Um homem russo foi condenado a 16 anos de prisão depois de ter deixado a mulher, Anastasia Oviannikova, em coma após uma série de episódios de violência doméstica. Anastasia, de 28 anos, acabou por morrer no hospital na sequência da última agressão, que foi filmada pelo companheiro. Segundo os documentos judiciais, Maxi Gribanov, agredia Anastasia várias vezes ao dia e aumentou o nível de violência nas agressões quando a mulher lhe disse que o queria deixar. O russo tinha por hábito filmar as sessões de violência doméstica e fotografar Anastasia cheia de nódoas negras. Depois enviava as fotos e os vídeos aos amigos, escrevendo frases como "Eu tenho-a sob o meu controlo". As imagens, mostradas em tribunal, mostram Anastasia com o corpo completamente coberto de hematomas. Quando foi levada ao hospital e ficou em coma. A mulher apresentava várias hemorragias internas e osso partidos nas pernas, braços, costelas e crânio. Na sequência das agressões ficou em coma e acabou por morrer, seis dias depois. "Ela era uma mulher cheia de esperança e este homem destruiu-lhe a vida. Ele devia ser tratado na prisão da mesma maneira que a tratou. Ela ainda acreditava no amor e tinha conhecido alguém novo, estava a tentar ganhar coragem para deixar o marido violento, que até a obrigou a despedir-se do trabalho por ciúmes", relata uma amiga de Anastasia. A família da mulher também era ameaçada pelo homem, que jurava que os agredia se denunciassem o caso à polícia. Em tribunal, o suspeito declarou-se culpado mas alegou ter as suas razões para as violentas agressões a que sujeitava a mulher.
CLIMA DE MEDO DEIXA RUAS DESERTAS APÓS TOQUE DE RECOLHER IMPOSTO PELAS FACÇÕES NA BARRA DO CEARÁ
Ruas desertas, população acuada dentro de casa, por conta de um toque de recolher silencioso e o medo de novos tiroteios. Este foi o cenário registrado na noite desta terça-feira na comunidade Goiabeiras, na Barra do Ceará. O motivo do estado de tensão são os últimos confrontos armados que envolvem bandidos de duas facções em “guerra” pelo domínio do território.
Os conflitos na Barra do Ceará são constantes, mas se agravaram desde a última sexta-feira (15) e continuaram pelos últimos quatro dias, obrigando a população a se manter trancada em casas, deixando o bairro como uma “cidade fantasma”.
Os confrontos armados começaram pela área no entorno da Areninha das Goiabeiras e se estenderam até a comunidade do Coqueirinho, na Avenida Vila do Mar. Ainda na sexta-feira, bandidos que seriam, supostamente, integrantes da facção Comando Vermelho (CV), praticaram um tiroteio no fim da tarde no entorno da Areninha e perseguiram um adolescente até matá-lo, a tiros de pistola, dentro de um mercadinho, na Rua dos Abolicionistas, a poucos metros da delegacia de Polícia Civil do bairro, o 33º DP (Goiabeiras). A vítima era o jovem Danilson Silva de Alcântara, 14 anos, morador do bairro desde a infância.
O crime foi praticado por um grupo armado com pistolas e submetralhadoras, chefiado por um jovem identificado como Antônio Felipe Faustino de Sousa, o “Sansão”, temido na comunidade e suspeito de outros assassinatos na área.
Confrontos
Nos dias seguintes, foram registrados mais tiroteios no mesmo lugar. Moradores revelaram que os criminosos passam nas ruas em carros e moto atirando para cima e em direção aos portões de casas e pontos comerciais e gritam que são de uma facção que age na área.
No sábado, domingo, e na segunda-feira, tiroteios foram registrados nas vias de acesso à Areninha e bem próximo da delegacia de Polícia. Porém, ninguém foi preso.
Na noite desta terça-feira, o policiamento foi reforçado na área por ordem do Comando do Policiamento Especializado (CPE). Viaturas e motos dos batalhões Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) e de Choque (BPChoque), circularam pelas ruas e becos das Goiabeiras durante a noite e começo da madrugada. Um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) tem feito sobrevôo na região desde o último fim de semana, inclusive no período noturno.
Blog do Fernando Ribeiro
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