Web Radio Cultura Crato

sábado, 2 de julho de 2016

Número de policiais mortos em 2016 já iguala o de 2015


Em apenas seis meses, o Ceará contabilizou a morte de 14 policiais, entre militares e civis, da ativa ou da reserva. O número referente ao primeiro semestre de 2016 já é igual ao número de agentes de segurança mortos em todo o ano passado.
Nesta quinta-feira, 30, o primeiro semestre de 2016 foi fechado com as mortes do sargento Guanabara, do cabo Joel e do soldado Antônio Filho, todos durante confronto com criminosos em Quixadá, cidade localizada a 167 quilômetros de Fortaleza.
O mês de junho, com quatro mortes, foi o que mais teve agentes de segurança assassinados.
Janeiro e maio, com três registros cada, ficaram em 2º lugar no número de atentados fatais contra agentes de segurança no Ceará.
Confira a relação de policiais mortos em 2016
Janeiro
Hudson Danilo Lima Oliveira, de 26 anos, foi morto no dia 7 de janeiro.
Benedito Gomes Assunção, de 53 anos, foi morto no dia 19 de janeiro.
José Eudes da Silva Monte, de 46 anos, foi morto no dia 26 de janeiro.
Fevereiro
Augusto Huebster Rabelo Félix, de 27 anos, foi morto no dia 12 de fevereiro.
Carlos Herbênio Almeida Bezerra, de 37 anos, morto no dia 19 de fevereiro.
Abril
Francisco Wellington da Silva, de 43 anos, foi morto no dia 18 de abril.
Alisson Paulinelly Medeiros de Mendonça, de 28 anos, foi morto no dia 6 de abril.
Maio
Antônio Anderson do Nascimento, de 25 anos, foi morto no dia 7 de maio.
José Roberto Lemos, de 25 anos, foi morto no dia 8 de maio.
Evandro Alves Ramos, de 62 anos, foi morto no dia 23 de maio.
Junho
José Farias do Nascimento, de 72 anos, foi morto no dia 10 de junho.
Cabo Joel, soldado Antônio Alves e Sargento Guanabara, foram mortos no dia 30 de junho.
CNews

Soldado do Cotar é baleado no Centro de Fortaleza


Um soldado da Polícia Militar foi baleado na tarde desta sexta-feira, 1º, durante uma tentativa de assalto na Rua Barão do Rio Branco, no Centro de Fortaleza. Testemunhas informaram aos policiais que os suspeitos haviam acabado de efetuar uma saidinha bancária e na fuga renderam o militar identificado como Luciano Mendes, quando entrava em um estacionamento.
Nesse momento eles teriam percebido que a vítima era um policial e se iniciou uma troca de tiros. Dois disparos atingiram a coxa e panturrilha do soldado que trabalha no Comando Tático Rural (Cotar) e estava de folga no momento da ação.
O militar foi socorrido para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde passou por cirurgia. A arma foi levada e até o início da noite não havia informações sobre o paradeiro dos assaltantes.
Ceará Agora
Fotos: CNews

Promotores querem coibir violações de direitos em programas policiais na TV


i329690Promotores de Justiça com atuação na defesa da cidadania reuniram-se, nesta sexta-feira (1) no plenário dos órgãos colegiados para discutir estratégias de atendimento à recomendação 002/2016 da Procuradoria-Geral da Justiça (PGJ). O ordenamento trata dos procedimentos de fiscalização dos programas policiais televisivos, em destaque, o respeito à classificação indicativa e aos direitos fundamentais de adultos e crianças suspeitos de práticas de crimes e atos infracionais.
A normativa, publicada em abril deste ano e que tramita na 6ª Promotoria Cível de Defesa da Cidadania, estabelece ainda que, caso existam suspeitas de violação de direitos, sejam tomadas medidas judiciais contra as concessionárias de radiodifusão.
Segundo o promotor de Justiça Marcelo Yuri Martins, as ações deverão ser muito mais amplas, abrangendo também informações reproduzidas na internet, em blogs e mídias sociais. “Já é comum serem postadas na internet imagens de violência que não deveriam circular. É necessário haver a conscientização junto à sociedade, com ações educativas para diminuir essa cultura de violência que está sendo alimentada”, afirmou.
Para a promotora de Defesa da Educação, Elizabeth Almeida, “a imprensa usurpou os poderes da lei, ela expõe, denuncia e julga. Não há compromisso com o interesse público, apenas com o mercado. Temos que fortalecer a prerrogativa legal e fazer valer a lei para estes programas que cometem abusos e desrespeitam a legislação”.
A psiquiatra Marluce de Oliveira destacou que, por conta do excesso de exposição de imagens violentas na mídia, a sociedade enfrenta um aumento considerável dos casos de transtorno de ansiedade e pânico. “Há 20 anos, eu recebia cerca de dois a três pacientes ao ano com esses desequilíbrios, hoje atendemos casos assim todos os dias”, alertou.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (CAOCidadania), promotor de Justiça Hugo Porto, lembrou que os suspeitos de infrações que são divulgados na televisão e reproduzidos na internet também possuem o direito ao esquecimento e que os órgãos reguladores devem buscar meios de garantir a aplicação da lei.
“Não podemos fazer mais do mesmo, temos que ter ações efetivas e acredito que há representantes nas corporações, na imprensa, nas escolas, enfim, em toda a sociedade, que não concordam com os abusos que são reproduzidos nesses programas. Se uma pessoa já pagou a sua pena perante a sociedade, porque ele não pode ter direito ao esquecimento, com a retirada do flagrante veiculado nas mídias? Isso causa constrangimento após a finalização da pena, quando ele tenta se reintegrar à sociedade”, argumentou.
Será agendado um próximo encontro com representantes das mídias e do Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) para reforçar o cumprimento dos Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) já existentes. A reunião contou também com a participação de representantes do Centros de Apoio Operacional Criminal, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (CAOCRIM); e da Infância e da Juventude (CAOPIJ).
Também estiveram presentes os promotores de Justiça Eneas Romero e Isabel Porto, coordenadores auxiliares do CAOCidadania, Flávia Unneberg, coordenadora do CAOCRIM, Cleverlânio da Silvam titular da 6ª Promotoria de Justiça Cível e da Cidadania, Maria de Fátima Correia, titular da 12ª Promotoria de Justiça Cível e da Cidadania, e Patrick Augusto Correa, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Limoeiro do Norte.
Com MPCE

Nenhum comentário:

Postar um comentário