Ligação com a guerra de facções - Suzane havia sofrido ameaças
Suzane foi baleada quando caminhava de volta para casa
Uma adolescente de 17 anos foi morta, a tiros, na noite desta terça-feira (30), na cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O crime aconteceu no bairro Mestre Antônio e as pistas indicam que pode ser mais um crime ligado à guerra entre facções naquela cidade.
A garota, identificada até o momento apenas por Suzane, caminhava pela rua na companhia de uma irmã e de uma amiga quando as três foram atacadas por dois homens que estavam em uma motocicleta. Suzane foi a única baleada e tombou sem vida na calçada de uma residência, enquanto os criminosos fugiam do local.
A amiga e a irmã contaram para a Polícia que Suzane estava ameaçada, mas não disseram o motivo disso. Policiais da Delegacia Metropolitana de Caucaia (DMC) estão diligenciando em busca de pistas dos criminosos. O corpo de Suzane foi removido pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Outro crime - Ainda nesta terça-feira (30), outro crime foi registrado em Caucaia. Um caminhoneiro foi morto a tiros no pátio de um posto de combustíveis na BR-020. De acordo com a Polícia, a vítima do assassinato foi identificada como Ranielhe Bezerra Leite, 34 anos.
Testemunhas contaram que o motorista conversava com o assassino quando, de repente, começaram a discutir. Ranielhe tentou fugir, mas foi perseguido e atingido por vários tiros disparados à curta distância. Tendo morte no local.
Balanço - Entre os dias 1º e 30 de julho, 18 pessoas foram assassinadas no Município de Caucaia, entre elas, três mulheres identificadas por Priscila da Silva Siqueira, 33 anos (morta a tiros no Conjunto Arianópolis, no dia 9), Patrícia Vasconcelos Quaresma, 18 anos (morta a tiros no bairro Bom Jesus, no dia 15) e Suzane (adolescente morta ontem, no bairro Mestre Antônio).
Massacre em Altamira - Governo do Pará vai esvaziar 2 prisões para evitar revide
Segundo a Susipe, 866 presos, sendo 226 de uma e 540 de outra unidade, serão removidos para evitar que haja um revide
Sobe para 58 o número de presos mortos em massacre de Altamira
A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) informou que vai esvaziar duas casas penais da região metropolitana de Belém, como ação preventiva, após o massacre que resultou na morte de 57 detentos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do Pará. O número de mortos subiu para 58 na noite de terça-feira, após peritos encontrarem um corpo carbonizado nos escombros do presídio.
Segundo a Susipe, 866 presos, sendo 226 de uma e 540 de outra unidade, serão removidos para evitar que haja um revide da facção que foi atingida diretamente no episódio na unidade de Altamira.
Doze dos 46 detentos envolvidos no massacre chegaram a Belém na terça-feira (30). O grupo desembarcou no hangar do Grupamento Aéreo de Segurança Pública e foi encaminhado para unidades prisionais. Entre o total de transferidos, oito líderes de facções criminosas serão encaminhados para presídios federais e oito para unidades prisionais em Belém, onde devem ficar em isolamento. Outros trinta custodiados devem ser distribuídos entre cinco outras prisões.
A Justiça do Pará informou que vai iniciar um mutirão para avaliar processos e acelerar a situação de presos custodiados. As primeiras ações ocorrerão em Redenção e Bragança.
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) também informou que vai evitar que 1.176 presos saiam de uma vez na saída temporária do Dia dos Pais.
Perícia - Até o final da noite de terça, quinze corpos haviam sido liberados pelo Instituto Médico Legal (IML).
MPF investiga - O Ministério Público Federal (MPF) informou que um inquérito civil investiga a situação de presos à disposição da Justiça Federal e detentos indígenas, que eventualmente estejam no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT).
Força-Tarefa - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou a atuação da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) no Pará pelo período de 30 dias. A decisão atendeu ao pedido do governador do Pará, Helder Barbalho, que solicitou ao menos 40 integrantes da FTIP para atuarem em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos.