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terça-feira, 24 de maio de 2022

Com mais de 1 milhão de pessoas à espera de perícias, médicos do INSS retomam atividades a partir desta segunda-feira

 


Os peritos médicos e servidores do INSS decidiram suspender a greve e retomam, a partir desta segunda-feira, as atividades em todo o Brasil. A paralisação durou mais de 50 dias e gerou prejuízos para quem precisava realizar a perícia como exigência para manter ou receber auxílios. 

No Ceará, segundo dados do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), são mais de 35 mil pessoas que deixaram de realizar a perícia. De acordo com o Ministério do Ministério do Trabalho e Previdência, a fila de perícias médicas do INSS já ultrapassava, no início do mês de maio, mais de 1 milhão de agendamentos.

A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirmou que todas as 18 demandas da categoria foram acatadas pelo governo federal. Segundo a entidade, os peritos aceitaram receber o reajuste linear que o governo pretende conceder a todo o funcionalismo federal, mas, caso outra carreira de servidores receba um aumento maior do que o previsto, os médicos deverão, também, ser contemplados com os 19,99% de reajuste.

A Associação Nacional dos Médicos Peritos destaca ainda, que, nas negociações, o acordo assinado com o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, garante, além do índice de reajuste salarial, a devolução integral e imediata dos valores descontados dos servidores que estavam em greve.

Outra conquista, de acordo com a entidade, o ministério se comprometeu a garantir a realização de, no máximo, 12 atendimentos presenciais por dia para cada perito.

Mais de 60% dos leitos de UTI criados durante a pandemia seguem ativos no Ceará

 


Mais de 60% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) criados pelo Governo do Ceará para atender pacientes infectados por Covid-19 seguem ativos no Ceará mesmo com a diminuição de casos da doença e agora são usados para atendimentos de outras enfermidades.

Atualmente, o estado conta com 837 UTI's em funcionamento, o número corresponde a 62,1% dos 1.347 leitos criados no auge da pandemia do coronavírus.

O Hospital Estadual Leonardo da Vinci (HELV), unidade de referência no atendimento de pacientes com Covid, está entre os hospitais que manteve os leitos de terapia intensiva ativos. O equipamento, que era da rede privada e estava desativado, foi requisitado pelo Governo do Ceará em março de 2020 e atualmente faz parte da rede estadual de saúde.

Com a retomada das cirurgias eletivas em fevereiro deste ano, tanto o HELV, quanto as outras unidades com UTI's no Estado estão recebendo estes pacientes.

A ampliação também reflete na quantidade de municípios que atualmente contam com esses equipamentos, que passou de 4 para 20 cidades com leitos de UTI ativos.

Conforme o secretário de Saúde do Ceará, Marcos Gadelha, a ampliação de leitos promove a descentralização e possibilita que atendimentos de maiores complexidades sejam realizados nesses hospitais.

"Não é possível fazer uma cirurgia mais complexa em um hospital que não tem leito de UTI, porque se o paciente complicar ele não pode ter leito de UTI. Quando você tem leito de UTI você pode também agregar cirurgias mais complexas naquele hospital e evitar que um paciente clínico que complique seja transferido para outro hospital ou transferido para Fortaleza", disse Marcos Gadelha.

Ainda segundo o secretário, esse plano de descentralização da oferta de leitos já estava ocorrendo, mas foi acelerado durante a pandemia e acabou gerando mais espaços de trabalho.

"Ela gerou espaços de trabalho para os profissionais de saúde, com a abertura desses leitos. Nós temos uma perspectiva inclusive maior, inclusive com o hospital universitário que vai ser inaugurado entre dezembro e janeiro, que irar gerar mais mercado de trabalho, mais leito de cirurgia eletiva, mais internamentos clínicos", afirma o secretário de saúde.

Fonte: G1

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