Na ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de sequestros de imóveis e veículos, além do bloqueio de diversas contas bancárias. A operação ocorreu, também, em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, e no Mato Grosso do Sul.
Em um dos locais investigados, uma pistola com cinco carregadores municiados foram apreendidos pelas equipes. As concessionárias ficam localizadas no bairro Guararapes, na capital cearense.
Batizada de “Vertex”, a operação contou com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso, devido a ofensiva também ocorrer em Cuiabá.
Daniel Alves é condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro na Espanha
O tribunal espanhol considerou que “está provado que a vítima não consentiu e que existem elementos de prova, além do depoimento da denunciante, para entender como comprovado o estupro”.
“O tribunal considera provado que ‘o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora’. E entende que ‘isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal“, aponta trecho da decisão.
Além da prisão, foram determinados 5 anos de liberdade condicional, uma ordem de restrição para que ele não se aproxime da vítima durante 9 anos e 6 meses, bem como o pagamento de uma indenização no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil).
O ex-jogador, que já apresentou cinco versões sobre o caso desde o início da acusação, pode apresentar recurso contra a sentença e apelar para a Sala de Apelações do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.
Ele está preso desde janeiro de 2023, preventivamente, na Espanha. Esses meses serão descontados na pena final.
A Justiça da Espanha pediu pena de 9 anos de prisão para o ex-jogador, enquanto a defesa queria a absolvição, alegando intoxicação alcóolica, reparação de dano por meio de pagamento de indenização, e que houve uma investigação inicial sem conhecimento de Daniel.
O julgamento
O julgamento ocorreu entre os dias 5 e 7 de fevereiro deste ano. A vítima, que ainda está em tratamento psicológico, deu seu depoimento a portas fechadas, a fim de preservar seu anonimato.
Foram ouvidas quase 30 testemunhas, entre policiais e seguranças da boate que prestaram atendimento à vítima. Todas as pessoas confirmaram que a jovem estava em estado de choque e sua relutância inicial a denunciar o crime.
As cinco versões de Daniel
Primeiramente, Daniel Alves relatou que não conhecia a vítima, em seguida, ele admitiu que se encontraram no banheiro da boate, porém não tiveram contato.
Após esse relato, o condenado contou que houve relação sexual com a jovem, mas sem penetração. Em quarto momento, disse que teve relações sexuais com a vítima de forma consensual, mas que omitiu para esconder a infidelidade da esposa.
Por fim, ele afirmou que estava sob efeito de álcool.
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