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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Assassinatos de mulheres no Ceará crescem 82 por cento no primeiro semestre/2020

Neste ano, 188 mulheres foram mortas no estado em seis meses - Em 2019, foram 103

Adolescentes e jovens estão sendo também mortas na guerra entre facções

O número de mulheres assassinadas no Ceará nos seis primeiros meses de 2020 assinalou um aumento da ordem de 82.5 por cento num comparativo com igual período do ano passado. Entre janeiro e junho deste ano, 188 mulheres foram mortas no estado, enquanto no primeiro semestre de 2019 este número ficou em 103, isto é, 85 crimes a mais.
Em todas as três grandes regiões do estado houve aumento de assassinatos de mulheres neste ano em comparação a 2019. Em Fortaleza, foram 48 mulheres assassinadas nos seis primeiros meses de 2020. No ano passado, ocorreram 23 casos.
Nos Municípios que compõem a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), 63 mulheres foram mortas no primeiro semestre deste ano, contra 34 no ano passado,.
Já no interior do estado, ocorreram 77 assassinatos de mulheres em apenas seis meses de 2020, enquanto em equivalente período de 2019 aconteceram 46 crimes do gênero, um acréscimo de 31 casos.

Crianças, adolescentes e idosas - Nos primeiros seis meses de 2020, 26 adolescentes do sexo feminino (com idade entre 12 anos completo e 18 incompletos (de acordo com o que define o Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA) foram assassinadas no Ceará. No ano passado, em igual período do ano, ocorreram 23 casos.
Já o número de vítimas femininas de assassinatos classificadas como crianças (até 12 anos incompletos) e idosas (a partir de 65 anos completo) se manteve praticamente igual na comparação entre o primeiro semestre dos dois anos.
Em 2019, nos seis primeiros seis meses, seis crianças e seis idosas foram assassinadas no estado. Neste ano de 2020, foram quatro crianças do sexo feminino e sete mulheres idosas.

Matança de mulheres - Somando os assassinatos de mulheres em dois anos e meio (2018 e 2019 completos e mais os primeiros seis meses de 2020), o Ceará registrou nada menos, que 896 crimes do gênero. Entre as causas mais comuns dos assassinatos de mulheres no estado estão o feminicídio (crimes passionais), estupros seguidos de morte (crimes de ordem sexual), latrocínios (roubos seguido de morte) e as execuções sumárias ordenadas por facções ou traficantes de drogas.
Em 2018 (ano recorde de morte de mulheres no estado) ocorreram 479 assassinatos vitimando pessoas do sexo feminino no Ceará. Em 2019, foram 229. E nos primeiros seis meses deste ano, 188; totalizando, portanto, 896 mortas.

Após fuga de 17 detentos, direção de presídio no Ceará é exonerada

É a maior fuga registrada na gestão do atual secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque


Detentos escalaram muro do presídio com corda feita de lençóis.  — Foto: Reprodução/TVM
Detentos escalaram muro do presídio com corda feita de lençóis

A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) confirmou, nesta quarta-feira (22), que o secretário Mauro Albuquerque exonerou a direção do Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO) II, em Itaitinga, na Grande Fortaleza, após a fuga de 17 presos na madrugada da terça-feira (21).
A fuga foi a maior registrada no sistema penitenciário na gestão Mauro Albuquerque, desde janeiro de 2019. Os cadeados de duas celas e da ala onde os internos eram custodiados foram abertos. A suspeita é de que houve facilitação para a fuga. Três dos 17 detentos já foram recapturados.
Com a decisão do secretário, foram exonerados dos cargos o diretor, o chefe de segurança e o chefe de equipe do IPPOO II.

Corda de lençóis - Os presos utilizaram uma "teresa" (corda feita com lençóis) para escalar a muralha e sair do presídio. A SAP e a Polícia Militar seguem em busca dos fugitivos.
O presídio já registrou três fugas de detentos e a prisão de um agente penitenciário por suspeita de corrupção, em 2020.

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