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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Ceará pretende aplicar a vacina de Oxford sem reter a segunda dose

                         


O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou neste sábado (23) que as vacinas de Oxford recebidas pelo estado devem ser distribuídas para aplicação da 1ª dose, ou seja, sem retenção de parte do lote para 2ª dose. Fora a reserva técnica, as demais serão aplicadas.

"A vantagem dessa vacina, já orientada pelo próprio Ministério da Saúde, é poder usar todas as doses, porque a segunda dose dela poderá ser feita em até 90 dias. E, até lá, há toda uma programação e a remessa de novas doses para a população que já recebeu essa primeira dose da AstraZeneca", disse Camilo.

O carregamento com 72.500 doses da vacina Oxford/AstraZeneca produzidas no Instituto Serum, na Índia, chegou ao Ceará na noite deste sábado (23). O avião cargueiro da Gol aterrissou no aeroporto de Fortaleza por volta das 22h, vindo do Rio de Janeiro, primeiro estado a receber o imunizante. A carga será distribuída para as cidades cearenses, em rotas aéreas e terrestres.

O governador acompanhou a chegada da carga no aeroporto. 

Na manhã deste domingo (24), a equipe da secretaria da Saúde vai discutir a logística da aplicação dessa segunda remessa. A primeira leva que chegou ao Ceará foi a chinesa Coronavac na segunda-feira (18).

Vacinas de Oxford e Coronavac

O Ceará já recebeu cerca de 220 mil doses da Coronavac, que já são aplicadas em todas as cidades do estado. A Coronavac foi desenvolvida na China e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O lote que vem da Índia é de um imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. No Brasil, a Fiocruz também fabrica o produto.

As duas vacinas têm eficácia comprovada e são aplicadas em diversos países de forma emergencial. Ambas foram autorizadas pela Anvisa para aplicação emergencial no Brasil.

As vacinas já disponíveis de Coronavac no Ceará são insuficientes para imunizar os grupos prioritários da desta fase de campanha, formados principalmente por:

* Trabalhadores da saúde: 182.907 pessoas
* Idosos que vivem em asilos: 163.691

Liberação das vacinas na Fiocruz (RJ)

À noite e pela madrugada deste sábado, após a longa viagem da Índia para o Brasil, as vacinas Oxford/AstraZeneca passaram por uma avaliação de temperatura no Rio de Janeiro para verificar se estavam nas condições perfeitas.

De manhã, as caixas foram etiquetadas. Cada uma delas tem 50 frascos e 500 doses de vacina.

Também nas primeiras horas deste sábado (23), o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) coletou amostras para análise de protocolo e liberação do produto para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribuí-la pelo país.

As vacinas de Oxford farão parte do PNI, que é coordenado pelo Ministério da Saúde e começou no dia 17 de janeiro com 6 milhões de doses da CoronaVac. Nesta sexta (22), outros 4,8 milhões de doses da CoronaVac foram aprovadas para uso emergencial no Brasil.

No desembarque da Índia, ainda na pista, a aeronave foi recebida numa cerimônia de "batismo" por dois caminhões do Corpo de Bombeiros, que esguicharam água no avião.

Informações G1

Mortes por covid aumentam e número de janeiro ultrapassa o de dezembro

 


As mortes por covid-19 no Brasil em janeiro ultrapassaram, no domingo (24), as registradas em todo o mês de dezembro. Os dados das secretarias de Saúde do país mostram que o mês já o segundo consecutivo, desde julho, que as mortes superam as do mês anterior.

Em dezembro, 21.811 pessoas morreram em decorrência da covid-19. Em janeiro, o número foi de 22.105 mortes causadas pela doença, maior que o registrado em novembro e outubro e próximo do patamar de setembro (22.371). O pico de mortes por covid-19 no Brasil foi em julho, com 32.912 óbitos pela doença.

Os dados apontam também que houve uma tendência nacional de aumento nos óbitos por 14 dias consecutivos de janeiro - do dia 8 ao 21.

COLAPSO EM MANAUS

O Amazonas tem uma tendência, de forma ininterrupta, de alta diária na média móvel de mortes por covid desde dezembro. Em Manaus, única cidade do estado com unidades de tratamento intensivo (UTIs), o sistema de saúde enfrentou um colapso em janeiro.

Até o dia 25 de janeiro, mais de 200 pacientes tiveram que ser transferidos para outros estados por conta da falta de oxigênio na cidade. A Venezuela mandou oxigênio para as unidades hospitalares de Manaus na semana passada.

Especialistas afirmam que o aumento de mortes no país são resultado das festas de fim de ano e da nova variante detectada no Amazonas, mais transmissível. O colapso em Manaus também deve se repetir em outras cidades do país, alertam.

E a situação ainda deve piorar, assegurou o médico sanitarista Sergio Zanetta, em entrevista ao Yahoo.

“Do contato aos primeiros sintomas, podemos ter um período de até 14 dias. A partir daí, são duas semanas de agravamento e, se piorar, possivelmente mais 3 semanas em UTI. Se somar, eu tenho quase 50 dias do contato até a UTI. Portanto, os óbitos que eu conto nos dias atuais são de casos de 40, 50 dias atrás”.

Com informações Yahoo Notícias

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