Web Radio Cultura Crato

sábado, 25 de janeiro de 2025

19 PMs e ex-PMs foram assassinados no Ceará em 2024

Dos 19 mortos, 18 foram vítimas de violência urbana, e 1 foi morto pela esposa

Dezenove policiais foram assassinados no Ceará entre janeiro e dezembro de 2024

Dezenove policiais militares, entre agentes da ativa, da reserva e ex-policiais, foram assassinados no Ceará entre janeiro e dezembro de 2024. Do total, cinco foram assassinados na região do Grande Pirambu, em Fortaleza, o que corresponde a um quarto das mortes.
Dos 19 mortos, 18 foram vítimas de violência urbana, mortos enquanto trabalhavam ou vítimas de assaltos e emboscadas. Já o último PM morto em 2024, o cabo Wagner Sandys, foi morto pela própria esposa em um caso investigado como motivação conjugal.
Dos 18 mortos no contexto da violência urbana, 15 eram policiais da ativa, enquanto três haviam sido expulsos da Polícia Militar nos últimos anos ou estavam na reserva.

Policiais mortos no Ceará de janeiro a dezembro de 2024

21 de janeiro - Policial militar Félix Batista de Almeida Neto, de 35 anos, foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto em Fortaleza. O militar era lotado no Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).

21 de janeiro - Soldado da Polícia Militar Jean Rodrigues Granjeiro, 28 anos, morreu baleado durante uma ocorrência na cidade de Ubajara. Posteriormente, a polícia descobriu que o tiro que matou o militar partiu da arma de outro agente que estava na ocorrência. Dois criminosos também morreram na ocorrência.

12 de fevereiro - Soldado Bruno Lopes Marques, de 27 anos, estava de folga quando foi morto a tiros em um bar na região do Grande Pirambu, em Fortaleza. Menos de uma semana após o crime, dois suspeitos foram presos.

15 de março - Tenente da reserva da Polícia Militar Francisco Luiz Rodrigues de Lima, de 58 anos, morreu após trocar tiros com suspeitos de uma série de assaltos em Fortaleza. Três suspeitos foram presos.

22 de março - Cabo Geldson Coelho de Araújo estava de folga quando foi morto a tiros durante um assalto em uma hamburgueria no Bairro Jardim América, em Fortaleza.

3 de abril - Terceiro sargento Antônio Carlos Sousa, de 45 anos, assassinado a tiros enquanto trafegava de moto no Bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza. O agente estava à paisana, a caminho do quartel, quando foi atingido pelos disparos e morreu no local. Dois suspeitos do crime foram presos.

9 de maio - Sargento Geilson Pereira Lima, de 49 anos, foi morto a tiros dentro de um frigorífico, em Icó, no interior do Ceará. O policial estava de folga no momento do crime. O policial tinha antecedentes por três crimes de ameaça.

12 de maio - Cabo José Heliomar Adriano de Souza Filho, de 42 anos, foi morto a tiros na calçada de um bar no Bairro Vila Velha, na região do Grande Pirambu, em Fortaleza. O crime aconteceu na frente de uma equipe da Polícia Militar que passava pelo local. O cabo José Heliomar estava afastado das funções pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD), que instaurou um Conselho de Disciplina para investigar a conduta dele e de outros quatro agentes que foram baleados na região da Barra do Ceará, na capital, em fevereiro deste ano.

21 de maio - Cabo José Hélio Ribeiro, conhecido como Doquinha, de 69 anos, da reserva remunerada, foi morto a tiros ao reagir a um assalto no Bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza.

26 de maio - Sargento da reserva remunerada da Polícia Militar João Genival Martins, de 54 anos, foi morto a tiros no município de Porteiras, na região do Cariri cearense. O agente estava na condição de agregado, afastado da corporação desde 2011. Ele tinha antecedentes criminais por homicídio, violência doméstica e outros crimes. No momento do ocorrido, ele usava tornozeleira eletrônica.

11 de junho - O 1º sargento Flávio Nascimento Rodrigues foi morto durante uma tentativa de assalto no bairro Olavo Oliveira, em Fortaleza. Flávio era membro do CPRaio e estava de folga no momento do crime. Ele estava de carro e foi abordado por criminosos. Ao reagir, o militar foi baleado pelos assaltantes.

