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sábado, 27 de abril de 2019

Bolsonaro manifesta preocupação sobre amputações de pênis


O presidente Jair Bolsonaro manifestou preocupação nesta quinta-feira (25) sobre o volume de amputações de pênis no país e fez um alerta sobre a necessidade de lavar o órgão com água e sabão.

Embora o alerta tenha sido feito de forma inusitada e aleatória, na saída de um encontro no Ministério da Educação, Bolsonaro não está errado, segundo a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) –já que a falta de higiene é um dos fatores que aumenta o risco de desenvolver câncer de pênis.

O tema foi citado pelo próprio presidente, durante entrevista à imprensa. Bolsonaro tocou no assunto após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, falar sobre escolas infantis em assentamentos de reforma agrária.

"Uma coisa muito importante, complementar aqui o ministro. Dia a dia, né, a gente vai ficando velho e vai aprendendo as coisas", disse.

Na sequência, o presidente lembrou que, no meio militar, são ensinados hábitos de higiene bucal e afirmou que recentemente recebeu um dado alarmante. "No Brasil, ainda, nós temos por ano mil amputações de pênis por falta de água e sabão. Quando se chega em um ponto desse, a gente vê que nós estamos realmente no fundo do poço", ressaltou.

Segundo assessores presidenciais, o tema foi tratado recentemente com Bolsonaro pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O presidente ressaltou que a maior incidência do problema ocorre em estados pobres.

"Nós temos que buscar uma maneira de sair do fundo do poço ajudando essas pessoas, conscientizando-as, mostrando realmente o que eles têm que fazer e evitar que se chegue em esse ponto ridículo, triste para nós, dessa quantidade de amputações que nós temos por ano", afirmou.

O presidente observou que o problema faz também com que homens acabem utilizando banheiros reservados para urinar. "Eu tomei conhecimento uma vez que certos homens, ao ir para o banheiro, eles só ocupavam o banheiro para fazer o número um no reservado. O que é que acontece com esse cara? Eu sabia e aos poucos vou tomando conhecimento", disse.

Questionado, o Ministério da Saúde não informou dados sobre o volume de amputações de pênis no país.

Segundo o coordenador de câncer de pênis e testículo da Sociedade Brasileira de Urologia, José de Ribamar Calixto, a estimativa de mil amputações por ano foi feita com base em dados de internações no SUS nos últimos anos e procedimentos ligados ao câncer de pênis, mas precisaria ser atualizada.

"Eu diria que não é bem isso que o presidente disse. É pior do que isso. Viemos lutando há 20 anos para poder pautar uma política pública voltada a acabar com o câncer de pênis, e assim parar de arrancar o pênis dos outros por câncer", afirma ele, para quem pode haver subnotificação, por não haver dados de atendimentos na rede privada.

A má higiene íntima é um dos fatores que levam ao problema. "O que causa o câncer de pênis é, primeiro, a falta de higiene, quando o homem não consegue expor a glande, que é a 'cabeça' do pênis, para ser lavada. Somado a isso, uma contaminação pelo vírus HPV, que causa uma lesão agressiva e progressiva", explica. "É um câncer que se pode prevenir."

De acordo com Calixto, o maior volume de amputações ocorre no Norte e Nordeste. O Maranhão seria um dos estados com maior número de casos, segundo estudos vinculados à SBU. "E o motivo é a falta de educação sanitária", diz. "Só em São Luís, temos uma média por mês de oito a dez amputações. É um problema de saúde pública."

Com informações Folhapress

Sem Avianca, demanda por bilhete de ônibus aumenta 20%

Com a saída de operação da Avianca Brasil na rota entre Fortaleza e Juazeiro do Norte, o segmento de transporte rodoviário visualiza oportunidade de crescimento nos próximos meses. Para o gerente comercial nacional da Guanabara, Roberto Vasconcelos, a partir de maio, a empresa vai ofertar 120 assentos a mais no trecho entre as duas cidades.

“A minha expectativa é, a partir do Dia das Mães, estabelecer o quinto horário de leito nos ônibus. É um aumento diário no número de vagas de 16%. O meu crescimento é de 20% na demanda por assentos nos ônibus. A nossa ideia é reforçar a operação no Cariri”.

Para dar conta do aumento da demanda de viagens no transporte rodoviário, a Guanabara já pensa em aumentar a frota de veículos. “Vamos adquirir mais ônibus com previsão de entrega até o fim de junho. A procura pelo leito aumentou significativamente depois dos cancelamentos da Avianca. Antes da Semana Santa, a gente estava rodando com quatro veículos em cada sentido. Após este período, aumentamos mais um horário”, acrescenta.

Atualmente, a empresa já ampliou de 19 para 25 horários no sentido Fortaleza-Juazeiro do Norte. “Para esta semana, conseguimos traçar um panorama que realmente a saída do aéreo de Juazeiro do Norte já potencializou: a demanda por nossas linhas como opção. A gente já tem uma boa demanda e uma boa ocupação dos nossos serviços regulares para Juazeiro”, diz.

Sobre os preços das passagens, Vasconcelos diz que no sistema intermunicipal do Ceará existe uma tabela regulamentada pela Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) e pelo Detran. “Existe uma tabela fixa de preços no rodoviário. O intermunicipal cearense tem a segunda tarifa mais barata do Brasil por quilômetro rodado. As passagens para Juazeiro são as mais baratas do Ceará o quilômetro rodado. O valor da tarifa é mais caro por causa da distância”.

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