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domingo, 31 de janeiro de 2021

Incêndio atinge Arena Castelão, estádio da Copa em Fortaleza

                             

Um incêndio atinge a área interna da Arena Castelão, em Fortaleza, na manhã deste sábado (30). O fogo teria iniciado em uma cabine de rádio do estádio. Duas guarnições do Corpo de Bombeiros trabalham no local para controlar as chamas.

Imagens compartilhadas na internet mostram chamas altas e uma forte fumaça preta no local. Ainda não há confirmação sobre as causas do incêndio e se houve algum ferido. Além do Corpo de Bombeiros do Ceará, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local.

Júlio Lima, funcionário do Castelão que trabalha na área de publicidade, disse ao portal G1 que estava na arena quando as chamas começaram. Ele revelou que, logo após um curto circuito no local, vidraças começaram a cair.

– Rapidamente a gente viu o fogo e rapidamente a gente saiu para ajudar as pessoas que estavam na parte de serviço lá em cima. Foi muito rápido, muito rápido mesmo. Teve um curto circuito que rapidamente pegou fogo e a vidraça começou a cair. Alguns meninos que estavam trabalhando com a gente inalaram muita fumaça – disse.

A Arena Castelão é o principal palco de eventos esportivos e culturais do Ceará. O local já recebeu partidas da Copa do Mundo, em 2014, da Copa das Confederações, em 2013, além de shows internacionais, como de Beyoncé, Paul McCartney e Elton John.

O Castelão receberia, na tarde deste sábado, uma partida entre os clubes Floresta e Mirassol, na final da Série D do Campeonato Brasileiro, às 16h. Ainda não há informações se o jogo será mantido, transferido para outro local, ou adiado.

(Paulo Sousa)
sobral24horas.com/

Mulher é resgatada após mais de 40 anos sem salários e férias

Empregada afirmou que dormia em um quarto sem luz e que usava o passar dos dias para medir o tempo.

Uma empregada doméstica foi resgatada no bairro da Abolição, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após passar 41 anos em condições análogas à escravidão, sem receber salários e férias. A situação foi revelada pelo portal G1 com base em um depoimento concedida pela mulher na 1ª Procuradoria Geral do Trabalho.

Segundo a empregada, após trabalhar cerca de 11 horas por dia, com pouco tempo para as refeições, ela dormia em um quarto sem energia elétrica nos fundos da casa. Sem luz e relógio, ela afirma que calculava a passagem de tempo conforme o dia ia escurecendo.

No depoimento, ela também relatou que uma médica da família para a qual ela trabalhava diagnosticou que ela estava com Covid-19, e receitou remédios. Apesar da empregadora ter comprado os medicamentos, a empregada relatou que nunca fez outros exames e disse que nunca tomou os remédios.

Os auditores fiscais do trabalho que viram a vítima pela primeira vez disseram que ela estava suja depois de voltar do ferro velho, onde fora vender as latinhas que catava para conseguir alguma remuneração. Às 11h, ela ainda não tinha se alimentado e estava, segundo os auditores e promotores do Ministério Público do Trabalho, muito agitada, confusa e com problemas de audição.

A mulher, de 63 anos, contou em depoimento que às vezes recebia R$ 6 ou R$ 7 de sua empregadora, e que usava em alguns momentos o dinheiro para comprar sabonete para tomar banho. O vínculo empregatício da vítima nunca foi registrado na sua carteira de trabalho. Durante os 41 anos, a mulher afirma também que nunca teve contato com sua família de origem, em São Paulo.

Após o resgate, a mulher está sendo atendida pelo programa de assistência social do Caritas em parceria com o Ministério Público do Trabalho. Sua empregadora tem uma semana para pagar a sua rescisão salarial, assim como os vencimentos referentes aos anos de trabalho. Os valores são de mais de R$ 100 mil.

(Paulo Moura)

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