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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Com as fortes chuvas, Ceará já registrou mais de 60 mil raios; Em Acopiara, foram 2.237 raios

Com o aumento das chuvas, o Ceará vem registrando uma maior quantidade de raios. De acordo com dados divulgados pela Enel Ceará e atualizados nesta segunda-feira (26), ocorreram 63.992 raios em todo o Estado do Ceará em 2024. As regiões que se destacam com os maiores índices de registros de raios são o Cariri, Centro-Sul e Vale do Jaguaribe. 

A contagem dos raios foi feita pelo Sistema de Monitoramento e Alerta, que monitora, entre outras ocorrências, as descargas atmosféricas no Ceará. Os municípios cearenses mais atingidos até o momento foram Jaguaretama (2.447), Acopiara (2.237), Santa Quitéria (2.212), Granja (2.086) e Mauriti (1.787). 

Somando 13.070, que representa mais de 20% da quantidade de raios registradas nesse ano, o Cariri vem sendo a região líder em notificações. Em seguida, entre as regiões cearenses, estão o Vale do Jaguaribe (10.114), Centro-Sul (10.032), Sertão de Crateús (5.651) e Sertão de Sobral (5.078). Em 12 de janeiro, foi registrado o maior número de descargas atmosféricas no Ceará, quando foram contabilizados 14.159 raios em um só dia.

A Enel Ceará registrou um aumento de quase 70% na quantidade de raios que atingiram o Estado em comparação ao ano passado, que somou 306.789 descargas.

Cenário em 2023

Em 2023, por exemplo, as macroregiões mais afetadas no Estado foram o Vale do Jaguaribe (39.461 raios), o Cariri (35.675) e Sertão de Crateús (34.253). Os municípios mais atingidos em 2023 foram Granja (16.064), Morada Nova (9.022), Santa Quitéria (7.787), Viçosa do Ceará (6862) e Russas (6.088).

PF vai incluir fala de Bolsonaro na Paulista em investigação sobre golpe

A Polícia Federal vai incluir o discurso de ontem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em ato na avenida Paulista, em São Paulo, na investigação que apura a tentativa de golpe de Estado. A informação foi publicada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, e confirmada pelo UOL com fontes do inquérito.

Segundo integrantes da PF, a fala reforçou a linha de investigação de que houve uma trama de tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro citou em sua fala o que ficou conhecido como "minuta do golpe". O documento foi encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres em janeiro de 2023.

"O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil", disse Bolsonaro no ato.

Ex-presidente negou que a "minuta do golpe" representasse um plano antidemocrático. "Por que continuam me acusando de golpe? Porque agora tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência. Estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Apesar de não ser golpe estado de sítio, não foi convocado ninguém dos conselhos."

Bolsonaro também pediu anistia a envolvidos no 8/1. "Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil. Pedimos um projeto de anistia para que seja feita justiça no Brasil. Quem porventura depredou, que pague, mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade."

Sem citar nomes, Bolsonaro disse ser vítima de "perseguição" e afirmou não poder falar o que gostaria. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, não foi citado pelo ex-presidente —os ataques ficaram a cargo do pastor Silas Malafaia, que discursou antes de Bolsonaro. Moraes concentra os inquéritos sobre os atos antidemocráticos, incluindo o 8 de Janeiro.

'Bolsonaro queria dar um golpe'. Escuto isso desde que assumi. Golpe é sangue na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado, classes empresariais. Isso que é golpe. Nada disso foi feito.

Uol

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