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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Ucrânia: autoridades voltam a pedir à população para pegar em armas

                

O Ministério da Defesa da Ucrânia disse hoje (25), em comunicado, que as Forças Armadas estão travando duras batalhas para repelir os ataques do Exército russo em todo o território e voltou a pedir o apoio da população.

O pedido partiu do próprio presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmou que o fornecimento de armas a todos os cidadãos que desejam defender a soberania da Ucrânia já começou.

"Nossos militares precisam desse apoio. O principal é que precisam do apoio de nossa população. Temos um exército de pessoas poderosas. Nossa população também é um exército poderoso. Então, apoiem os militares”, disse Zelensky.

O dia amanheceu em Kiev com explosões e sirenes de alerta. Cerca de 3 milhões de pessoas vivem na capital ucraniana. Estima-se que, desde o início da invasão russa, mais de 100 mil pessoas fugiram de suas casas e dezenas de milhares deixaram a Ucrânia, segundo informações da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

O Ministério russo da Defesa confirmou que o Exército do país já está em Kiev, a capital ucraniana, e que áreas residenciais não serão atingidas

Zelensky pediu à imprensa que divulgue mais intensamente o sucesso das Forças Armadas ucranianas e as perdas do inimigo. “O inimigo sofreu pesadas perdas., que serão ainda maiores. A Ucrânia está sob ataque pelo ar por Norte, Leste e Sul”, disse.

“O futuro do povo ucraniano depende de cada cidadão. Todo mundo que tem experiência de combate e pode se juntar à defesa da Ucrânia deve se dirigir aos centros apropriados. O Ministério da Administração Interna envolverá veteranos na defesa do Estado”, acrescentou.

O presidente também pediu aos cidadãos que se unam à doação de sangue para os feridos. Zelensky disse que 137 pessoas morreram e 316 ficaram feridas no primeiro dia de operações, incluindo dezenas de civis.

Autoridades ucranianas orientaram a população a preparar coquetéis molotov para defender a capital e a se abrigarem em estações de metrô que foram transformadas em abrigos.

O chanceler russo, Sergey Lavrov, afirmou que o país não negociará enquanto a Ucrânia resistir. O objetivo de Moscou é, segundo Lavrov, desmilitarizar a Ucrânia.

Enquanto os Estados Unidos e os governos ocidentais impõem sanções a Moscou, Zelensky afirmou que se sente sozinho. "As forças mais poderosas do mundo assistem de longe. As sanções de ontem persuadiram a Rússia? Vemos em nossos céus e sentimos no chão que elas não são suficientes", afirmou em vídeo divulgado no Telegram.

Primeiro parágrafo alterado às 12h30 para correção de informação: o comunicado é do Ministério da Defesa da Ucrânia, não do russo.

(Pleno News)

Presidente da Ucrânia diz que o país foi deixado sozinho

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, afirmou nesta sexta-feira (25), pelo horário local, que seu país foi abandonado após a invasão russa. De acordo com o chefe de Estado ucraniano, não há ninguém disposto atualmente a lutar junto com seu país.

– Nos deixaram sozinhos para defender nosso Estado. Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo – lamentou.

Vestindo uma camiseta, com a barba por fazer e falando em ucraniano, em vez de seu russo nativo, Zelenski disse ter recebido informações sobre grupos de sabotagem.

– É por isso que estou pedindo aos cidadãos de Kiev que sejam vigilantes e cumpram as regras da lei marcial – afirmou.

Entre os muitos rumores falsos que circulam, de acordo com Zelenski, havia um de que ele havia fugido do país. O presidente da Ucrânia reforçou, porém, que ele continuará em Kiev.

Zelenski disse ainda que sua família também estava na Ucrânia, mas que ele não poderia divulgar sua localização, pois “o inimigo”, forma usada por ele para se referir à Rússia, o teria marcado como alvo número 1 e sua família como alvo número 2.

– Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe de Estado – completou.

*AE

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