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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Reabertura no CE pode chegar a quase 100 % mesmo antes da vacina

 


       

A economia cearense poderá chegar muito perto do cenário anterior à pandemia mesmo antes da vacina para o novo coronavírus. A perspectiva foi apresentada pelo secretário executivo de planejamento e gestão do Governo do Estado e coordenador do plano de retomada, Flávio Ataliba, defendendo que o Ceará poderá ter quase 100% dos negócios operando novamente antes da liberação da vacina.

Atualmente, o Ceará já conta com, segundo dados do comitê estadual dedicado à retomada, mais de 95% da economia em atividade, com todos os municípios já na quarta fase do plano de retomada. Contudo, Ataliba ponderou que será muito difícil prever como se dará a evolução da economia a partir de agora.

Governo anuncia Renda Cidadã, programa substituto do Bolsa Família

                      

Após negociação com líderes partidários, o governo decidiu fechar uma proposta para o novo programa social que substituirá o Bolsa Família dentro da regra do teto de gastos.

A informação foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), após reunião com ministros, deputados e senadores.

"Estamos buscando recursos com responsabilidade fiscal e respeitando a lei do teto", disse o presidente.

O Renda Cidadã, novo programa social do governo federal, será financiado com o dinheiro de precatório e recursos do Fundeb, o fundo para a educação básico que terá reforço do governo. Os recursos do Fundeb, pela legislação em vigor, ficam fora do teto de gastos, regra que impede o crescimento da despesas da inflação acima.

O anúncio foi feito durante reunião do presidente Jair Bolsonaro e líderes do governo, partidos e o presidente da Economia, Paulo Guedes.

O programa será incluído na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial, segundo informou o relator, senador Marcio Bittar (MDB-AC). O parlamentar informou que a proposta usa parte dos recursos dos precatórios para financiar o Renda Cidadã. Segundo ele, hoje há R$ 55 bilhões de precatórios no Orçamento. A proposta fixa 2% da receita corrente líquida para pagar os precatórios. "O que sobrar vai para o Renda Cidadã", disse.

Os precatórios são valores devidos a pessoas físicas ou jurídicas após sentença definitiva na Justiça.

O relator informou ainda que até 5% do novo recurso para o Fundeb, também vai ajudar famílias do programa. Ele não deu detalhes. Mas essa proposta já foi proposta pela equipe econômica na época de votação do novo Fundeb e foi vetada pelo Congresso.

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que o novo programa social Renda Cidadã não vai furar o teto de gastos.

Barros falou com a imprensa após uma reunião de líderes partidários e ministros com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Após o encontro, Bolsonaro, ministros e parlamentares deram esclarecimentos sobre o que foi discutido.

"Chegamos à conclusão neste momento que teremos a apresentação do Renda Cidadã, dentro do teto de gastos, para atender os milhões de brasileiros que recebem o auxílio emergencial", disse o deputado.

O parlamentar não deu outros detalhes sobre o Renda Brasil, como o valor do benefício ou quando deverá começar a ser pago.

Programa social

Nos últimos meses, o governo vem debatendo a criação de um novo programa social para substituir o Bolsa Família e abarcar parte dos atuais beneficiários do auxílio emergencial, criado para ajudar trabalhadores informais afetados pela crise da pandemia do coronavírus.

Inicialmente, o programa se chamaria Renda Brasil. Bolsonaro planejava que o benefício tivesse valor de R$ 300. Integrantes da equipe econômica disseram que, para chegar nessa cifra, deveriam ser feitos cortes em outros benefícios sociais, o que desagradou Bolsonaro. O presidente chegou a dizer que estava proibido de se falar de Renda Brasil dentro do governo.

Reforma tributária

O deputado afirmou que não foi possível chegar a um acordo para a reforma tributária. "Continuaremos trabalhando", disse. Na semana passada, Bolsonaro deu aval para líderes do governo negociarem os termos da reforma com o Congresso. Como o Estadão/Broadcast mostrou, o governo espera com um novo tributo sobre transações digitais desonerar a folha de pagamento e incentivar a geração de emprego. Após o anúncio, os líderes retomaram a reunião.

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