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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Alerta da Anvisa: Remédio para hipertensão aumenta risco de câncer de pele

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta terça-feira (4),sobre o aumento do risco câncer de pele não-melanoma decorrente do uso cumulativo do medicamento hidroclorotiazida. O produto é utilizado para tratamento da hipertensão arterial e para controle de edemas.

“A descoberta foi realizada por meio de estudos epidemiológicos que demonstraram uma associação dose-dependente cumulativa — que ocorre quando a dose utilizada de um determinado medicamento está diretamente relacionada com seus efeitos — entre o medicamento em questão e o câncer de pele não-melanoma”, informa nota da Anvisa.

Outro estudo desenvolvido pela agência mostrou, ainda, uma possível associação entre câncer de lábio e a exposição ao medicamento. “Ações fotossensibilizadoras da hidroclorotiazida, que facilitam a sua absorção pela pele, podem atuar como um possível mecanismo para a doença”.

A Anvisa também levou em conta as recomendações do Comitê de Avaliação de Riscos em Farmacovigilância da Agência Europeia de Medicamentos para classificar como plausível a associação entre o aumento do risco de câncer de pele não-melanoma e o uso em longo prazo de medicamentos contendo hidroclorotiazida.

Por meio do comunicado, a agência solicitou que os profissionais de saúde informem aos pacientes tratados com hidroclorotiazida sobre o risco de câncer de pele não-melanoma, especialmente aqueles que já fazem uso do fármaco em longo prazo. Os pacientes também devem ser orientados a verificar regularmente a pele quanto a novas lesões e a notificar imediatamente quaisquer lesões cutâneas suspeitas.

“Lesões cutâneas suspeitas devem ser prontamente examinadas, incluindo exame histológico de biópsias. Medidas preventivas, tais como limitação da exposição à luz solar e aos raios ultravioleta, podem ser realizadas no intuito de minimizar o risco de câncer de pele. O uso de hidroclorotiazida pode ser revisto em pacientes com histórico de câncer de pele não-melanoma”, acrescenta.

A inclusão das novas informações de segurança nas bulas de todos os medicamentos que contêm o princípio ativo hidroclorotiazida que ainda não possuem tais informações será imediatamente solicitada pela Anvisa.

Quadrilhas já destruíram 22 bancos e atacaram 11 carros-fortes no Ceará neste ano

Vinte e duas agências e postos bancários assaltados e explodidos, 11 carros-fortes atacados. Este é o mais recente balanço da onda de crimes praticados por quadrilhas locais e interestaduais, especializadas em roubos a instituições financeiras, no Ceará em 2018. O último crime do gênero ocorreu na madrugada de sábado passado (1º de dezembro), na cidade de Uruoca, na Zona Norte do estado (297Km de Fortaleza). Em 20 cidades do Interior cearense, o quadro é de destruição dos bancos e a população enfrentando dificuldades para realizar suas atividades financeiras.

Em contrapartida às ações do crime organizado contra bancos e veículos de transporte de valores, as forças policiais desarticularam diversas quadrilhas, com mais de 40 bandidos presos. No mais recente embate, seis bandidos morreram quando trocaram tiros com a Polícia Militar e agentes de Inteligência durante tentativa de ataque a um blindado no Município de Russas.

Utilizando armas de grosso calibre, como fuzis, metralhadoras, submetralhadoras, espingardas e pistolas, além de artefatos explosivos, as quadrilhas têm, cada vez mais, ousado nos ataques a bancos do interior cearense. O alvo nem sempre é apenas a agência ou o posto bancário de cidades de pequeno porte. As sedes dos Destacamentos da PM e as viaturas, em geral, são metralhadas e os policiais acusados sem ter poder de fogo suficiente e nem pessoal para enfrentar, em pé de igualdade, os bandos criminosos.

Na lista das cidades atacadas no Ceará, em 2018, por quadrilhas de ladrões de bancos, a maioria é formada por Municípios de pequeno porte, onde o efetivo policial é reduzido e, portanto, sem capacidade de enfrentar a letalidade dos criminosos. São cidades pacatas, que contam, muitas vezes, apenas com um banco ou um posto avançado, tais como Groaíras (na Região Norte) e Ibaretama (no Sertão Central). O baixo efetivo e a reduzida capacidade bélica impede que a PM dê a resposta imediata. AS operações de caça aos ladrões geralmente só começam após a fuga do bando e com a chegada de reforços de Municípios vizinhos e de forças especiais, como o Comando Tático Rural (Cotar), do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) e do Batalhão de Divisas (BPDiv).

