Os assassinatos de mulheres no Ceará cresceram 33,4% de janeiro a novembro deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2017.
A maioria dessas mortes está relacionada a participação das vítimas em facções criminosas.
Em 11 meses, 423 mulheres foram assassinadas no Ceará. Nos dois últimos meses, os índices apresentaram queda.
Em novembro, foram 39 mortes, seis a menos que no ano passado. Em outubro, também caiu de 39 para 33 mortes.
Apesar dessa redução, quando se compara os dados do acumulado do ano há um aumento significativo de 33,4%. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e novembro do ano passado houve 317 mortes de mulheres. No mesmo período desse ano, foram 103 casos a mais.
Ex-assessor confessou ter matado Gerson Camata com tiro à queima-roupa
Responsável pelo caixa 2 que o ex-governador do ES supostamente mantinha com recursos de empreiteiras teria perdido processo judicial.
Um antigo assessor do ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata, 77 anos, teria assassinado o político na tarde desta quarta-feira (26/12). O homem foi preso pela Polícia Militar pouco após a execução e, ao prestar depoimento, teria confessado o homicídio. O motivo: o ex-funcionário perdeu um processo judicial movido contra o emedebista.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que Gerson Camata foi vítima de disparos de arma de fogo efetuados por Marcos Venicio Moreira Andrade, 66 anos, ex-assessor do político, que chegou a fugir, mas já está preso e prestando esclarecimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória (ES).
Informações dão conta que Marcos Vinícius encontrou o senador aposentado em uma padaria próximo de onde ele morreu, em um dos pontos mais movimentados da Praia do Canto – área nobre de Vitória. Ao contrário do que disseram testemunhas, Marcos Venicio confessou que, sem conversar com o ex-patrão, deu um tiro à queima-roupa em Camata, que caiu morto após ser atingido no pescoço. O atirador tentou fugir, atravessou a rua, caiu em frente a um bar e foi preso na sequência.
Caixa 2
Em 2009, o ex-assessor acusou Gerson Camata de receber mesadas de empreiteiras (incluindo a Odebrecht), emitir recibos falsos para prestação de contas de campanhas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), além de exigir 30% do salário que Marcos ganhava como assessor do parlamentar no Senado Federal para pagamento de contas pessoais.
Conforme contou à polícia, o suspeito disse que, na época que era assessor do emedebista, administrava o caixa 2 mantido por Camata. Patrão e empregado teriam se desentendido, o que levou o funcionário a não trabalhar mais com o ex-governador e acioná-lo na Justiça.
Em 2013, por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, a causa desceu do Supremo do Tribunal Federal (STF) para a Justiça comum, visto que Camata não era mais senador (veja despacho do ministro).
Recentemente, quando a primeira instância judicial apreciou o caso, o ex-funcionário foi derrotado e decidiu tirar satisfações com o ex-patrão. O acerto de contas teria terminado com o homicídio de Gerson Camata nesta tarde.
Pesar
O governador do estado, Paulo Hartung (sem partido), divulgou nota lamentando o assassinato de Gerson Camata. Hartung decretou sete dias de luto oficial.
Perfil
Gerson Camata exerceu mandato como senador por 24 anos, de 1987 até 2011. O presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), divulgou nota de pesar:
“Recebemos com muita tristeza a notícia da morte do ex-senador Gerson Camata, que por 24 anos representou, com destaque, o Espírito Santo no Senado Federal, depois de construir sólida carreira política como vereador, deputado estadual e governador. Nossa solidariedade aos seus familiares, amigos e ao povo capixaba”.
Camata também foi vereador de Vitória, deputado estadual e deputado federal. Começou a vida profissional como jornalista e apresentador no programa Ronda Da Cidade, na Rádio Cidade de Vitória. Era formado em ciências econômicas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
(Metrópoles)
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