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domingo, 22 de setembro de 2024

Na Bahia, mulher é mantida em cativeiro durante 10 anos pelo próprio tio; veja as imagens

 


A mulher mantida em cárcere privado pelo tio por quase 10 anos sofreu diversas violências durante o período em que viveu sob o poder do suspeito. A jovem foi libertada após uma operação da Polícia Civil do Espírito Santo, na sexta-feira (20), na cidade de Jucuruçu, no extremo sul da Bahia.

Desaparecida desde 2015, ela foi encontrada em um cativeiro localizado em uma área de difícil acesso. A vítima entrou em contato com a família através de uma rede social e pediu socorro.

Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público do Espírito Santo, que lideraram a operação, há oito meses o suspeito de 43 anos teria dado um celular à vítima e, pelo aparelho, ela solicitou o resgate.

Além de libertar a vítima, a polícia apreendeu no local usado como cativeiro três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo uma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos. As armas não possuem autorização legal (veja fotos mais abaixo).


As violências relatadas pela vítima aos órgãos investigadores foram:

A jovem teria começado a ser coagida em 2014, quando o suspeito cometeu o primeiro abuso sexual contra ela ao descobrir que mantinha “paqueras” na escola.

Foi sequestrada aos 15 anos em Rio Bananal, no norte do Espírito Santo, e levada para Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. Na época, ela deixou uma carta para a família.

Ao chegar a Bahia, passou a ser deixada trancada em casa.

Suspeito dizia que se ela tentasse fugir, mataria ela e a família.

Desde então, só saía de casa acompanhada do suspeito e era vigiada todo o tempo.


Ele não permitia que ela fosse à escola.

O suspeito monitorava conversas ocasionais dela com outras pessoas.

Tio e sobrinha viajavam apenas de carro, nunca de ônibus.

Por conta dos abusos sexuais, ela engravidou dele, mas o bebê morreu 21 dias após o nascimento.

Ela foi levada pelo suspeito para outras cidades, como Vitória, no Espírito Santo, e depois para Jucuruçu, onde chegou com 18 anos.

Era obrigada a trabalhar na roça e o suspeito lhe dava R$ 100.

Era constantemente agredida fisicamente.

Nunca teve aparelho telefônico e só teve acesso a um há oito meses.

Apesar da operação policial, o suspeito conseguiu fugir para a mata ao notar a chegada dos agentes. As buscas pelo homem continuam.

A polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro dele seja comunicada pelo Disque Denúncia 181, com garantia de sigilo.

Na operação, as equipes realizaram campanas na região para identificar o cativeiro e cercaram o local.

"O criminoso conhecia muito bem a área e, apesar de ser perseguido pelos policiais por um longo período, conseguiu evadir. Continuamos as buscas para capturá-lo", explicou Fabrício Lucindo, delegado da 16ª Delegacia Regional de Linhares, no Espírito Santo.

A operação foi liderada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PC-ES), por meio da Superintendência de Polícia Norte e da 16ª Delegacia Regional de Linhares, com o apoio da Delegacia de Polícia (DP) de Rio Bananal e do Promotoria de Justiça de Rio Bananal. De acordo com a PC-ES, a Polícia Militar da Bahia apoiou a operação.

Veja, abaixo, imagens do local onde ela era mantida em cativeiro em Juruçu-BA:
Via Diário do Brasil Notícias

Moraes autoriza investigação para PF identificar quem acessou o X após ordem de bloqueio


A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal (PF) está em busca de identificar quem continua acessando a rede social X, de Elon Musk, no Brasil, mesmo após o bloqueio imposto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o jornal O Globo, Moraes autorizou a investigação dos usuários que driblam a suspensão na última segunda-feira, 16 de setembro.

No dia 30 de agosto, o ministro ordenou a suspensão “imediata, completa e integral” da plataforma em todo o território nacional, estipulando uma multa diária de R$ 50 mil para quem fizesse uso de “subterfúgios tecnológicos”, como o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais), para acessar o X.

Embora a PF tenha autorização para identificar os usuários, ainda não esclareceu os métodos que utilizará para rastrear quem utiliza VPNs, uma prática que mascara o local real de navegação. A investigação surge em meio a um intenso embate judicial sobre o bloqueio da rede social, que motivou questionamentos no STF.

O ministro Kassio Nunes Marques, relator de duas ações que contestam o bloqueio do X, solicitou que Moraes apresente, em até cinco dias, explicações detalhadas sobre a decisão que levou à suspensão da plataforma. Nunes Marques também pediu pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU), indicando que pretende submeter o caso ao plenário do STF.

Nunes Marques destacou que a questão possui “sensível repercussão para a ordem pública e social”, defendendo que a decisão seja avaliada pelos 11 ministros da Corte, em vez de ser decidida por um grupo reduzido de magistrados.

Além disso, Moraes determinou que a rede social X suspenda imediatamente a utilização de novos servidores, como CDN Cloudfare, Fastly e Edgeuno, que foram configurados para contornar a ordem judicial e permitir o acesso à plataforma no Brasil. A rede social enfrenta uma multa diária de R$ 5 milhões caso continue utilizando esses meios para burlar o bloqueio.

(Hora de Brasília)

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