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terça-feira, 16 de julho de 2019

Zé do Valério poderá ter cometido outros assassinatos, além dos de Pedra Branca e Tauá

O vaqueiro Valdemir Pereira da Costa, o “Zé do Valério” ou “Zé da Foice”, que usava o nome falso de José Pereira da Costa, 59 anos, será indiciado em vários inquéritos policiais em, pelo menos, dois Municípios cearenses: Pedra Branca e Tauá. Após uma fuga espetacular que durou 78 dias, ele foi capturado, na última sexta-feira (12), por um agricultor do Distrito de Jatobá Medonho, na zona rural do Município de Buriti dos Montes, no Piauí.

De acordo com o que já foi apurado pelas autoridades, “Zé do Valério” foi o responsável pela morte de duas mulheres e tentativa de homicídio contra um homem. Os crimes aconteceram entre 2013 e 2019. Em seis anos de impunidade, o bandido se passou por trabalhador rural e nunca havia sido preso antes.

Primeiro crime

O primeiro crime ocorreu em 19 de abril de 2013 na localidade de Açude Quebrado, no Sítio Barracão de Zinco, na zona rural do Município de Tauá, nos Inhamuns (a 337Km de Fortaleza). Ele assassinou a tiros a comerciante Maria Solange Cesário, então com 39 anos; e depois, com a mesma arma de fogo, tentou matar o marido dela, Tércio Fernandes Cunha, 49 anos, que recebeu três tiros, um deles na boca, mas resistiu.

Sobre este crime, “Zé de Valério” contou que decidiu matar os patrões porque estes não pagavam o seu salário e eram “brutos” com ele. Após os crimes, ele fugiu de Tauá, indo obter emprego em outra região do Ceará, o Sertão Central.

Segundo crime

Foi exatamente em sua nova morada, na zona rural de Pedra Branca (a 275Km de Fortaleza) que cometeu o segundo assassinato, quando raptou, violentou sexualmente e matou com um tiro na cabeça a universitária Daniele Oliveira Silva, 20 anos, na noite de 24 de abril último.

A Polícia, contudo, não descarta a possibilidade de “Zé do Valério” ter cometido outros assassinatos pelos sertões cearenses.

Na última sexta-feira (12), após ser entregue à Polícia pelo morador João Elias, em Jatobá Medonho (PI), o vaqueiro foi trazido de helicóptero para Fortaleza e está sendo mantido preso em um xadrez isolado da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap).

Ele prestou depoimento à delegada de Pedra Branca, Anarda Pinheiro Araújo e falou dos seus crimes e da fuga que desafiou as autoridades policiais de dois estados nordestino, Ceará e Piauí.

Morte de radialista no Beach Park, no Ceará, completa um ano; família e parque negociam acordo

O acidente que matou o radialista Ricardo José Hilário da Silva, em um brinquedo do parque aquático Beach Park, no Ceará, completa um ano nesta terça-feira (16), sem respostas. A família da vítima e a empresa ainda tentam um acordo judicial.

O turista de Sorocaba estava na boia do brinquedo "Vainkará" com mais três pessoas, no dia 16 de julho de 2018, quando caiu e bateu a cabeça. A atração havia sido inaugurada dois dias antes. Apesar de ser socorrido de imediato, Hilário morreu ainda no parque. Ele era turista de Sorocaba, em São Paulo, onde foi sepultado depois do acidente. O brinquedo permanece fechado.

A família de Hilário entrou com ação civil pedindo indenização por danos patrimoniais, ou seja, referente ao que a viúva e a filha da vítima deixaram de receber com sua morte. O valor pedido não foi informado. O advogado do caso, João Vicente Leitão, revela que ainda entrará com ação por danos morais. "Pelo que elas sofreram e sofrerão pelo resto da vida", afirma.


Em nota, o Beach Park confirma existir uma proposta sob avaliação e reitera ter prestado "toda assistência às vítimas e familiares", garantindo aos frequentadores, colaboradores e parceiros, continuar aperfeiçoando seus procedimentos de segurança e promovendo o debate com o setor para que a experiência no Beach Park seja cada vez mais segura e agradável.

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