Governadores ampliam mobilização e trabalham pacto nacional no combate à pandemia
Os governadores intensificam as ações para viabilizar a compra de vacinas contra à Covid-19 e trabalham a unificação de medidas mais restritivas para impedir o avanço da pandemia. A formação de um pacto nacional une, os Governadores do Distrito Federal e de 21 estados Ceará, Piauí, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Distrito Federal, Alagoas, Minas Gerais, Sergipe, Goiás, Maranhão, Amazonas, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Apenas cinco Chefes de Executivos Estaduais – Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantis, não se manifestaram, até a noite desse domingo, sobre a ideia de um pacto nacional.
O vácuo deixado pelo presidente Jair Bolsonaro na coordenação de um movimento nacional para enfrentamento da pandemia abriu espaços para as articulações dos governadores. Bolsonaro foi levado ao isolamento até mesmo pela oposição que faz a ações adotadas pelos Estados e Municípios para conter avanço da doença.
O número elevado de pessoas infectadas pela Covid, a superlotação dos hospitais e a demora do Ministério da Saúde em agir para compra de vacinas, além da oposição de setores da administração federal às medidas de restrições impostas pelos estados e municípios, empurraram governadores e prefeitos para uma corrida contra o tempo na luta pela importação de vacinas.
As negociações feitas pelos prefeitos e governadores com laboratórios responsáveis pela produção dos imunizantes ganharam mais força nesta última semana. O Fórum dos Governadores dos 9 Estados do Nordeste já acertou a compra de 25 milhões de doses de vacinas, enquanto quase 2.000 prefeitos oficializam, nos próximos dias, a formação do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, que é liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Vacina passa em teste de fábrica e Fiocruz anuncia início de produção em larga escala
A vacina de Oxford/AstraZeneca passou nos testes de estabilidade e consistência e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve anunciar nesta segunda (8) o início de sua produção em larga escala.
Com isso, devem ser entregues 3,8 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde até o fim de março —a previsão inicial era de 15 milhões, mas um problema no equipamento que lacra os frascos diminuiu inicialmente o volume.
Pelo novo calendário, um total de 30 milhões de doses deve ser disponibilizado até abril, e 100 milhões de doses até meados do ano. Elas serão usadas no PNI (Programa Nacional de Imunização), coordenado pelo governo federal.
A expectativa em torno dos testes era enorme: qualquer falha poderia retardar ainda mais a produção num momento em que uma segunda onda de Covid-19, mais agressiva do que a primeira, ameaça os sistemas de saúde de todos os estados do Brasil. A vacina é uma esperança de que isso possa em algum momento ser freado.
Folha de S.Paulo
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