A pandemia do novo coronavírus pelo mundo alterou a realidade de muitas empresas, e afetando o cronograma de lançamentos e as cadeias de produção. Com o afrouxamento das medidas de isolamento social em diversos países, o momento agora é de adaptação a essa nova realidade e o desenvolvimento de soluções para combater o coronavírus. A multinacional brasileira Weg, por exemplo, em uma iniciativa das mais interessantes, acaba de anunciar uma linha de tintas antiviral capaz de neutralizar o Sars-CoV-2, vírus causador da COVID-19, nas superfícies em que é aplicada em apenas cinco minutos.
De acordo com Reinaldo Richter, diretor superintendente da Weg Tintas, a tinta poliuretana denominada “W-THANE APA 501 Protection” foi desenvolvida nos laboratórios de pesquisa da empresa após um amplo estudo com o Coronavírus cepa MHV-3, gênero betacoronavírus (o mesmo gênero e família dos SARS-CoV1, SARS-CoV-2/Covid19, MERS) e permite que o vírus “sobreviva” menos tempo (menor janela de proliferação) nos locais pintados com a tinta da Weg.
Segundo especialistas em virologia, o novo coronavírus pode permanecer ativo em algumas superfícies pelo período de até 72 horas (3 dias), tempo esse que pode contribuir para uma grande proliferação e contaminação de pessoas. A indicação do produto pode ser muito útil para locais de grande movimentação como hospitais, clínicas, supermercados, farmácias, além da aplicação em equipamentos do transporte público como barras de segurança e assentos, eletrodomésticos e máquinas industriais de diversos segmentos.
Onde comprar a tinta anticoronavírus?
O diretor da Weg Tintas afirma que somente a tinta líquida pode combater o novo coronavírus e que uma versão em pó, voltada para aplicação em tecidos e outras superfícies, ainda está em desenvolvimento.
Sobre a disponibilidade no mercado, Richter garante que a mesma chegará ainda neste mês de agosto tanto no atacado, quanto no varejo, em lojas especializadas a um preço a ser definido, porém, não muito acima de outros produtos semelhantes como as tintas antibacterianas.
Com informações Yahoo Notícias
Empresas doam R$ 100 milhões para fábrica de vacina
Um grupo de oito empresas e fundações vai investir R$ 100 milhões para contribuir com a montagem da fábrica para produção de vacinas contra a covid-19 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio. A previsão é de que a unidade entre em operação até o começo do ano que vem, com capacidade de produzir até 30 milhões de doses por mês.
A doação é uma iniciativa conjunta de Ambev, Americanas, Itaú Unibanco, Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e Behring Family Foundation.
A fábrica ficará numa área de 1,6 mil m² no complexo de Bio-Manguinhos, instituto da Fiocruz produtor de vacinas. O investimento empresarial dará apoio para a reforma da ala do edifício e a compra e instalação de equipamentos complementares aos já existentes no local.
A Fiocruz é vinculada ao Ministério da Saúde, responsável por definir como ocorrerá uma eventual distribuição das doses. Antes de isso acontecer, porém, é preciso terminar os testes e comprovar a eficiência e a segurança da vacina.
A vacina a ser produzida na unidade é a mesma que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca. No fim de junho, a Fiocruz fechou acordo de cooperação com ambas para compra de lotes e transferência de tecnologia. Ele dá ao instituto o direito de adquirir o insumo antes mesmo do fim dos ensaios clínicos, com o objetivo de assumir uma posição mais estratégica na área.
No momento, a pesquisa de Oxford e Astrazeneca se encontra na fase três, última etapa de testes antes de receber sinal verde. Os testes estão sendo conduzidos em países como o próprio Brasil, além de África do Sul, Inglaterra e Estados Unidos.
Ao avançar até a fase três, fica-se mais próximo de uma solução para a pandemia. Mas especialistas dizem que esta é uma etapa sensível no processo, quando muitos projetos se provam menos eficazes do que o esperado. Portanto, é preciso aguardar os resultados conclusivos antes de comemorar.
Quando concluídos todos os investimentos, a fábrica também terá capacidade para produzir outras vacinas, incluindo outros tipos contra o covid-19 que venham a ser aprovados.
A Fiocruz e a Ambev serão corresponsáveis pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica da Bio-Manguinhos. O escritório de advocacia Barbosa, Mussnich e Aragão atuará voluntariamente como consultor jurídico do projeto.
A articulação entre empresas, fundações e governo para montagem da fábrica começou há cerca de um mês e meio, conta o vice-presidente da Ambev, Mauricio Soufen. Segundo ele, a iniciativa ganhou corpo quando o Brasil começou a se destacar como um dos polos para testes da vacina contra a covid-19.
"Daí começamos a nos mobilizar e entender como poderíamos ajudar. Nesse momento, ficou muito claro para o nosso time que o próximo gargalo seria na capacidade de produção em massa da vacina", disse. "Ajudar o Brasil a ter autonomia na produção da vacina passou a ser a prioridade do nosso time."
O grupo não revelou a participação de cada empresa nos R$ 100 milhões. Parte dos integrantes apoiará a preparação de fábrica similar no Instituto Butantã, em São Paulo. A Fiocruz não informou qual o porcentual do investimento que será coberto pelos R$ 100 milhões.
Com informações Notícias ao Minuto via jornal O Estado de S. Paulo
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