Os nove mortos no desabamento do edifício. Seis eram moradores do prédio que ruiu na manhã...
... do dia 15 de outubro, transformando o local em escombros. Debaixo dos destroços estavam...
... 16 vítimas. Nove foram encontradas mortas e sete resgatadas com vida. Bombeiros militares e voluntários trabalharam sem parar durante cinco dias, totalizando 103 horas de buscas
Passado um mês do desabamento do Edifício Andréa (completado na última sexta-feira, dia 15), as autoridades ainda não chegaram aos responsáveis pelo desastre que matou nove pessoas e deixou outras sete feridas. A Polícia Civil pediu à Justiça mais prazo para a conclusão do inquérito policial instaurado para investigar o caso.
A apuração do caso está concentrada no 4º Distrito Polícia (bairro Pio XII), onde, ao menos, 36 pessoas já prestaram depoimento. Entre elas, vários sobreviventes da tragédia ocorrida na manhã do dia 15 de outubro. Também prestaram declarações à Polícia os operários e um engenheiro que estavam envolvidos nas obras de restauração do imóvel localizado no bairro Dionísio Torres, na zona nobre da Capital.
O engenheiro civil José Anderson Gonzaga dos Santos, dono da empresa responsável pelas obras no Andréa também foi interrogado na delegacia e negou que os serviços iniciais realizados pela sua empresa tenham sido determinantes para o desabamento da edificação.
A Polícia Civil aguarda a conclusão e remessa do laudo pericial que está sendo elaborado pela equipe da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que trabalhou na ocorrência. O laudo deve seguir os padrões do documento que foi elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquiterura (Crea-CE), que mostrou graves desgastes nos pilares de sustentação do edifício de sete andares com 14 apartamentos. Tudo veio abaixo na manhã do dia 15 de outubro, por volta de 10h30.
Estrutura desgastada
As obras de reparação havia iniciado apenas um dia antes do completo desabamento do prédio, o que levantou suspeitas de que a falta de escoramento das vigas, aliada ao desgaste natural da estrutura tenha causado o desastre.
Também foram ouvidos em depoimentos no 4º DP bombeiros militares e voluntários que participaram da operação de resgate das vítimas. Os trabalham duraram cinco dias, totalizando 103 horas de buscas nos destroços até que fosse completamente descartada a possibilidade da presença de pessoas vivas ou mortas nos escombros.
freelance24horas.
Petrobras comunica alta de 2,7% no preço da gasolina
Novo valor começa a valer nesta terça-feira.
Após 53 dias sem reajustes, a Petrobras comunicou a seus clientes nesta segunda-feira (18) alta de R$ 0,05 no preço da gasolina. A medida representa um aumento médio de 2,7% e passa a vigorar nesta terça (19).
O preço do diesel também será elevado, em R$ 0,026 por litro, segundo fontes. É um aumento médio de 1,2%, duas semanas após o último ajuste, quando houve corte de 3%.
Os reajustes acompanham evolução do preço do petróleo e a escalada do dólar, que atingiu nesta segunda o maior valor nominal da história. A empresa ainda não publicou os novos valores em seu site.
Para as importadoras de combustíveis, porém, a alta da gasolina ainda não elimina a defasagem com relação às cotações internacionais acumulada no período sem ajustes.
O último reajuste no preço da gasolina vendida pela Petrobras foi promovido no dia 27 de setembro, com aumento de 2,5%. Na semana anterior, as cotações do petróleo haviam disparado após ataques à maior refinaria da Arábia Saudita, que retirou do mercado 5% da produção global.
Naquele dia, o dólar fechou em R$ 4,156. O petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, fechou cotado em US$ 61,88 (R$ 257,2, pela cotação da época) por barril.
Nesta segunda (18), o dólar bateu R$ 4,206 e o Brent fechou a US$ 63,30 (R$ 266,2, pela cotação atual) por barril.
Em relatório divulgado na sexta, o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) calculou em R$ 0,10 por litro a defasagem média do preço da gasolina vendida pela Petrobras em relação à cotação do Golfo do México, nos Estados Unidos.
A Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de Combustíveis) vê defasagem entre R$ 0,09 e R$ 0,19 por litro, dependendo do ponto de entrega –o último valor refere-se ao porto de Itaqui, no Maranhão, um dos principais pontos de entrada de gasolina importada.
Desde 2016, a política de preços da Petrobras considera um conceito chamado de paridade de importação, que é a soma das cotações internacionais convertidas ao real com os custos de importação e margens de lucro.
A última vez que o preço da gasolina ficou tanto tempo sem ajustes foi entre os meses de fevereiro e abril de 2017. Ao todo, foram 55 dias. Na época, o litro era vendido pela estatal a R$ 1,5901, em valores corrigidos pelo IPCA.
Até esta segunda, o combustível saía das refinarias da estatal, em média, a R$ 1,8054 por litro, de acordo com o CBIE – a Petrobras não publica mais o valor médio. Com o reajuste, passará a R$ 1,8554.
Já o preço do diesel sobe de R$ 2,1877, segundo o CBIE, para R$ 2,2137 por litro.
O repasse às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. O valor cobrado pelas refinarias da Petrobras representa cerca de 30% do preço final da gasolina e cerca de metade do preço final do diesel.
Desde o último reajuste, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço de bomba da gasolina variou 0,4% (ou R$ 0,04 por litro). Na semana passada, o combustível foi vendido no país a um preço médio de R$ 4,407 por litro.
A Petrobras diz que a política de paridade internacional permanece em vigor, mas que o preço de paridade “não é um valor absoluto, único e percebido da mesma maneira por todos os agentes”.
“Os reais valores de importação variam de agente para agente, dependendo de características como, por exemplo, as relações comerciais no mercado internacional e doméstico, o acesso à infraestrutura logística e a escala de atuação”, diz a companhia.
A empresa afirma ainda que não houve interrupção nas importações por terceiros, o que “evidencia a viabilidade econômica das importações realizadas por agentes eficientes de mercado”.
*Folhapress
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