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domingo, 24 de janeiro de 2021

Confusão com vacina, crise na saúde e fim do auxílio emergencial fazem subir rejeição ao Governo Bolsonaro

 O fim do auxílio emergencial, a crise na saúde, com a falta de oxigênio no Estado do Amazonas, as declarações que desestimulam a vacinação da população e as dificuldades do governo brasileiro nas negociações com a China e a Índia para a chegada do imunizante contra a Covid-19, fizeram aumentar a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro.

O retrato dessa nova realidade política para o governo está nos números de uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira (22).

A pesquisa, realizada na quarta (20) e quinta-feira (21), aponta que 40% dos brasileiros classificam o Governo Bolsonaro como ruim ou péssimo – o índice representa 8 pontos a mais do que o levantamento realizado no mês de dezembro. Outros 31% dos entrevistados avaliam a gestão do presidente como ótima ou boa – em dezembro, esse percentual era de 37%.

Os números mostram que essa é a maior queda nos índices de aprovação do governo desde a posse de Bolsonaro no dia primeiro de janeiro de 2019. O levantamento revela, ainda, que o Governo Bolsonaro é avaliado como regular por 26% dos entrevistados.

O Instituto Datafolha ouviu, por telefone, 2.030 pessoas em todo o Brasil. A pesquisa tem uma margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. Em junho de 2020, no ápice da crise sanitária, a rejeição ao Governo Federal chegou a 44%, mas a popularidade foi aos poucos sendo recuperada com a boa repercussão sobre o auxílio emergencial que beneficiou 62 milhões de pessoas.

REJEIÇÃO CRESCE ENTRE AS PESSOAS QUE TEM MEDO DA COVID

Um dos traços que chamam atenção nessa pesquisa do Datafolha é que, quanto maior o receio de infecção pela Covid-19, maior é o índice de rejeição ao Governo. Segundo a pesquisa, entre  aqueles que têm muito medo de pegar a Covid-19, a rejeição ao presidente Bolsonaro subiu para 51% – esse índice era de  41% em dezembro. Nesse segmento da população, a aprovação do Governo caiu de 27% para 20%.

A rejeição ao governo, entre os entrevistados que disseram ter um pouco de medo de se infectarem pela doença, cresceu de  30% para 37%, enquanto a aprovação oscilou de 36% para 33%. Outro dado da pesquisa: no grupo das pessoas que dizem não ter medo da infecção pela Covid-19, 21% o rejeitam (eram 18%) e 55% o aprovam (eram 53%). O levantamento mostra, também, que 41% dos brasileiros disseram nunca confiar no presidente, outros 38% dizem confiar às vezes e 19% afirmam que confiam sempre.

IMPOPULARIDADE POR REGIÃO

Os índices de aprovação e rejeição do Governo Bolsonaro tem diferentes nuances e sobem ou descem de acordo com as características, os problemas e os impactos das ações ou responsabilidades da administração federal no cotidiano da população.

A Região Norte, que tem, nos últimos dias, um elevado número de óbitos pela Covid-19 provocados pela falta de oxigênio, e a Região Centro Oeste registram que o conceito de bom ou ótimo do governo caiu de 47% para 36%. O Sudeste, que tem o estado mais populoso do País, registra, também, queda na popularidade do presidente Bolsonaro. A rejeição no Sudeste chega a 44%.

A briga perdida na primazia da vacina contra a Covid-19, com a articulação do governador de São Paulo, João Doria (PSD), abrindo a imunização contra os profissionais de saúde em todo o Brasil, gerou desgastes e contribuiu para o  aumento da rejeição ao Governo Federal na Região Sudeste. A menor rejeição é na Região Sul – 34%. Na Região Nordeste, que teve o maior número de beneficiários do auxílio emergencial – o benefício foi suspenso a partir deste mês, tem uma rejeição de 43% – antes era de 34%, de acordo com a pesquisa do Datafolha.

 

Fonte: CearáAgora

Julgamento de impeachment de Trump no Senado começa na segunda semana de fevereiro, diz líder da maioria


 

O julgamento do impeachment de Donald Trump no Senado irá começar na semana de 8 de fevereiro, segundo o democrata Chuck Schumer, agora líder da maioria no Senado. A data foi anunciada durante a sessão desta sexta-feira (22), após a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ter dito que o processo – já aprovado naquela casa – será encaminhado na próxima segunda-feira.

Na quinta-feira, o líder da minoria republicana, Mitch McConnell, havia dito que gostaria que Trump tivesse ao menos uma semana para se preparar para o julgamento, após o pedido chegar ao Senado.

  • 25 de janeiro – Os gerentes do impeachment da Câmara lerão o artigo de impeachment para o Senado.
  • 26 de janeiro – Os senadores prestarão juramento para o julgamento.
  • 8 de fevereiro – Prazo para a resposta de Trump ao artigo.
  • 9 de fevereiro – Prazo para o briefing pré-julgamento de Trump, e depois disso, o julgamento pode começar.

O presidente Joe Biden defendia que o julgamento fosse adiado por algumas semanas, para que sua realização não atrasasse a aprovação de nomeações e outras medidas importantes do início de seu mandato.

Para que Trump seja condenado, são necessários os votos de todos os 48 senadores democratas e dos dois independentes – já garantidos – mas também de pelo menos 17 republicanos.

O ex-presidente, que deixou o cargo no dia 20, é acusado de incitar à violência que resultou na invasão do Capitólio, a sede do Congresso americano, no dia 6 de janeiro.

Ele foi considerado culpado pela Câmara em 13 de janeiro, uma semana antes de deixar a presidência, e se tornou o primeiro presidente dos EUA a sofrer dois processos de impeachment.

Além de aprovar o impeachment, o Senado pode ainda votar para que Trump perca seus poderes políticos, o que o impediria de se candidatar novamente a cargos eletivos, e também para que ele perca o direito a seus benefícios como ex-presidente. Ainda não foi informado, entretanto, se esses dois itens serão incluídos na pauta do processo no Senado.

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Fonte: Portal G1

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