A família da pequena Geovana Rodrigues de Souza, de 2 anos e 4 meses, diagnosticada com atrofia muscular espinhal (AME), espera há 2 meses a ordem judicial para o Governo Federal comprar o medicamento considerado "o mais caro do mundo". A verba de R$ 6,4 milhões precisa ser repassada para o Ministério da Saúde.
O pedido foi aceito pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto, conforme a família. Com a impossibilidade de custear o tratamento milionário, os pais de Geovana recorreram à Justiça alegando a necessidade de auxílio do Ministério da Saúde para comprar o medicamento.
Segundo a mãe da criança, Aline Rodrigues de Souza, a família de Itapipoca, a 130 km de Fortaleza, lutou por dois anos pelo medicamento. Ela explica que ganhava a causa e o Governo Federal sempre recorria. A família passou por todos os trâmites possíveis no Ceará e em Brasília. Após obter a ordem, o governo passou do prazo para comprar o remédio.
"Passamos dois anos lutando pelo medicamento. Ganhamos e eles recorriam sempre, e a decisão chegou até o Supremo Tribunal Federal, que não pode mais recorrer. Eles não podem mais recorrer, agora eles têm que cumprir. A Carmem Lúcia mandou eles darem o remédio para minha filha. Só que até hoje eles não compraram o medicamento", afirmou.
Pneumonia causa mais de 3 mil internações por mês no Ceará
Tosse “cheia”, febre, dor no peito, mal estar. Os sintomas, apesar de genéricos, podem indicar uma doença que leva, por mês, mais de 3 mil pessoas a leitos de internação no Ceará: a pneumonia.
Causada por vírus (como coronavírus e influenza, por exemplo), bactérias ou fungos, a infecção afeta o sistema respiratório de forma severa, podendo levar não só à hospitalização, mas à morte – principalmente de idosos.
397 pessoas, em média, morrem por pneumonia todo mês no Ceará, de acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de janeiro a agosto deste ano.
O médico pneumologista Ricardo Coelho Reis, presidente da Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia, alerta que a doença “não é um evento comum” e que, quando acontece, “precisamos procurar algum fator de risco associado”.
“Os fatores principais são os extremos de idade: o sistema imunológico de crianças ainda é imaturo, e o dos idosos, debilitado. ‘Gripes mal curadas’, tratamento de alguma doença e comorbidades também diminuem a defesa e podem se somar como fatores de risco”, destaca o médico.
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