
O governador Camilo Santana (PT) decretou, nesta quinta-feira (11), lockdown em todo o Ceará. A medida passa a valer a partir deste sábado (13),até o próximo dia 21 de março. Consequentemente, as restrições em Fortaleza, antes vigentes até o dia 18, também serão estendidas. As informações são do Diario do Nordeste.
O chefe do Executivo ponderou que 181 municípios cearenses têm classificação de risco "alto" ou "altíssimo" para transmissão da Covid-19. Nesse contexto, diante da escalada de casos e internações, a pressão aumenta no sistema de saúde.
"Mesmo abrindo novos leitos, nós decidimos decretar o isolamento social rígido em todo o Estado. Já há pessoas esperando, na fila, por um leito de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermaria, apesar de todo o esforço que estamos fazendo. É duro tomar essa decisão, mas é necessária", afirmou.
Morre Webster Feitosa, subgerente da agência do Banco do Brasil de Catarina, vitima do coronavirus

Morreu na madrugada desta sexta-feira (12), o Gerente de Serviços da Agência do Banco do Brasil de Catarina, Webster Leopoldo Feitosa, 30 anos. Ele é sobrinho da Coordenadora da 14ª CRES, Dra. Dulce Feitosa, do ex-vereador Airles Feitosa, do médico Dr. Acácio Feitosa, do município de Arneiroz.
É o segundo caso na família de óbito por coronavírus num intervalo de 2 dias, já que faleceu no final da manhã da última quarta-feira (10), em Fortaleza, a servidora da Universidade Estadual do Ceará, Maria Dilce Feitosa, 62 anos, tia do bancário, que é filho da sra. Florceli Feitosa.
Cearense perde pai, mãe, irmão e marido para o coronavirus: 'Pessoas que eu mais amava'

Após perder o pai, a mãe, o marido e o irmão para a Covid-19 no intervalo de 20 dias, a assistente social e empresária Vivian de Oliveira, que também está internada com a doença em estado estável em um hospital de Fortaleza, fez um apelo à população para que siga as medidas de segurança para evitar o contágio pelo coronavírus. "Quem ama cuida. Por isso, obedeçam às normas sanitárias e fiquem em casa. Eu perdi quatro pessoas que eu mais amava para o vírus e a dor é inesquecível."
De acordo com Vivian, a primeira pessoa a se infectar na família, em meados de fevereiro, foi a cunhada. Logo depois o irmão, a mãe e o pai contraíram o vírus. "A minha cunhada ficou internada, mas teve alta e está se recuperando em casa", disse. Além dos adultos, a sobrinha dela de 1 ano e 7 meses e a filha de 1 ano e 5 meses também testaram positivo para a Covid-19, mas não necessitaram de internação.
Os óbitos aconteceram em intervalos curtos de tempo. O pai faleceu no dia 20 de fevereiro. No dia seguinte foi o irmão. Seis dias depois, a mãe também faleceu. E no último dia 10 de março, o marido da assistente social não resistiu à doença.
Vivian conta que ainda não conseguiu ter tempo para processar todo o sofrimento passado nos últimos dias e pensa agora em cuidar das crianças. "Hoje eu me sinto triste, abalada, desacreditada. Tem horas que parece que é um pesadelo. Eu não tive tempo de poder ter todo esse sofrimento ainda para lutar por eles, que estão precisando de mim, da minha força, eu preciso cuidar da minha filha. Só quem sente essa dor é quem passa", desabafa.
Ainda internada, em estado estável, a assistente social disse que não precisou ser entubada nem de receber oxigênio. Ela disse que busca na fé a força para superar tantas perdas. "Essa doença é muito traiçoeira. Estou buscando ajuda psicológica, na família e principalmente em Deus, que tem sido o meu refúgio nesse momento de dor", finaliza.
Com informações do G1 Ceará.
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