A Direção-Geral da Saúde de Portugal anunciou nesta quarta-feira (18) a identificação de cinco casos de varíola dos macacos em cidadãos. O órgão analisa outros 20 pacientes que podem ter sido contaminados com o vírus.
A confirmação reafirma a chegada da doença na Europa. Os casos somam-se aos cinco já anunciados no Reino Unido e eleva a 12 o total de diagnósticos no continente.
Além dos casos já comprovados, a Espanha informou que monitora oito pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus.
A varíola dos macacos é endêmica na África Ocidental, mas, até então, bastante rara na Europa. O alto número de diagnósticos recentes e em pacientes que não aparentam ter conexão entre eles aponta para a possibilidade de que já esteja ocorrendo uma transmissão comunitária no continente.
Diante da suspeita, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá com representantes do Reino Unido para tentar esclarecer o cenário sobre a doença na região.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma infecção semelhante e mais leve do que a varíola humana, erradicada na década de 1980. Ela foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo.
O vírus é bastante comum em animais e pode ser transmitido para humanos, embora o contágio seja esporádico. A transmissão entre humanos é ainda mais rara, pois precisa ocorrer por contato de lesões, fluídos corporais, entre outros.
A varíola dos macacos espalhou-se momentaneamente outras vezes por Europa e Estados Unidos, sempre relacionada a viagens ao continente africano. Nestas ocasiões, porém, foi imediatamente controlada.
Quais os sintomas?
Os principais sintomas causados pelo vírus são febre e dores na cabeça, músculos e costas, mas os mais perceptíveis são as erupções na pele, normalmente iniciadas no rosto. Em geral, trata-se de uma doença leve, mas há relatos de casos de maior gravidade.
De acordo com a OMS, o período de incubação do vírus é de 6 a 13 dias, podendo variar entre 5 e 21 dias. Normalmente, a doença passa sozinha após este período.
Fonte: Yahoo Notícias
Ceará tem o 1° caso de doença em gatos que pode afetar humanos; veja sintomas
O Ceará registrou o primeiro caso de esporotricose autóctone em gatos. A ocorrência foi notificada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) nessa terça-feira, 17. A doença afeta os felinos de forma progressiva, ficando mais grave à medida que o tempo passa e pode causar a morte do animal. O Conselho alerta que a doença também pode ser transmitida para seres humanos.
Esta é a primeira vez que a doença surge em gatos, com origem no próprio Estado. O acompanhamento de animais com suspeita da doença por profissionais é essencial. "É de fundamental importância o conhecimento da enfermidade para que, em casos de sintomas parecidos, seja feito o diagnóstico e que não venhamos a ter surtos da doença no Ceará, trazendo grandes prejuízos tanto a felinos, quantos a seres humanos”, declarou o Presidente do CRMV-CE, Dr. Francisco Atualpa Soares.
A doença foi confirmada após um felino apresentar lesões de pele que não curavam. Durante investigação através de citologia e cultura microbiológica, foi diagnosticada e confirmada a doença. O caso foi notificado ao Núcleo de Vigilância da Prefeitura de Fortaleza. Os exames passaram por uma segunda rodada de confirmação, junto à Universidade Estadual do Ceará (Uece), através do exame de cultura no Laboratório de Microbiologia Veterinária da Universidade, em parceria com o Centro Especializado em Micologia Médica da Universidade Federal do Ceará (UFC). O próximo passo é identificar a espécie exata, trabalho que está sendo realizado pela Universidade Federal Rural da Amazônia.
Esporotricose felina
Em gatos, a doença que se origina de fungos provoca feridas profundas na pele, avermelhadas e com secreções purulentas. Pode aparentar que o animal passou por briga. Porém, os nódulos que surgem não diminuem e o animal não se recupera sozinho. No geral, os gatos se arranham na face e é por isso que as lesões aparecem mais nesta região. As informações são do Conselho Regional de Medicina.
Se as feridas não forem tratadas rapidamente, elas podem evoluir para a fase linfocutânea, que é quando se desenvolvem para úlceras com secreções na pele. Por se tornarem mais profundas, podem comprometer o sistema linfático dos gatos. De acordo com informações do CRMV-CE, nesta fase, os fungos já se espalharam por todo o corpo e podem acometer os órgãos internos, tornando mais difícil a recuperação. O animal pode ter febre, falta de apetite e emagrecimento, apatia, problemas no sistema respiratório, além de feridas em várias partes, levando-a à morte.
Esporotricose humana
Os sintomas em humanos aparecem após a contaminação do fungo na pele. De acordo com informações do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará, o desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto. Em casos leves, a lesão se cura de forma espontânea. No entanto, em formas graves da doença, o fungo pode afetar os pulmões, por exemplo. Nesses casos, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose. O fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.
Fonte: O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário