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terça-feira, 17 de maio de 2022

Inédito: Cientistas identificam substância que pode conter avanço de Parkinson

 

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram substância capaz de barrar o avanço da doença de Parkinson. Segundo reportagem da Agência Brasil, a AG-490, constituída à base da molécula tirfostina, foi testada em camundongos e impediu 60% da morte celular. Ela inibiu um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro, um dos mecanismos pelos quais a doença causa a morte de neurônios. A AG-490 não é capaz de curar a doença, mas controla os sintomas.

“Estamos sugerindo que é esse composto que pode um dia, depois de muita pesquisa, ser usado na medicina humana”, explicou à Agência Brasil o professor Luiz Roberto Britto, que coordena o projeto em conjunto com pesquisadores do Instituto de Química da USP e da Universidade de Toronto, no Canadá. Os resultados foram publicados na revista Molecular Neurobiology.

A doença de Parkinson é caracterizada pela morte precoce ou degeneração das células da região responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor. A ausência ou diminuição da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A doença pode provocar também alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas.

“A doença é progressiva, os neurônios continuam morrendo, esse é o grande problema”, explicou Britto à Agência Brasil. A identificação dessa substância pode estabilizar a doença em certo nível. “Não seria ainda a cura, mas seria, pelo menos, impedir que ela avance ao longo dos anos e fique cada vez mais complicado. O indivíduo acaba morrendo depois por complicações desses quadros.”

(Terra Brasil Noticias)

Pacheco janta com Alexandre de Moraes, Gilmar e Lewandowski

Senadores de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram em jantar na última quarta-feira (11) com o objetivo de formar uma “frente em defesa” da Suprema Corte e das urnas eletrônicas. O encontro ocorreu na casa da senadora Kátia Abreu, em Brasília, e contou com a presença do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e dos ministros do STF Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. As informações são da Folha de S.Paulo.

Entre os parlamentares que participaram do encontro estavam Renan Calheiros (MDB), Randolfe Rodrigues (Rede), Marcelo Castro (MDB), Jaques Wagner (PT) e Tasso Jereissati (PSDB). O grupo defende que Pacheco esteja à frente da coordenação institucional, devido ao seu cargo de liderança na Casa Legislativa. No evento, Pacheco garantiu que não deixará o Supremo “isolado” e que se manifestará a favor do sistema eleitoral brasileiro.

Randolfe, por sua vez, disse ter sentido que “foi a primeira vez os ministros se sentiram amparados”.

– A ideia é ter uma trincheira comum para que as bravatas de Bolsonaro não se concretizem – disse Randolfe.

Calheiros afirmou que o grupo não possui um nome ainda e não sabe quantos integrantes atrairá.

– Não sabemos quantos somos, sabemos somente desse grupo menor que participou do jantar da Kátia e de outras reuniões anteriores. Tem que ver pelo perfil, quem defende a Constituição e está disposto a se entregar a essas tarefas de fazer a relação com outros parlamentos do mundo, atrair observadores para a eleição, fortalecer o Supremo, que é o poder da vez que está sendo contestado, não deixar o STF solitário – completou Renan Calheiros.

Na ocasião do jantar, o ministro Alexandre de Moraes prometeu que não vai recuar nas investigações. Ele é o responsável por inquéritos que atingem parlamentares e apoiadores do presidente, como o deputado federal Daniel Silveira, que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão, sob as acusações de impedir o livre exercício dos poderes e coação em processo judicial. Bolsonaro, por sua vez, reagiu e concedeu um indulto ao parlamentar.

Ainda segundo Calheiros, o grupo também já encontrou os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli, e planeja marcar reuniões com os outros integrantes da Corte em breve. Além disso, o senador visa promover reuniões com parlamentares de outros países.

(Pleno News)

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