O radialista Francisco Fabiano, âncora do Jornal da Tempo FM, confirmou, neste sábado (24), que foi afastado pela direção da rádio até o fim do período de campanha eleitoral. Contudo, o profissional anunciou que não voltará ao comando do jornal, que está na grade da emissora há quase 25 anos. Ele classificou a medida como censura e disse que a decisão o deixa desmotivado.
“É bem verdade que eu fui afastado até o final das eleições. Eu não me precipitei em tomar nenhuma decisão. Fiquei três dias pensando e achei que não deveria me submeter a isso. Eu acho que isso não é legal. Eu me conheço, eu não iria voltar motivado, acho que não é legal você ser censurado em um momento tão importante”, justifica.
Apoiador do candidato à reeleição Glêdson Bezerra (Podemos), Fabiano afirmou que o afastamento é motivado por questões políticas, mas não atribuiu a culpa diretamente ao candidato Fernando Santana (PT). O radialista, porém, disse acreditar que o pedido para afastá-lo partiu de pessoas ligadas ao petista. “Até onde eu sei, ele não fez isso, mas pessoas ligadas a ele parece que fizeram”.
A emissora tem influência do deputado federal Eunício Oliveira, que preside o MDB à nível estadual. O partido integra chapa encabeçada por Fernando Santana, com Maricele Macedo (MDB) como candidata a vice-prefeita. Apesar da saída, Francisco Fabiano fez agradecimentos a Eunício e à direção da rádio.
“É uma divergência de pensamento, não vou criticar o Eunício Oliveira por conta disso, porque tenho gratidão. Outras vezes que pediram minha cabeça e ele não deu. E nem dessa vez ele deu, ele não me botou pra fora, fui eu que depois fiz o comunicado a ele. Eu simplesmente não aceitei [o afastamento] e acho que você não é obrigado a aceitar, mas é obrigado a respeitar”, completou.
TRE-SP suspende perfis de Pablo Marçal em redes sociais
Liminar concedida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional de São Paulo (TRE-SP), suspende temporariamente perfis de redes sociais utilizados para monetização pelo candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB).
A decisão, tomada em uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) movida pelo PSB, suspende apenas as redes do candidato que “buscaram a monetização dos ‘cortes’ por meio de terceiros interessados”, afirmou o juiz, referindo-se à remuneração paga por Marçal àqueles que veicularem seus posts editados com os “cortes”, de forma a apresentá-los de forma descontextualizadas.
Na sentença, Zorz proíbe que Marçal remunere aqueles que veicularem seus vídeos editados. Nesse sentido, o juiz chama a atenção para o fato de haver indicativos de uma “transposição de limites” na conduta do candidato “no que respeita ao seu comportamento nitidamente comissivo de requerer, propagar e desafiar seguidores, curiosos, aventureiros a disseminar sua imagem e dizeres por meio dos chamados ‘cortes’. Para mais, saber se a monetização dos ‘likes’ obtidos nos sucessivos ‘cortes’, permitiriam o fomento ou indício de abuso de poder, no caso, de natureza econômica”.
A decisão abrange tanto o site de campanha do candidato como suas redes sociais no Instagram, YouTube, TikTok e X (antigo Twitter). Caso a decisão não seja cumprida, será aplicada multa diária de R$ 10 mil.
Por meio das redes sociais, Pablo Marçal postou um vídeo criticando a decisão do juiz. Ele se diz alvo de perseguição pela Justiça Eleitoral. “Acabei de receber a noticia de que uma liminar vai derrubar minhas redes sociais”, disse o candidato.
“Olha só que irônico. [Isso acontece] logo no dia que eu estou passando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eu sou o terceiro maior político no Instagram do Brasil. E estamos passando o homem mais popular da história da política nacional. Mas ele vai derrubar as redes sociais, primeiro. O sistema inteiro, com o governador Tarcísio [de Freitas], estão todos contra mim”, disse o candidato.
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