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terça-feira, 29 de junho de 2021

Lázaro tinha R$ 4,4 mil no bolso que seriam usados em fuga, diz secretário


Além de uma pistola, Lázaro Barbosa Sousa, morto na manhã desta segunda-feira após um confronto com policiais que há 20 dias tentavam localizá-lo, estava com cerca de R$ 4,4 mil no bolso. O dinheiro, para o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, seria usado numa fuga do "estado ou até do país":

— Isso é mais uma prova de que tinha gente acobertando ele e dificultando o trabalho das forças policiais. Possivelmente ele planejava fugir. Mas o esforço de todas as forças impediu que ele ou fugisse ou continuasse a cometer outros crimes. O indicativo do dinheiro no bolso certamente era de que ele estava querendo sair ou do estado ou até do país.

A declaração foi feita numa entrevista coletiva. Rodney comentou ainda sobre uma possível rede de pessoas que teriam dado cobertura a Lázaro durante a fuga na área rural dos municípios de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. Foi nessa segunda cidade que, segundo o secretário, ao ser abordado, Lázaro disparou contra os agentes, dando início ao confronto:

— Temos filmagens que vamos mostrar para vocês: ele estava armado. Ele foi para o mato, fizemos o cerco. Ele tentou fugir do cerco e confrontou a equipe do major Edson. Um trabalho coletivo e, graças a Deus, nenhum policial foi ferido. Ele, na hora da abordagem, descarregou a pistola em cima dos policiais. E não tivemos outra alternativa senão revidar.

Lázaro teria feito ainda ameaças aos policiais quando foi visto em Águas Lindas, onde teria ido à casa da ex-sogra e da ex-mulher.

— Ele foi para buscar, para encontrar com elas. Nós estávamos monitorando. Tentamos ali já pegá-lo. Ele chegou a ameaçar alguns policiais dizendo que se entrassem na mata atrás dele, ele daria tiro na cara. Fizemos o cerco prudentemente, tecnicamente — relatou Rodney.

O secretário afirmou ainda que, ao ser colocado na ambulância, Lázaro estava vivo.

— Ele foi conduzido com vida mas chegou no hospital e foi a óbito — disse.

De acordo com ele, o criminoso vinha recebendo apoio:

— Estava trocando de roupa mais uma vez: mais uma prova que tinha uma rede que o acobertava. E essa questão de ele querer fugir também, patrocinado logicamente, mostra que tinha gente não interessada na prisão dele.

A investigação para tentar identificar cúmplices de Lázaro continuará — a polícia acredita que ele possa ter tido ajuda em sete ou oito crimes de latrocínio e assassinato. A ex-sogra e a ex-mulher do criminoso prestam depoimento e, de acordo com o secretário, podem ser indiciadas por facilitação de fuga, disse Rodney.

O corpo de Lázaro foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Goiânia, onde passará por uma necropsia.

Fonte: Yahoo Notícias via Extra

Pesquisadores criam máscara capaz de detectar covid em 90 minutos

 

Pesquisadores do Instituto Wyss da Universidade de Harvard e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambas dos Estados Unidos, desenvolveram uma máscara de tecido capaz de detectar se a pessoa está infectada com a covid-19, em 90 minutos.

Os cientistas conseguiram incorporar reações biológicas no pano, criando sensores capazes de detectar patógenos e toxinas do SARS-CoV-2 durante a respiração e alertar o usuário.

A pessoa usa a proteção normalmente e os biossensores colocados no tecido fazem um processo chamado liofilizar, que é desidratar a parte das células usada para ler DNA e produzir RNA e proteínas moleculares.

A máscara tem um botão que ao ser acionado hidrata novamente a célula e, em 90 minutos, o paciente descobre se está ou não infectado. De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Nature, desta segunda-feira (28), a precisão do resultado é comparável ao diagnóstico conseguido pelo teste PCR.

"Reduzimos todo um laboratório de diagnóstico a um pequeno sensor baseado em biologia sintética que funciona com qualquer máscara facial e combina a alta precisão dos testes de PCR com a velocidade e o baixo custo dos testes de antígeno", disse o coautor Peter Nguyen, um cientista pesquisador da Universidade de Harvard ao site da instituição.

A criação dos biossensores é resultado de três anos de pesquisa feita pelas universidades dos Estados Unidos. Além das máscaras, eles podem ser usados na confecção de roupas e é capaz de detectar outros patógeno, não só o do vírus que causa a covid-19.

A primeira vez que os pesquisadores usaram essa tecnologia foi para lidar com o surto do Zika vírus, em 2015. Foram criados biossensores que detectaram RNA derivadas de patógenos e as acoplou a uma proteína indicadora colorida ou fluorescente e, em seguida, incorporaram o circuito genético em papel para criar um diagnóstico barato, preciso e portátil.

Agora, os pesquisadores conseguiram acoplaram os sensores em tecidos para criar suas máscaras faciais de detecção da covid-19. De acordo com os cientistas, o diagnóstico feito por meio da máscara facial é de fácil fabricação e do baixo custo.

Os pesquisadores demonstram que uma rede de cabos de fibra óptica pode ser integrada nos biossensores para detectar a luz fluorescente gerada pelas reações biológicas, indicando a detecção da molécula alvo com um alto nível de precisão. Este sinal digital pode ser enviado a um aplicativo de smartphone que permite ao usuário monitorar sua exposição a uma vasta gama de substâncias.

“Esta tecnologia pode ser incorporada em aventais de laboratório para cientistas que trabalham com materiais perigosos ou patógenos, esfrega para médicos e enfermeiras ou uniformes de socorristas e militares que podem ser expostos a patógenos perigosos ou toxinas, como gás nervoso”, disse coautora Nina Donghia, cientista da equipe de Harvard, ao site da universidade.

Os cientistas e as universidades procuram parceiros comerciais para tornar possível a fabricação em massa do diagnóstico de máscara facial para uso durante a pandemia e para detectar outros riscos biológicos e ambientais que já existem ou que aparecerão.

“A engenhosidade e dedicação desta equipe em criar uma ferramenta útil para combater uma pandemia mortal enquanto trabalha em condições sem precedentes é impressionante por si só. Mas ainda mais impressionante é que esses biossensores vestíveis podem ser aplicados a uma ampla variedade de ameaças à saúde além do SARS-CoV-2, e nós, do Wyss Institute, estamos ansiosos para colaborar com os fabricantes comerciais para concretizar esse potencial”, afirmou Don Ingber , o diretor do Wyss Institute.

Fonte: R7

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