A farmacêutica Pfizer confirma que o governo brasileiro rejeitou a oferta de 70 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 já em agosto de 2020, de um total de três propostas. Em nota divulgada em 7 de janeiro, o laboratório diz que a proposta inicial encaminhada em 15 de agosto previa a entrega de doses já em dezembro de 2020 e que, com base em acordo de confidencialidade firmado em julho de 2020 com o Ministério da Saúde, não poderia comentar detalhes da negociação em curso.
Reportagem publicada neste domingo (7) na Folha de S.Paulo detalha as três ofertas. Do total de doses prometidas, 3 milhões estavam previstas até fevereiro, ou o equivalente a cerca de 20% das doses já distribuídas no país até agora. Embora tenha feito reuniões anteriores com representantes do governo, a farmacêutica fez a primeira oferta em 14 de agosto de 2020, segundo informações obtidas pela Folha.
A proposta previa 500 mil doses ainda em dezembro de 2020, totalizando 70 milhões até junho deste ano. A Pfizer aumentou a oferta inicial quatro dias depois, elevando para 1,5 milhão o número de doses ainda em 2020, com possibilidade de mais 1,5 milhão até fevereiro de 2021 e o restante nos meses seguintes. Sem aprovação do governo, uma nova proposta foi apresentada em 11 de novembro.
Com o passar do tempo, governos de outros países foram tomando o lugar do Brasil, e as primeiras doses ficariam para janeiro e fevereiro —2 milhões de unidades. Nesta semana, diante do agravamento da crise e do aumento da pressão de governadores, o Ministério da Saúde Saúde anunciou que prepara contratos com Pfizer, Janssen e Moderna para obter 151 milhões de doses entre maio e dezembro de 2021.
O contrato com a Pfizer deve ser assinado nos próximos dias, depois que o presidente Jair Bolsonaro sancionar projeto de lei aprovado pelo Congresso que cria um ambiente jurídico mais favorável para que as cláusulas exigidas pela farmacêutica sejam atendidas, como a que isenta a empresa de responsabilidade por eventuais eventos adversos.
Informação Yahoo Notícias
Fachin anula condenações de Lula e petista volta a ser elegível
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as condenações do ex-presidente Lula (PT) na Justiça Federal do Paraná, que diziam respeito à Operação Lava Jato. Com a decisão de Fachin, Lula fica fora da Lei da Ficha Limpa e volta a ser elegível. Na eleição de 2018, o petista concorreria ao cargo, mas foi impedido.
Para o ministro do STF, a Justiça Federal do Paraná é considerada incompetente para julgar os casos que envolvem o tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e também do Instituto Lula. Segundo Fachin, a 13ª Vara Federal de Curitiba não seria "juiz natural" dos processos.
Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal. O órgão será responsável por decidir se os atos já realizado nos três processos podem ser reaproveitados ou validados.
Em um levantamento divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Lula aparece à frente de Bolsonaro em potencial de votos para a eleição de 2022. No levantamento, realizado pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à Presidência, e 44% afirmaram que não o escolheriam de jeito nenhum.
Em entrevista recente ao portal UOL, Lula afirmou que seria candidato "se houver razão maior".
A decisão não diz respeito ao pedido da defesa de Lula para declarar suspeição do juiz Sergio Moro. O mérito ainda será julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Informação Yahoo Notícias
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