O Ministério da Saúde decidiu suspender temporariamente o contrato para comprar 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech. A decisão ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de prevaricação. Senadores apontam que o presidente ignorou alertas, feitas ainda em março, de que haveria corrupção no processo de contratação do imunizante, que foi intermediado pela Precisa Medicamentos. Esta foi a primeira reação prática do governo após as suspeitas de irregularidades, que o Palácio do Planalto tem negado existir.
O acordo do Ministério da Saúde com a Precisa foi assinado em 25 de fevereiro e prevê pagar R$ 1,6 bilhão. O valor por dose (US$ 15) é o mais caro dos seis imunizantes que o País comprou até agora. A decisão de suspender o contrato ocorreu após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), que vai fazer um pente-fino no processo de contratação da vacina.
"Por orientação da CGU, por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas. Por outro lado, o Ministério da Saúde vai fazer uma apuração administrativa para verificar todos os aspectos da temática que foram suscitadas a partir do final da semana passada", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista no Palácio do Planalto. A informação de que o contrato seria suspenso havia sido antecipado pela CNN Brasil.
RedeTV! perde patrocínios após falas homofóbicas de Sikêra Jr.
A Rede TV! acabou perdendo patrocinadores após um vídeo de Sikêra Jr. viralizar nas redes sociais. No registro, o apresentador do “Alerta Nacional” chama os homossexuais de “raça desgraçada”. De acordo com o Notícias da TV, a emissora já viu baixas em seu time de parceiros.
A construtora MRV, que pertence a Rubens Menin, dono da CNN Brasil, fazia anúncios de seus empreendimentos com frequência no jornal policial comandado por Sikêra Jr. e, nesta segunda-feira (28), comunicou que não investirá mais no programa.
“A MRV acredita na diversidade e não compactua com qualquer forma de preconceito. O programa Alerta Amazônia/Nacional já não faz mais parte dos nossos planos de mídia”, disse a empresa em nota.
A Tim, empresa de telefonia móvel, encerrou na semana passada o acordo comercial com a RedeTV! e a TV A Crítica, deixando de anunciar seus serviços no telejornal.
“Desde a semana passada, realizamos a suspensão da veiculação, que é automática pela plataforma de anúncio, nesse canal. Reforçamos que a Tim não está ligada a movimentos, nem compactua com disseminação de notícias falsas e discursos de ódio”, disse a empresa.
Quem também retirou os investimentos em ações de merchandising foi a HapVida, empresa de plano de saúde que atua no Norte e Nordeste do país.
“Não apoiamos forma alguma de preconceito, seja social, de credo, raça, gênero ou orientação sexual. No momento, suspendemos o patrocínio do Alerta Amazonas. Estamos sempre trabalhando por uma sociedade mais saudável”, informou a empresa.
Fonte: IstoÉ
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