Trinta e quatro mortes por hora, 829 óbitos por dia e mais de 302 mil óbitos no ano de 2017. Esse é o retrato das doenças cardiovasculares no Brasil (infarto, hipertensão, AVC e outras enfermidades), que têm como principal fator de risco a hipertensão arterial, a “pressão alta” como é popularmente conhecida e que afeta pelo menos um a cada quatro adultos no país. Os dados preliminares são do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que, no Dia Nacional de Combate à Hipertensão, celebrado em 26 de abril, reforça o alerta para os cuidados com a saúde a partir de hábitos alimentares saudáveis.
O consumo excessivo de sódio (o principal componente do sal) aumenta o risco de hipertensão e doenças do coração. A Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (POF 2008-2009) aponta que dois terços do consumo de sal pela população brasileira vêm do sal adicionado ao cozinhar direto no prato. De acordo com o POF, o brasileiro consome mais que o dobro (quase 12g) da quantidade recomendada (5g) pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Embora 90% dos homens e 70% das mulheres consumam mais sal do que o máximo recomendado, 85,1% dos brasileiros adultos consideram seu consumo de sal adequado. Esses dados são da pesquisa Vigitel 2017 (inquérito telefônico realizado com maiores de 18 anos nas capitais brasileiras), que reforçam o alerta sobre o uso excessivo do sal e a percepção desse consumo.
A coordenadora da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN), Michele Lessa reforça que é importante evitar adicionar sal nas refeições prontas (inclusive em saladas) e reduzir a quantidade nas preparações culinárias. “Apesar de o Ministério fazer um trabalho pela redução de sal nos alimentos industrializados, que pode ser acompanhada por meio da rotulagem nutricional, é fundamental que as pessoas se acostumem com menores quantidades de sal”, afirma Michele. “Os hipertensos que usam medicamentos, em geral, não reduzem o sal e isso também é preocupante”, afirma a coordenadora.
(Agência Saúde)
Evangélicos salvam 16 pessoas do suicídio: acamparam na ponte
Um acampamento montado por um grupo de evangélicos em uma ponte já evitou pelo menos 16 casos de suicídio no Rio Grande do Norte.
O plantão começou no último dia 20 quando foi noticiado o resgate de um rapaz que tentou pular da Ponte Newton Navarro, em Natal. Ele foi arrancado do parapeito por policiais militares.
Aí, seguidores da igreja evangélica Assembleia de Deus Milagres montaram um acampamento no pé da ponte. Lá tem uma tenda para refeições e barracas para repouso dos voluntários e das pessoas que foram impedidas de se matar.
Dividido em turnos e usando radio comunicadores, o grupo se reveza para fazer plantão e impedir novas mortes.
Eles contam que agem com carinho e atenção.
“A gente chega junto, oferece ajuda, conversa, ora e acompanhamos a pessoa… um de nós ou mesmo a polícia, que passa muito por aqui, dá uma carona pra casa e entrega à família”, disse Wellington Inácio de Melo Filho, que está na ponte desde a semana passada, fazendo o trabalho de vigília.
Reforço
“Um a gente não conseguiu salvar. Ele pulou quando saímos pra comer”, contou Wellington.
Depois deste suicídio, pelo menos seis pessoas da igreja ficam no alto da ponte, 3 de cada lado, atentas a qualquer um que chegue por lá em atitude suspeita.
“Ficamos por aqui, evangelizando e prestando atenção às pessoas. Quando identificamos um possível suicida, passamos uma mensagem por rádio a alguém que está no alto da ponte, passando as características físicas e vestimentas. Carros que param lá em cima, também são abordados pelos irmãos”, explicou Elisângela Leonês, vendedora autônoma que está sendo voluntária.
A meta dos homens e mulheres que se comprometeram com o trabalho de vigília e salvamento é passar 30 dias no local.
Eles querem chamar atenção para a necessidade de vigilância 24 horas e sete dias por semana no alto da ponte Newton Navarro.
Ajuda
Os voluntários têm contado com a solidariedade das pessoas.
Os rádios para comunicação e uma moto para o transporte foram emprestados por empresários, para os 30 dias de vigília.
Doações de água, comida pronta e colchonetes também são necessárias.
“Seria muito bom se alguma empresa pudesse nos emprestar um banheiro químico, porque estamos tendo que ir no mato mesmo”, acrescentou Elisângela.
O assessor de comunicação da Polícia Militar do RN, disse que é um desejo antigo manter guarnição 24 horas por dia na Newton Navarro, mas falta pessoal na corporação para o serviço.
Com informações do PortalNoAr
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