O número de casos de dengue confirmados no Ceará chega a 81, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) nesta terça-feira (19). No total, 859 casos suspeitos foram notificados.
Três dos casos analisados estão sob suspeita de dengue com sinais de alarme, ocorridos nas cidades de Fortaleza, Irauçuba e Russas. Uma morte suspeita de dengue grave está sob investigação.
Os números representam uma baixa em relação ao mesmo período do ano passado. Até a sexta semana de 2018, 428 pacientes foram diagnosticados com a doença, com 1.630 notificados. Duas pessoas morreram naquele período.
Segundo a Sesa, a taxa de incidência de casos de dengue é abaixo da média esperada, sinalizando um cenário de baixa transmissão.
Chikungunya
As taxas de chikungunya nas seis primeiras semanas de 2019 também sofreram uma queda na comparação com 2018. Até o momento, foram 175 casos notificados, com 17 confirmados. Do total, 55 foram descartados.
Em 2018, no mesmo período, um total de 809 pacientes foram diagnosticados com os sintomas, enquanto 252 tiveram a infecção confirmada.
Zika
Até o momento, o ano de 2019 não tem nenhum paciente confirmado com diagnóstico de zika no Ceará, embora haja três notificações, nos municípios de Capistrano, Crato e Sobral. Em 2018, até a sexta semana do ano, foram confirmados 9 casos e 75 notificações. A redução do número de notificações foi de 96%, na comparação entre os dois anos.
A Secretaria da Saúde lembra que evitar o acúmulo de água em recipientes abertos é a principal maneira de impedir a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya.
Exportação de jumentos: venda do Brasil para a China vira caso de polícia
Centenas de animais morreram de fome em fazendas arrendadas por chineses no Nordeste; substância encontrada no jumento é usada na tradicional medicina chinesa.
No final do mês passado, algum morador da cidade baiana de Canudos, a 372 km de Salvador, ligou para a polícia local e, de forma anônima, fez a seguinte denúncia: cerca de 200 jumentos que seriam abatidos e depois exportados para a China tinham morrido de fome em uma fazenda do município. E outros 800 animais caminhavam para o mesmo fim.
Para a Polícia Civil da Bahia, porém, uma notícia como essa não era inédita. Meses antes, em Itapetinga, a 562 km da capital, centenas de jumentos também morreram sem ter o que comer ou beber.
Os dois casos chamaram a atenção das autoridades pela grande quantidade de animais mortos e geraram a preocupação de que, no ritmo em que os jumentos estão morrendo - seja por abate, seja em situações como as de Canudos e Itapetinga -, a espécie pode correr risco de extinção no Brasil em alguns anos.
Desde 2016, vem crescendo no Brasil o abate de jumentos. A pele dos animais é enviada à China e, lá, usada para a produção do ejiao, uma substância feita com gelatina do couro da espécie.
Na tradicional medicina chinesa, o ejiao é recomendado para diversos problemas de saúde, como menstruação irregular, anemia, insônia e até impotência sexual.
O abandono dos jumentos
Segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos quase 900 mil jumentos do Brasil estavam em Estados do Nordeste. Historicamente, os asininos são usados para transporte e trabalhos no campo.
Em meados da década passada, no entanto, o crescimento econômico da região fez com que eles fossem trocados por veículos motorizados, como motocicletas.
O resultado é que a grande maioria foi abandonada pelos donos. Hoje, milhares de jumentos vagam por estradas e rodovias do Nordeste em busca de comida.
O abandono fez aumentarem os acidentes de trânsito em diversos Estados. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Ceará, por exemplo, criou um órgão especial para recolher os animais que andavam pelas rodovias.
Só no ano passado, foram recolhidos 4.500 jumentos nas estradas cearenses - eles são levados para uma fazenda, onde são tratados e colocados para adoção.
(R7)
Nenhum comentário:
Postar um comentário