Os pacientes que se recuperam da covid-19 podem perder sua imunidade dentro de alguns meses, diz um estudo publicado nesta segunda-feira por uma equipe de pesquisadores do King's College London. O estudo sugere, portanto, que a imunidade — capaz de proteger o organismo contra novas infecções — não pode ser tida como garantida após a superação da doença pela primeira vez. Este é o caso de outros vírus, como a gripe.
A descoberta poderia complicar o desenvolvimento de uma vacina eficaz de longo prazo.
"Se a infecção fornece níveis de anticorpos que diminuem em dois a três meses, a vacina potencialmente fará a mesma coisa e uma única injeção pode não ser suficiente", disse Katie Doores, principal autora do estudo, ao jornal "The Guardian".
É o primeiro estudo longitudinal desse tipo, de acordo com o jornal britânico. Foi analisada a resposta imune de mais de 90 pacientes e profissionais de saúde do sistema NHS (equivalente ao SUS do Reino Unido) e descobriram que os níveis de anticorpos que podem destruir o vírus atingiram o pico cerca de três semanas após o início dos sintomas, mas pouco depois caiu.
Os exames de sangue revelaram que, enquanto 60% das pessoas conseguiram uma resposta "potente" de anticorpos no auge de sua batalha contra o vírus, apenas 17% mantiveram a mesma potência três meses depois. Os níveis de anticorpos caíram 23 vezes no período. Em alguns casos, eles se tornaram indetectáveis.
O sistema imunológico tem outras maneiras de combater o coronavírus , mas se os anticorpos forem a principal linha de defesa, os resultados sugerem que as pessoas podem se infectar novamente em ondas sazonais e que as vacinas podem não protegê-las por muito tempo.
Pico de mortos por Covid-19 no Cariri foi entre fim de junho e início de julho, diz Sesa
A Região de Saúde do Cariri, no Ceará, registrou o maior número de óbitos causados por Covid-19 até o momento na semana epidemiológica 27, que corresponde aos dias 28 de junho a 4 de julho. As informações são da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), divulgadas na tarde desta terça-feira (14).
De acordo com a pasta, durante o período foram registradas, pelo menos, 48 mortes pelo novo coronavírus, além de outras 31 por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A semana seguinte, até o dia 11 de julho, já apresenta redução, com 37 óbitos confirmados, com 24 por SRAG.
Juazeiro do Norte concentra os maiores índices da região, com 148 mortes pelo novo coronavírus e 4.241 diagnósticos positivos. As informações são da plataforma Integrasus, atualizada às 10h25 desta terça-feira. A cidade, juntamente com os municípios de Crato, Barbalha, Brejo Santo, Iguatu, Sobral e Tianguá seguem em lockdown, para tentar conter a proliferação da doença.
As macrorregiões do Cariri, Litoral Leste /Jaguaribe apresentaram crescimento, 12,07% e 6,6%, respectivamente, nos casos de Covid, entre 28 de junho e 12 de julho. Os números estão acima da média do Estado, que chegou ter crescimento de 4,31%, segundo a plataforma da Sesa.
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