CORPO FOI ACHADO EM RIO
O médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, que estava desaparecido desde o dia 24 de maio, e foi encontrado amarrado a uma âncora, estudou medicina com o homem preso suspeito de cometer o crime, em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar.
O corpo de Andrade Lopes Santana foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos (BA) na última sexta-feira (28). Horas depois, o colega dele, identificado como Geraldo Freitas, foi preso. O homem foi o responsável por registrar o desparecimento do amigo na delegacia de Feira de Santana.
De acordo com a polícia, o suspeito chegou a receber os familiares da vítima, que moram no Acre, quando eles chegaram na Bahia.
Segundo o Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi constatado um disparo de arma de fogo na nuca e uma corda no braço amarrada a uma âncora para o corpo não emergir nas águas do rio Jacuípe.
A polícia começou a suspeitar de Geraldo Freitas após contradições apresentadas no depoimento. Depois, foi identificado que ele foi quem comprou a âncora encontrada com o corpo da vítima.
Ainda segundo a polícia, o suspeito e a vítima tinham combinado de andar de moto aquática. A versão apontada pelo colega de Andrade na delegacia era a de que o amigo tinha comentado que sairia para comprar a moto, o que foi descartado.
Uma moto aquática foi encontrada no condomínio onde o suspeito foi preso em Feira de Santana. A polícia informou que a motivação do crime está sendo apurada.
Homem perde a visão de um olho após ser atingido por bala de borracha em protesto
Daniel Campelo não fazia parte do ato - Ele continua hospitalizado
O autônomo Daniel Campelo, 51, perdeu a visão do olho esquerdo ao ser atingido por uma bala de borracha durante as manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no último sábado, 29, no Recife. A vítima não estava envolvida no protesto e foi encaminhada ao Hospital da Restauração (HR).
Morador do bairro dos Torrões, na Zona Oeste da cidade, Daniel trabalhava adesivando táxis e estava no centro do Recife para comprar material. De acordo com um familiar, ele não acompanhava a situação política e estava por acaso no ato.
Segundo informações de organizadores, a manifestação ocorria de forma pacífica e com distanciamento social entre os participantes. Entretanto, a Polícia Militar de Pernambuco encerrou o protesto com bombas de gás lacrimogênio e tiros de bala de borracha.
Por meio de nota divulgada neste domingo, 30, o governo de Pernambuco afirmou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) acompanhará a assistência médica de Daniel. A Procuradoria Geral do Estado também foi acionada para iniciar o processo de indenização. O governador Paulo Câmara (PSDB) informou em vídeo que determinou a imediata apuração de responsabilidades em relação à violência denunciada.
Daniel segue hospitalizado e passa por procedimentos clínicos.
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