Óbitos de pacientes internados em Unidades de Pronto Atendimento reduziram para 101 contra 169 da penúltima semana
O Ceará encerrou a última semana de maio anotando redução nas mortes por Covid-19 em Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Se entre 18 a 24 do mês passado foram 169 óbitos, nos sete dias posteriores, isto é, de 25 a 31, o número chegou a 101. Comparando os dois períodos, houve uma queda de 40,2%.
As informações constam no IntegraSUS, que consolida os dados referentes ao novo coronavírus SARS-CoV-2. Segundo a plataforma, a média de atestados de óbitos em Upas na penúltima semana foi de aproximadamente 24 por dia. Já nos últimos sete dias, quando houve o decréscimo, foram 14 a cada 24 horas.
O boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) não especifica em quais equipamentos de saúde as mortes aconteceram, nem tampouco o perfil das vidas que não resistiram às complicações da Covid-19.
Contudo, os acumulados nas duas quinzenas de maio mostram aumento nas mortes. Pelo menos 550 delas ocorreram em Upas, sendo 217 nos primeiros 15 dias e outras 333 na segunda metade do mês. O saldo representa um acréscimo de 53,4% dos óbitos registrados nos equipamentos considerados portas de entradas para pacientes infectados.
Pico - O levantamento indica que o pico de óbitos nas Upas ocorreu nos dias 13 e 14 de maio, com 42 vítimas cada no intervalo de 24 horas. Na segunda metade do mês, o maior índice foi de 33 mortes, número que também se repetiu nos dias 17 e 18. Por outro lado, o dia 1º, um mês atrás, contabilizou um óbito, o menor valor mensal.
Os óbitos anotados no mês passado representam 83,6% do total já confirmado no Ceará desde o início da pandemia. Isso porque, entre março e maio, a Sesa aponta que 3.010 cearenses faleceram vítimas da doença.
A primeira atualização do mês de junho, feita nesta segunda-feira (1°), informa que ainda não há confirmações de mortes por Covid-19 em Upas.
Ceará registra 64,9% de aumento no número de homicídios de mulheres entre março e abril
O número de homicídios de mulheres no Ceará aumentou 64,9% entre março e abril deste ano. Os dados são da segunda atualização do relatório intitulado como Violência Doméstica durante a Pandemia de Covid-19, divulgado nessa segunda-feira (1), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
O documento tem como referência dados coletados nos órgãos de segurança dos estados brasileiros. Em relação ao número de homicídios de mulheres, o relatório informa que houve aumento na quantidade de vítimas em metade dos oito estados que encaminharam seus respectivos resultados: Amapá (100%), Acre (75%), Ceará (64,9%) e Rio Grande do Norte (8,3%). O grupo em que se viu uma redução no índice é composto por São Paulo (-10%), Pará (-7,7%) e Espírito Santo (-6,7%).
Com a pandemia, as mulheres vítimas de violência acabam tendo sua rede de apoio comprometida, em virtude das medidas de quarentena, além de ter de conviver com o agressor. Muitas delas também não sabem para onde correr, quando decidem romper o ciclo de violência, que geralmente abrange aumento da tensão entre vítima e agressor, a consumação da violência e demonstrações de arrependimento e perdão por parte do agressor.
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