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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Abrint explica como X driblou bloqueio e ficou ativo no Brasil

 


Nesta quarta-feira (18), a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) emitiu uma nota, indicando que o retorno da rede social X para alguns usuários no Brasil ocorreu após uma atualização que tornou o bloqueio mais difícil.

Alguns internautas que utilizam o aplicativo da plataforma X relataram que conseguiram acessar a plataforma nesta quarta, apesar de não haver qualquer informação de que o serviço foi liberado no país. De acordo com o portal UOL, o Supremo Tribunal Federal (STF), que bloqueou o acesso ao X no Brasil, relatou que está checando o ocorrido.

Os relatos sobre a “volta” do X começaram a circular na internet ainda na terça (17), quando algumas pessoas brincaram com a situação e disseram que estavam conseguindo acessar seus perfis mesmo sem utilizar VPN, mecanismo que permite escapar do bloqueio.

Nesta quarta-feira (18), a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) emitiu uma nota, indicando que o retorno da rede social X para alguns usuários no Brasil ocorreu após uma atualização que tornou o bloqueio mais difícil.

Alguns internautas que utilizam o aplicativo da plataforma X relataram que conseguiram acessar a plataforma nesta quarta, apesar de não haver qualquer informação de que o serviço foi liberado no país. De acordo com o portal UOL, o Supremo Tribunal Federal (STF), que bloqueou o acesso ao X no Brasil, relatou que está checando o ocorrido.

Os relatos sobre a “volta” do X começaram a circular na internet ainda na terça (17), quando algumas pessoas brincaram com a situação e disseram que estavam conseguindo acessar seus perfis mesmo sem utilizar VPN, mecanismo que permite escapar do bloqueio.

Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por notificar as operadoras para que o serviço seja retirado do ar, recomendou acionar o STF e disse que “as demandas sobre o X e Elon Musk estão sendo respondidas pelo Judiciário”.

O X está com acesso bloqueado no Brasil desde o dia 30 de agosto, após o ministro Alexandre de Moraes ter punido a rede social de Elon Musk pelo não cumprimento de ordens emitidas pelo magistrado, como a nomeação de um representante legal no Brasil. No dia 2 de setembro, a decisão foi confirmada por unanimidade pela Primeira Turma do STF.

O comunicado da Abrint foi dividido em tópicos. O primeiro deles explicou o que aconteceu com a plataforma X.

– O aplicativo X foi atualizado há aproximadamente 15 horas, durante a noite, o que resultou em uma mudança significativa em sua estrutura. Os usuários que tinham o aplicativo instalado em seus celulares receberam uma atualização automática, e o novo software começou a operar de maneira diferente, agora utilizando endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare – disse a Abrint.

Ainda segundo a nota, “a mudança para o Cloudflare torna o bloqueio do aplicativo muito mais complicado”.

– Diferente do sistema anterior, que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente. Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços – apontou.

O texto explicou ainda o que é o Cloudflare e o motivo de ele estar em uso.

– Cloudflare é um proxy reverso em nuvem, utilizado por empresas para proteger e melhorar a performance de seus serviços online. No caso do X, a utilização do Cloudflare permitiu uma resistência mais eficiente contra os bloqueios, já que os IPs estão constantemente mudando e sendo compartilhados por diversos serviços, dificultando uma ação direta de bloqueio por parte dos provedores de internet.

A Abrint revelou como isso impacta os provedores de internet que, segundo a associação, “estão em uma posição delicada”.

– Os provedores não podem tomar ações por conta própria sem uma orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio equivocado poderia afetar empresas legítimas. Dessa forma, estão aguardando uma análise técnica e instruções da Anatel para decidir quais medidas serão tomadas.

O comunicado deixou claro que “a principal dificuldade em bloquear o Cloudflare está no fato de que ele funciona como um proxy reverso, com IPs que mudam frequentemente”.

– Bloquear o Cloudflare significaria bloquear não apenas o X, mas também uma série de outros serviços que dependem dessa infraestrutura, o que poderia afetar negativamente a internet como um todo.