Regiões dos ataques

Das 20 cidades onde 22 bancos (agências e postos) foram atacados neste ano, 15 estão localizadas no Interior Norte. São elas: Varjota, Uruoca, Santa Quitéria, Itatira, Reriutaba, Amontada, Moraújo, Irapuan Pinheiro, Guaraciaba do Norte, Santana do Acaraú, Monsenhor Tabosa, Sobral, Groaíras, Catunda e Meruoca. Em duas delas, Reriutaba e Uruoca, os bandidos atacaram, simultaneamente, duas agências bancárias (Bradesco e Banco do Brasil).

Na região Interior Sul, os ataques a bancos são em menores proporções. Apenas cinco Municípios foram alvo dos crimes. São eles: Ibaretama, Solonópole, Santana do Cariri, Piquet Carneiro e Farias Brito. Em contrapartida, foi nesta região do estado onde aconteceu maior número de ataques a carros-fortes, nos Municípios de Aracati (duas vezes), Mombaça, Saboeiro e Russas.

Na região Norte, carros-fortes foram alvos de ataques em três Municípios: São Luís do Curu (duas vezes), Santa Quitéria e Varjota.

Houve também neste ano, tentativas de ataques a blindados em Fortaleza e Chorozinho.

Reação

Quadrilhas interestaduais são, quase sempre, as responsáveis pelos ataques a bancos e carros-fortes no Ceará. Criminosos locais que atuam neste tipo de delito fazem parceria com delinqüentes dos estados vizinhos e, com mais freqüência, do Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Recentemente, a Polícia descobriu que um bando formado por cearenses e potiguares vinha atuando na região do Vale Jaguaribe e Sertão Central. O trabalho de Inteligência culminou no enfrentamento ocorrido na manhã do último dia 23, na zona rural de Russas, que terminou na morte de seis bandidos e na apreensão de um forte armamento, incluindo cinco fuzis, espingardas de calibre 12 (escopetas), pistolas, coletes à prova de balas e artefatos explosivos.

Veja relação dos ataques a bancos no Ceará em 2018:

AGÊNCIAS EXPLODIDAS

1 (11/1) – Ibaretama (Bradesco)

2 (24/1) – Varjota (Bradesco)

3 (28/1) – Solonópole (Bradesco)

4 (02/2) – Uruoca (Bradesco e Banco do Brasil)

5 (03/3) – Santana do Cariri (Banco do Brasil)

6 (06/3) – Santa Quitéria (Bradesco)

7 (23/3) – Itatira/Lagoa do Mato (Bradesco)

8 (27/3) – Reriutaba (Bradesco e Banco do Brasil)

9 (10/5) – Piquet Carneiro (Banco do Brasil)

10 (09/8) – Amontada (Bradesco e Banco do Brasil)

11 (24/8) – Moraújo (Banco do Brasil)

12 (31/8) – Irapuan Pinheiro (Bradesco)

13 (05/9) – Guaraciaba do Norte (Banco do Brasil)

14 (13/9) – Farias Brito (Banco do Brasil)

15 (29/9) – Santana do Acaraú (Banco do Brasil)

16 (31/10) – Monsenhor Tabosa (Bradesco)

17 (02/11) – Sobral/Aracatiaçu (Bradesco)

18 (20/11) – Groaíras (Banco do Brasil)

19 (27/11) – Catunda (Bradesco)

20 (1º/12) – Meruoca (Banco do Brasil)

ATAQUES A CARROS-FORTES

1 (5/2) – Aracati/BR-304 (localidade Cacimba Funda (Brinks)

2 (23/2) – Mombaça/CE-060 (Prossegur)

3 (5/4) – São Luís do Curu/BR-222 (Brinks)

4 (7/5) – Santa Quitéria/CE-176 Localidade Malhada Grande (Corpvs)

5 (28/5) – São Luís do Curu/BR-222 (Prossegur)

6 (28/5) – Fortaleza/Aldeota (Brinks)

7 (30/5) – Chorozinho/BR-116 (Prossegur)

8 (13/6) – Varjota/CE-183/localidade Cajazeiras (Corpvs)

9 (9/8) – Aracati/BR-304 (Brinks)

10 (19/9) – Saboeiro-Jucás/CE-284 (Prossegur)

11 (23/11) – Russas/Ramal Flores/BR-116 (Corpvs)

Com informações do Blog do Fernando Ribeiro.

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