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terça-feira, 29 de junho de 2021

Lázaro Barbosa é morto em ação policial após 20 dias de busca


Após 20 dias de buscas, Lázaro Barbosa de Sousa, 32, suspeito de matar uma família no Distrito Federal e de outros crimes também em Goiás, foi morto na manhã de hoje em uma ação policial em Águas Lindas de Goiás (GO). A morte foi confirmada pela Polícia Civil.

Fotos do corpo de Lázaro indicam que ele foi atingido por mais de dez tiros da cintura para cima, incluindo a cabeça. O UOL não divulgará as fotos, mas a autenticidade foi confirmada por fontes policiais.

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que houve confronto entre policiais e Lázaro e que o fugitivo "descarregou a pistola" contra os agentes. "Não tivemos outra alternativa a não ser revidar", afirmou. Segundo ele, nenhum policial ficou ferido na ação.

Miranda disse que Lázaro "foi socorrido com vida" ao Hospital Bom Jesus. Um vídeo feito logo após a captura (veja acima) mostra policiais colocando Lázaro em uma ambulância e comemorando a operação. Pelas imagens não é possível saber se ele ainda estava com vida.

Miranda afirmou ainda que Lázaro foi encontrado com R$ 4.400 no bolso, o que, segundo ele, reforça a ideia de que ele estaria recebendo alguma ajuda. "Há informação de que ele atuava como jagunço e segurança de algumas pessoas", completou. Pela manhã, antes da morte, a ex-companheira de Lázaro foi levada à polícia.

"Ontem à noite nós descobrimos que ele tinha procurado parentes na periferia de Águas Lindas de Goiás. Temos filmagens. Ele estava armado. Ele foi para o mato, fizemos o cerco. Ele tentou fugir e confrontou com a equipe do major Edson", disse Miranda em entrevista a jornalistas.

O corpo será levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Goiânia onde passará por uma autópsia para identificar a causa da morte.

Bolsonaro comemora morte de Lázaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou nas redes sociais a morte de Lázaro Barbosa. "Lázaro: CPF cancelado!", escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter. A expressão é comumente utilizada no meio policial para se referir a execuções ou mortes.
Lázaro recebeu ajuda, diz Caiado

Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), deu a notícia da prisão (ainda sem a confirmação da morte do fugitivo) em um vídeo postado nas redes sociais. Ele elogiou o trabalho das forças de segurança e disse que "Goiás não é Disneylândia de bandido".

Na sequência, em entrevista, Caiado disse que as investigações apontam que "houve uma proteção de algumas pessoas, não só no setor rural, mas na cidade de Cocalzinho, que deram guarida para ele ter um local onde dormir, se alimentar".

"Ele era informado do deslocamento da polícia. Não era uma pessoa, como se pensava, que estivesse sozinho, sem proteção nenhuma na mata. Está bem claro para nós, estão avançando as investigações para saber a quem interessava manter esse contato e por que ficaram escondendo o Lázaro e facilitando a fuga", completou.

Mais de 270 agentes mobilizados

As buscas por Lázaro começaram no dia 9 de junho, após o crime em Ceilândia (DF). Ele fugiu se escondendo na mata e passou por várias fazendas na cidade de Cocalzinho de Goiás (GO). Durante as buscas, o fugitivo trocou tiros com policiais, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) o trabalho de buscas mobilizou mais de 270 agentes das forças envolvidas. Entre elas, as Polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar. Nesse período, a força-tarefa recebeu cerca de 5,3 mil informações no disk-denúncia sobre o caso.

Lázaro é investigado por mais de 30 crimes, cometidos em Goiás, Bahia e Distrito Federal. A maioria dos casos é referente a crimes de latrocínio (roubo seguido de morte). Ele já possui uma condenação por homicídio, na Bahia, e era também procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.

Fonte: Uol Notícias

Endividamento das famílias bate novo recorde na pandemia, revela Banco Central

 

A crise econômica trazida pela pandemia do novo coronavírus fez o endividamento das famílias bater novo recorde no Brasil. Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central mostram que, em março, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58%. Este é o maior porcentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses. Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE, o porcentual possui certa defasagem. Por isso, o resultado divulgado nesta segunda-feira é de março.

Se forem descontadas as dívidas imobiliárias – que geralmente abarcam um montante considerável da renda das famílias -, ainda assim o endividamento ficou em níveis elevados, de 35,7% em março. O porcentual também é recorde para a série histórica.

Em função da pandemia, muitas famílias brasileiras têm tido dificuldades para fechar as contas. Uma consequência disso é a procura maior por crédito, com consequente aumento do endividamento. Para se ter uma ideia, em março do ano passado – no início da pandemia -, o endividamento total das famílias estava em 49,4%, um porcentual 8,6 pontos porcentuais menor que o visto em março deste ano.

Os dados do BC mostram ainda maiores dificuldades para as famílias pagarem as obrigações mensais dos empréstimos e financiamentos bancários. O comprometimento da renda mensal com essas dívidas ficou em 30,5% em março, acima dos 30,0% de março do ano passado. Se o financiamento imobiliário for excluído da conta, o comprometimento da renda ficou em 27,9% em março, ante 27,7% em março do ano passado.

Concessões

Os dados mais gerais do BC, atualizados até maio, mostram que, no mês passado, as concessões pelos bancos no crédito livre subiram 2,2% ante abril, para R$ 347,5 bilhões. Nos 12 meses até maio, a alta foi de 2,0%. O crédito livre reúne operações em geral, com exceção das que utilizam recursos da poupança e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os dados não levam em conta ajustes sazonais. Eles são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19, que voltou a colocar em isolamento social parte da população e reduziu a atividade das empresas.

Em maio, no crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 4,3%, para R$ 178,6 bilhões. Em 12 meses até maio, há alta de 4,8%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 0,2% em maio ante abril, para R$ 168,9 bilhões. Em 12 meses até maio, o recuo é de 0,9%.

Cartão de crédito

Em meio às dificuldades das famílias para fechar as contas, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 6,5 pontos porcentuais de abril para maio, informou o BC. A taxa passou de 336,1% para 329,6% ao ano. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 165,7% para 164,4% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 65,5% para 62,0% ao ano.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.

Fonte: Agência Estado

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