A associação continuará acompanhando as análises da Anatel e mantendo seus associados informados sobre qualquer novidade. Os provedores regionais, que representam mais de 50% do mercado de fibra óptica no Brasil, aguardam com expectativa as orientações que deverão surgir nos próximos dias para entender como proceder em relação ao X.

SOBRE A ABRINT

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) tem atuação nacional e representa provedores regionais de internet em discussões junto ao governo, órgãos reguladores e entidades afins. Provedores são majoritariamente empresas de pequeno e médio portes. Segundo a Anatel, há pelo menos um provedor em operação em todas as cidades do país e mais de 50% do mercado nacional de fibra óptica até os domicílios brasileiros vêm dos pequenos provedores.

(Pleno News)

Moraes multa X e Starlink em R$ 5 milhões por volta da rede social

Ministro ordenou que plataforma suspenda imediatamente o funcionamento do serviço no Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a aplicação de uma multa diária de R$ 5 milhões à rede social X pela volta não autorizada do funcionamento da plataforma no Brasil. A punição também se aplica à Starlink, empresa de Elon Musk que recentemente teve R$ 18 milhões em recursos transferidos para a União para pagar a multa da plataforma.

Na decisão em que determinou a nova multa, Moraes ordena que o X suspenda, imediatamente, “a utilização de seus novos acessos pelos servidores CDN Cloudfare, Fastly e Edgeuno e outros semelhantes, criados para burlar a decisão judicial de bloqueio da plataforma em território nacional”.


A “VOLTA” DO X

Nesta quarta-feira (18), a rede social X voltou a funcionar no Brasil mesmo estando suspensa judicialmente há quase 20 dias. O retorno se deu pelo uso de uma tecnologia que fez com que o microblog voltasse a funcionar.

O retorno ocorreu após o X ter mudado a hospedagem da rede social, usando um sistema em nuvem chamado Cloudflare, uma empresa especializada em segurança e desempenho da internet que é muito utilizada por sites de grandes companhias por oferecer um proxy reverso para sites.

Essa tecnologia mascara o tráfego de rede e, mesmo não sendo este o objetivo, acabou sendo eficaz para contornar o bloqueio imposto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como as operadoras do Brasil bloquearam o proxy anterior usado pela plataforma, o novo sistema de hospedagem do X permitiu que a conexão fosse refeita. Assim, usuários do aplicativo ou os que acessam via web, passaram a receber as atualizações da rede social.

Em meio aos relatos de que voltou a funcionar no Brasil, a rede social X informou que está trabalhando para que a “plataforma fique inacessível novamente em breve”, como determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas que tem feito esforço para retomar seu funcionamento no país de forma oficial.

Em um comunicado divulgado pelo jornal O Globo, a companhia disse que trabalha “com o governo brasileiro para retornar muito em breve para o povo do Brasil”. De acordo com veículo, um dos sinais desse esforço foi a volta da suspensão de contas que foram derrubadas em razão de ordens judiciais do STF, como os perfis de Allan dos Santos, Monark e Rodrigo Constantino.

A plataforma também explicou a razão para a volta momentânea de funcionamento no Brasil. De acordo com o X, o desligamento do sinal da rede social no país fez com que a infraestrutura de fornecimento de serviço para a América Latina ficasse indisponível, o que levou a plataforma a precisar mudar de operadora. Teria sido isso, portanto, que causou o retorno do sinal.

– Quando o X foi desligado no Brasil, nossa infraestrutura para fornecer serviço para a América Latina não estava mais acessível para nossa equipe. Para continuar fornecendo serviço ideal para nossos usuários, mudamos de operadora. Essa mudança resultou em uma restauração inadvertida e temporária do serviço para usuários brasileiros – declarou.

Quando determinou a derrubada da plataforma, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que as multas judiciais aplicadas contra a rede social fossem pagas e que a empresa nomeasse um representante legal no Brasil.

Em relação às multas, os valores foram pagos após o magistrado determinar a transferência de R$ 18 milhões da Starlink para a União. Já sobre o novo representante da plataforma, ainda não há informações.

(Pleno News)

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