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terça-feira, 16 de abril de 2019

Boas notícias da chuva: Castanhão tem maior aporte e passa de 5% pela 1ª vez no ano; Orós vai de 5% para 8%

Nos últimos sete dias, o Castanhão foi o açude que recebeu maior aporte, com 36,4 milhões de metros cúbicos. Descontado aquilo que evaporou e o volume de água liberado, o volume do açude aumentou 28 milhões de metros cúbicos, cerca de 0,82% no volume total. Mesmo que pareça pouco, o acréscimo é significativo diante do tamanho do Castanhão.

Com o aumento do volume, pela primeira vez neste ano, o nível do maior e mais importante reservatório do Ceará passou de 5. No acumulado do ano, o Castanhão acumula aporte de 127,7 milhões.

O segundo maior açude do Estado, O Orós, também apresenta crescimento significativo ao longo do mês de abril, passando de 5,25% no dia para 8,14%. Nos últimos sete dias, o Orós recebeu aporte de 32,4 milhões de metros cúbicos. Na última semana, o açude recebeu mais da metade da água que entrou desde o começo de 2019.

No acumulado do ano, o açude com maior aporte no Ceará é o Araras, localizado em Varjota, na Zona Norte do Estado. O Estado tem hoje 32 açudes sangrando e outros dois estão próximos da capacidade máxima.

Bolsonaro acaba com política de aumento real do salário mínimo

O governo do presidente Jair Bolsonaro propôs nesta segunda-feira (15), que o salário mínimo seja corrigido apenas pela inflação em 2020. Na prática, a medida, que depende de aval do Congresso, encerra a política que permitia ganhos reais aos trabalhadores, implementada nas gestões do PT e em vigor até este ano.

A proposta que traça as diretrizes para o Orçamento do ano que vem, enviada nesta segunda ao Legislativo, prevê que o piso de salários no Brasil será de R$ 1.040 a partir de janeiro de 2020, o que representa uma correção de 4,2% referente à estimativa para a variação da inflação. Hoje, o valor está em R$ 998.

No texto do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, o governo ainda ampliou a previsão de rombo fiscal para o ano que vem, dos atuais R$ 110 bilhões de déficit para um resultado negativo de R$ 124,1 bilhões.

A política de valorização do salário mínimo foi implementada no governo Lula (PT) e transformada em lei por sua sucessora Dilma Rousseff (PT). A regra, entretanto, teve validade encerrada em janeiro deste ano.

No cálculo vigente até o reajuste de 2019, o salário mínimo foi corrigido levando em conta a inflação no ano anterior somada ao PIB de dois anos antes, o que permitiu alta real em períodos de crescimento econômico.

Se o valor de 2020 mantivesse o mesmo cálculo, seria acrescido 1,1% ao reajuste, referente ao crescimento do PIB de 2018.

A decisão de acabar com os ganhos acima da inflação está em linha com uma das bandeiras do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende uma ampla desvinculação do Orçamento.

Com a medida, que precisará ser aprovada pelo Congresso, o governo ainda ganhará uma folga nas contas públicas.

O aumento do salário mínimo reajusta automaticamente benefícios Previdenciários. Pelas contas da equipe econômica, para cada R$ 1,00 de aumento no valor do mínimo, o governo amplia cerca de R$ 300 milhões nas despesas anuais.

O secretário especial de Fazenda da Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o valor do mínimo previsto no projeto não significa uma mudança na política de reajuste salarial do governo."Em termos de definição de politica salarial, o governo tem até 31 de dezembro deste ano [para enviar uma proposta ao Congresso]", disse. Com informações da Folhapress.

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