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terça-feira, 19 de julho de 2016

Incidência de doenças do Aedes aegypti no CE ultrapassa à de Aids e câncer


Mosquitos Aedes aegypti (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Considerado o "inimigo epidemiológico número um do Brasil", o mosquito Aedes aegypti é uma ameaça cada vez maior no dia a dia da população. No Ceará, o vetor transmissor da dengue, zika e chikungunya apresenta incidência mais elevada do que o HIV/Aids, alguns tipos de câncer (mama, próstata, colo do útero, linfoma de Hodgkin), além de, juntas, levar a óbito maior número de pessoas do que todos os tipos de meningites, tuberculose ou da gripe H1N1.

De acordo com os mais recentes boletins epidemiológicos da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), um número cada vez mais alto de casos novos dessas enfermidades surgidas no mesmo local e período teve aumento de suas incidências. A dengue registra 221,6 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. A febre chikungunya já está em 291,6 ocorrências positivas para o mesmo total de pessoas. Dados bem superiores à Aids, câncer da mama ou da próstata. A primeira tem 2,3 casos por 100 mil, a segunda, 46,30 e a terceira doença, 57,52 para cada grupamento de 100 mil moradores.

As três somam, até o dia 8 de julho, 38 mortes no Estado. As diversas formas de meningite, por exemplo, mataram 14 pacientes, a tuberculose, 29 pessoas e a H1N1, 17infectados.

Ainda segundo os boletins da Sesa, até o último dia 15, o Ceará soma 19.728 confirmações da dengue, com 14 óbitos. Ainda em investigação existem 43 casos de formas graves, destes 38 óbitos suspeitos. Fortaleza tem incidência de 367,2 e 9,5 mil casos positivos.

Municípios

A chikungunya marca 10,5 mil registros confirmados e três óbitos. Fortaleza possui 270 casos a cada 100 mil habitantes. Essa é a média do Estado, no entanto, municípios como Nova Russas, Campos Sales, Assaré e Capistrano apresentam incidências acima de mil. Por sua vez, a microcefalia associada ao zika vírus tem 127 casos confirmados no Ceará e já matou 21 pessoas.

A infectologista e diretora do Hospital São José, Tânia Mara, pondera que o Ceará enfrenta epidemias de chikungunya e dengue e que o período favorece o aumento dos focos do mosquito Aedes aegypti. "Além do mais, quase toda a população está suscetível à primeira e sem imunidade. A segunda continua fazendo vítimas porque tem quatro sorotipos e, sem dúvidas, muita gente ainda vai contrair um desses tipos", explica.

Espaço

O mosquito se especializou em dividir o espaço com o homem, afirma a médica. "No entanto, está cada vez mais difícil eliminar esse vetor. Por isso, a meta é controlá-lo, o que também não é nada fácil. Seria necessário uma campanha voltada para a saúde e educação", aponta.

Também, diz, se trata de um mosquito flexível em seus hábitos de alimentação. A bióloga Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), ressalta que o Aedes aegypti é, geralmente, diurno: prefere sair em busca de sangue pela manhã ou no fim da tarde, evitando os momentos mais quentes do dia. "Mas ele é oportunista. Se não tiver conseguido se alimentar de dia, vai picar de noite. Isso não ocorre com o pernilongo, por exemplo, que é noturno e só vai estar quando o sol começa a se pôr", explica.

Segundo a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus, considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti - nome que significa "odioso do Egito" - é combatido no País desde o início do século passado.

Mais informações

Para denunciar focos do Mosquito Aedes aegypti em Fortaleza, a população pode ligar para a Ouvidoria da Saúde 0800.275.1364

Fonte: Diário do Nordeste


STF suspende decisão da Justiça do Rio que bloqueou WhatsApp


STF suspende decisão da Justiça do RJ e acaba com bloqueio do WhatsApp (Foto: Reprodução/Internet)

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu liminarmente a decisão de bloqueio do aplicativo WhatsApp. O presidente Ricardo Lewandowski determinou o restabelecimento imediato do serviço de mensagens.

Lewandowski considerou a decisão da juíza de Duque de Caxias desproporcional e disse que "a suspensão do serviço aparentemente viola o preceito fundamental da liberdade de expressão e comunicação (artigo 5º, inciso IX, da Constituição Federal) e a legislação de regência sobre a matéria." No texto, o presidente do STF considerou ainda que a decisão gera "insegurança jurídica".

A suspensão do bloqueio foi resposta a uma ação do PPS (Partido Popular Socialista) apresentada ao STF em maio, quando um juiz do Sergipe bloqueou o aplicativo. Nesta terça-feira, o partido voltou a pedir ao STF posicionamento sobre o bloqueio do aplicativo.

A resposta de Lewandowski, no entanto, não significa o fim dos bloqueios no aplicativo de mensagens. A decisão é liminar, ou seja, provisória. A ADPF (Arquição de Descumprimento de Preceito Fundamental) ainda segue em julgamento no STF, e seu relator é o ministro Edson Fachin.

Operadoras precisam ser notificadas

As operadoras de telecomunicação devem receber a notificação judicial para começarem a desbloquear o serviço. Até as 18h, as empresas ainda não haviam recebido a notificação, segundo o Sinditelebrasil (representante de todas as empresas de telecomunicação).

Cerca de 100 milhões de brasileiros usam o aplicativo WhatsApp.

Entenda o caso

A juíza Daniela Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ordenou na madrugada desta terça-feira (19) que todas operadoras de telefonia bloqueassem o WhatsApp o Brasil - é a terceira vez que o app deixa de funcionar no país após uma decisão judicial.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a determinação ocorreu após o aplicativo se negar a fornecer informações sobre uma investigação criminal. Em sua defesa, o WhatsApp afirmou já não ter o conteúdo das conversas requisitadas - o aplicativo agora usa a criptografia "end-to-end", na qual só as pessoas que participam do bate-papo podem ler o que é escrito nele.

Fonte: UOL

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