feira (1°) os trabalhos da Corte. O ministro acusou Bolsonaro de vazar dados sigilosos do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre o TSE e disse que a divulgação auxiliou grupos criminosos de atuação na internet que atentam contra a Justiça Eleitoral.

– Informações sigilosas que foram fornecidas à PF para auxiliar uma investigação foram vazadas pelo próprio presidente da República em redes sociais. Divulgando dados que auxiliam milícias digitais e hackers de todo o mundo que queiram invadir nossos equipamentos. O presidente da República vazou – afirmou.

O presidente do TSE também mandou um “recado” para os integrantes da Comissão de Transparência das Eleições, que reúne representantes de entidades públicas e privadas, como as Forças Armadas, e tem como função dar maior confiança ao processo eleitoral. O presidente do TSE exigiu publicamente dos membros da comissão a garantia de que não haverá vazamentos indevidos.

Barroso também falou sobre a participação de plataformas de rede social durante as eleições e disse que aquelas “que queiram operar no Brasil têm que estar sujeitas à legislação brasileira e às autoridades judiciais do país”. Atualmente, a Corte tenta pressionar os responsáveis pelo aplicativos de mensagens Telegram.

– Nenhuma mídia social pode se transformar num espaço mafioso, onde circulem pedofilia, venda de armas, de drogas, de notas falsa, ou de campanhas de ataques à democracia – completou.

*AE

Moraes envia notícia-crime contra Bolsonaro à PGR

       

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR). No documento, Moraes determina que a PGR se manifeste no prazo de 15 dias sobre o inquérito da Polícia Federal (PF) sobre suposto crime cometido por Bolsonaro.

O presidente havia sido intimado por determinação do próprio Alexandre de Moraes para depor na PF na última sexta-feira (28). Todavia, Bolsonaro faltou o depoimento. Ele deveria prestar esclarecimentos sobre a acusação da polícia de que teria cometido crime ao expor dados sigilosos da corporação durante uma live.

A PF concluiu nesta quarta-feira (2) o inquérito referente ao caso e reafirmou que o presidente cometeu crime, mas disse que não irá indiciá-lo em respeito ao foro privilegiado. (Pleno News)

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