13 de julho - O soldado David dos Santos Silva, de 30 anos, era natural de São Paulo e estava na Polícia Militar do Ceará há dois anos. Ele foi morto a tiros e com um golpe de machado em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

25 de julho - O ex-policial militar Antônio Valério Uchôa Neto, de 62 anos, foi morto a tiros na região do Grande Pirambu. Valério havia sido expulso da Polícia Militar em agosto de 2013. À época, ele respondia judicialmente por dois homicídios e lesão corporal.

16 de setembro - O subtenente Francisco Nazereno Moura Lopes, de 54 anos, foi morto a tiros dentro de casa, no bairro Barra do Ceará, na região do Grande Pirambu, em Fortaleza. O militar estava de folga e teve a casa invadida por criminosos. Nazareno estava na Polícia Militar desde 1994.

21 de setembro - O subtenente Celestino Cursino de Abreu Filho, de 48 anos, foi morto a tiros em uma comunidade no bairro Praia do Futuro, em Fortaleza, enquanto estava de folga. Ele estava na Polícia Militar desde 1993. Dois adolescentes foram apreendidos por suspeita de envolvimento na morte do militar.

11 de outubro - O ex-cabo da PM José Sebastião Ribamar Guimarães Gonçalves, de 62 anos, foi morto a tiros na região do Grande Pirambu. Ele tinha antecedentes criminais por homicídio doloso e havia sido expulso da Polícia Militar.

9 de dezembro - O soldado Antônio Almir Pereira Mota Filho, de 29 anos, foi baleado na cabeça por dois criminosos enquanto fazia uma patrulha na cidade de Boa Viagem, interior do Ceará. Ele passou três dias internado, mas veio a óbito. Os dois suspeitos foram encontrados no mesmo dia do crime e, conforme a Polícia Militar, morreram em confronto com os policiais que tentavam prendê-los.

17 de dezembro - O soldado Alexandre Emanuel Freire Pinto, de 28 anos, estava na Polícia Militar desde 2017 e era membro do CPRaio. Ele foi baleado e morreu durante uma operação policial em Itapipoca, no interior do Ceará. Durante a troca de tiros, três criminosos também morreram.

23 de dezembro - O cabo Wagner Sandys Pinheiro de Lima, de 37 anos, foi morto a tiros pela própria esposa no bairro Granja Lisboa. O agente teria sido morto durante uma briga motivada por ciúmes.

Em 2025, a primeira morte de um policial foi registrada no dia 15 de janeiro. Foi o subtenente Francisco Ricardo Silveira Neto, de 51 anos, que atuava no Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur). Ele foi atacado na rua por criminosos armados e morto com dezenas de tiros.

Uma mulher foi vítima de crime sexual a cada 5 horas, no Ceará, no ano de 2024

Foto Shutterstock
Um estupro ocorrido em Fortaleza, no último domingo (19), cometido por um motorista de aplicativo contra uma passageira, assustou a população cearense. No ano de 2024, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) registrou 2.044 crimes sexuais (entre estupros, estupros de vulneráveis e exploração sexual de menor). Dentre as vítimas, 1.771 eram pessoas do sexo feminino - o que resulta em uma média de uma mulher vítima de crime sexual a cada 5 horas.

5,1% foi a diminuição de crimes sexuais, no Ceará, em 2024, na comparação com o ano de 2023 - que teve 2.154 registros. Apesar da queda no índice, o número de crimes computados no ano passado foi o segundo maior em um ano, na série histórica contabilizada pela SSPDS, desde 2015.

Entre as pessoas do sexo feminino vítimas de crimes sexuais, o índice diminuiu 5,4% em um ano: foram 1.873 crimes em 2023 e 1.771, no ano passado. Entre os homens, o número foi quase igual: 264 vítimas em 2023 e 263 vítimas, em 2024.
Confira os dados dos últimos 10 anos:

A diretora adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DGP) da Polícia Civil do Ceará (PCCE), delegada Rebeca Cruz, afirma que a maioria das vítimas de crimes sexuais é do sexo feminino devido ao "machismo estrutural". "É algo que acontece com as mulheres há muito tempo. 

Os homens também são vítimas, mas, como os dados mostram, as mulheres de fato são as maiores vítimas desses crimes, por conta dessa questão do machismo, do agressor ver a mulher como propriedade. O crime sexual tem uma questão de poder", explica.

Com informações do Diário do Nordeste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário