Foto Ricardo Stuckert |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram nesta última sexta-feira (23, da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.
Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”.
Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa.
“Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota.
Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida”.
“É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”, disse. “A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso país”, completou.
Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal”.
Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como “auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da indústria nacional”.
“Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com qualquer uma do mundo. O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não.Queremos ser grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde.”
Com informações da Agência Brasil.
Quase 40% da população do Ceará será de idosos em 2070
Foto Thiago Gadelha |
Daqui a quase cinco décadas, em 2070, 40% da população do Ceará deve ser composta por pessoas de 60 anos de idade ou mais, chegando a quase 3,4 milhões de cidadãos. Nesse cenário, a cada cinco pessoas, duas serão idosas. Em 2022, quando foi feito o último Censo Demográfico, essa faixa etária representava 14,7% dos residentes do Estado. A projeção, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi divulgada na última quinta-feira (22).
O envelhecimento populacional já tinha sido mostrado pelo Instituto em 2023, quando foi apresentada a mudança ao longo dos 12 anos que separaram dos dois últimos censos demográficos, de 2010 e 2022. Naquele momento, o Diário do Nordeste noticiou que a população mais idosa do Estado está concentrada no Centro-Sul, especialmente na região dos Sertões.
Segundo os dados mais recentes do IBGE, no ano 2000, pessoas com 60 anos ou mais no Ceará representavam 9,2% da população. Essa proporção deve dobrar em 2031, quando a projeção aponta 18,5% de idosos entre os residentes no Estado; triplicar em 2047 (27,9%), e quadruplicar em 2063 (37%). Confira, abaixo, um gráfico que ilustra a mudança na proporção de cada faixa etária.
A médica geriatra Manuela Castro Sales, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), aponta que o envelhecimento populacional é um fenômeno que vem ocorrendo no País ao longo dos últimos 50 anos. Como fatores que influenciam nessa mudança, ela indica ganhos na questão hidrosanitária, melhorias no controle de doenças crônicas e aumento da longevidade da população associados à redução da taxa de natalidade.
Esse fenômeno, de acordo com professora, vem ocorrendo, no Brasil, de forma mais acelerada do que nos países de desenvolvimento e o estado ainda não conseguiu se preparar para esse desafio, em nenhum dos níveis de governo. "Nós precisamos com urgência acelerar as políticas públicas de saúde para atender essa população, que é cada vez maior e está crescendo de forma alarmante", defende.
Com informações do Diário do Nordeste.
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