O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) ratificou hoje (21), na Justiça Federal em Brasília, denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral, e mais cinco acusados pelo crime de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Os detalhes do aditamento da denúncia não foram divulgados em razão do segredo de Justiça.
Além de Lula e Delcídio, são alvo das investigações o ex-controlador do Banco BTG André Esteves, Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio, o empresário José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, e o advogado Edson Ribeiro.
Todos os envolvidos são acusados de tentar impedir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada com a força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato.
Os fatos foram alvo de denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, no dia 24 de junho, o ministro Teori Zavascki remeteu o processo para a Justiça Federal em Brasília, por entender que a suposta tentativa de embaraçar as investigações ocorreu na capital federal. Além disso, nenhum dos envolvidos tem foro privilegiado na Corte.
A Agência Brasil entrou em contato com a defesa dos investigados e aguarda retorno.
Agência Brasil
VÍDEO: Após ameaça de morte contra agentes da Polícia Civil, PMs encontram carro com explosivos e munição
A Polícia Militar pode ter evitado um grande atentado ou uma fuga em massa de presos na Grande Fortaleza ao descobrir uma boa quantidade de explosivos em poder de criminosos. O fato ocorreu na noite de ontem (21), por volta de 23h35, quando um carro foi abordado na zona Oeste da Capital. Dentro dele havia dinamite. Antes, a Polícia havia recebido informações de ameaças de bandidos, que estariam planejando invadir uma delegacia para matar um delegado e um inspetor.
O caso aconteceu logo após uma perseguição policial nas ruas do Pirambu, em que bandidos teriam ido àquele bairro executar uma pessoa num crime de “acerto de contas”. A população, assustada informou o caso à Polícia, através do 190, e logo um cerco foi montado.
Na Avenida Doutor Theberge, proximidades da Avenida Leste-Oeste, um carro foi abandonado por bandidos e dentro dele foram encontrados os explosivos, assim como munições. Houve troca de tiros, mas os criminosos acabaram fugindo.
Minutos antes da descoberta dos artefatos, mais um crime de morte ocorreu no bairro, também em um suposto assassinato ligado ao tráfico de drogas.
Ameaças
Já nas redes sociais, postagens feitas na noite de ontem revelavam um plano de bandidos para matar um delegado e um inspetor do 7º DP (Pirambu), por conta da morte, recente, de um jovem morador daquela área da Capital.
O alerta foi dado e a Polícia montou um esquema de reforço policial que durou durante toda a madrugada desta sexta-feira. Os nomes de vários suspeitos foram também postados na mensagem através do aplicativo WhatsApp.
Fonte: FERNANDO RIBEIRO
Conheça Tayanne, a ex-ginasta que virou policial para "caçar corruptos"
Corpo de espiã, com flexibilidade para passar no meio de feixes de raios infra-vermelhos, saltitando para entrar em um esconderijo e não disparar o alarme. Muito bonita também. E, acreditem, está na Policia Federal e, pelo menos uma vez por mês, sai em missões pelo Brasil. Ela foi atleta em duas olimpíadas e nos últimos tempos torce para que seus companheiros investiguem para valer a corrupção que assola o esporte nacional.
“Infelizmente se fizermos uma limpa no esporte brasileiro, vamos encontrar muita coisa.”
Essa personagem não é de histórias em quadrinhos.
Não é uma agente secreta, mas existe e tem nome: Tayanne Mantovaneli, atleta da ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos de Atenas e Pequim, que agora ocupa o cargo de escrivã da Polícia Federal, em Cuiabá.
Ela sabe muito bem que o esporte nacional não anda de mãos dadas com a transparência.
“A corrupção se entranha em todos os lugares onde há dinheiro público e o esporte não é diferente”, admite a menina, formada em direito, que prestou concursos e mais concursos após abandonar a carreira de ginasta, em 2009.
Ela era uma das estrelas da equipe brasileira e tem uma inédita medalha de bronze pan-americana, conquistada na prova de maças, em Santo Domingo, no ano de 2003: foi a primeira atleta nacional a subir ao pódio em uma competição individual de GRD. E era mesmo um espetáculo ver os movimentos sinuosos que fazia com seu corpo elástico.
“Eu terminei minha carreira muito bem resolvida. Sinto saudades, mas é um saudosismo bom”.
Tanto é verdade que comprou ingressos para assistir as competições das ginastas no Rio de Janeiro, onde vai rever sua técnica lá de Vila Velha, a amiga Mônica Queiroz.
Mas vai ficar lá só três dias.
“Eu poderia trabalhar nos Jogos Olímpicos na parte de segurança, mas tenho provas e novos cursos a fazer, então resolvi permanecer em Cuiabá, mas com o coração doendo, porque a maioria dos meus companheiros da Polícia estará lá em missão”, conta Tayanne, hoje com 29 anos. “Inclusive o meu namorado, que também é policial, estará lá”.
O amado curte os filmes de ação, investigação e espionagem. E ela aprendeu a gostar também.
“Não tenho um dia-a-dia de agente especial, seria mais uma burocrata investigativa, mas a parte de academia é puxada e o meu passado no esporte ajuda muito”.
E é preciso estar mesmo em forma.
“Não é toda hora, mas ao menos uma vez por mês eu saio em ação. Teve uma vez em que tive até que pular muros para cumprir um mandado em outro Estado da Federação”.
Na Lava-Jato especificamente não trabalhou, mas em ramificações da investigação matogrossense chegou a atuar. Só não pode citar nomes...
Espera, sinceramente, um dia poder investigar e mostrar tudo o que aconteceu nos subterrâneos das obras olímpicas. “Poderiam ter desenvolvido o potencial esportivo dos atletas, mas acredito que poucos tiveram esse privilégio... com certeza o dinheiro foi aplicado de maneira errada... tirando uma ou outra modalidade, os atletas foram esquecidos mais uma vez”.
Como vocês, nós também gostaríamos de ver uma foto da policial Tayanne em ação. Mas as regras da corporação ensinam que a publicidade não é recomendável. E não somos nós que vamos discutir com a Polícia Federal.
Fonte: olimpiadas.uol
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