Fadiga ou cansaço; alopecia, conhecida popularmente como queda de cabelo, e falta de ar foram os sintomas físicos mais citados entre pacientes cearenses que ficaram internados por Covid-19 no Hospital Estadual Leonardo da Vinci (Helv) como sequelas da doença. Entre as complicações psicológicas, os cinco problemas mais frequentes foram ansiedade, insônia, angústia, alteração cognitivo-comportamental e medo de morrer, respectivamente.
Esses foram os primeiros achados da Follow-up, vertente do projeto ResCOVID, que é liderado pela Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). A partir de entrevistas realizadas por telefone, a Follow-up busca detectar vestígios sintomatológicos relacionados a sequelas e complicações da Covid-19 após o período de internamento em seis unidades de saúde da rede pública estadual.
Os primeiros resultados levantados pelo projeto dizem respeito a 470 pacientes que ficaram internados no Hospital Estadual Leonardo da Vinci, unidade referência para Covid-19 no Estado. Destes, 275 foram atendidos durante a primeira onda da pandemia, em 2020, e 195, na segunda onda, no ano passado.
Chama atenção dos pesquisadores a frequência com que a fadiga/cansaço foi relatada pelos pacientes internados nos dois primeiros anos da pandemia de Covid-19. Entre os pacientes atendidos no Helv em 2020, 27,3% apontaram o problema. No ano seguinte, esse percentual passou para 40%.
Em segundo lugar na investigação de sintomas físicos vem a alopecia — 20,7% em 2020 e 40,5% em 2021. Em seguida está a falta de ar, com 18,9% no ano em que a pandemia teve início e 11,3% no ano seguinte.
A pesquisa aponta, ainda, outras sequelas e complicações físicas. São elas: perda de memória, artralgia (dor na articulação), dificuldade para andar, inapetência, mialgia, tosse, dor de cabeça, dor no peito, febre, perda de olfato (anosmia), diarreia, náuseas, perda de paladar (ageusia), calafrio e dor abdominal.
No âmbito psicológico, são cinco os problemas que apareceram com mais frequência, conforme o levantamento: ansiedade, insônia, angústia, alteração cognitivo-comportamental e medo de morrer, respectivamente. Juntas, ansiedade e insônia afetaram mais de 60% dos pacientes em 2021 no pós-internamento.
Com informações do O Povo.
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