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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Bolsonaro viaja a SP para retirada de bolsa de colostomia

Bolsonaro passará por procedimentos preparatórios para a cirurgia, que ocorrerá amanhã (28), no Hospital Albert Einstein.
O presidente Jair Bolsonaro segue hoje (27) para São Paulo às 8h onde será submetido à cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, que usa desdesetembro do ano passado após ter sofrido uma facada. Ele será internado pela manhã, assim que chegar na capital paulista. Será a terceira cirurgia do presidente em quatro meses após ter sofrido o atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Bolsonaro passará por procedimentos preparatórios para a cirurgia, que ocorrerá amanhã (28), no Hospital Albert Einstein. Ele deve ser submetido hoje a exames de sangue e clínicos.

A estimativa é que a operação dure cerca de três a quatro horas. A recuperação absoluta recomendada pelos médicos deve durar 48 horas. Após o período inicial de recuperação, voltará a desempenhar as atividades como presidente da República.

O presidente permanecerá em São Paulo por um período estimado em 10 dias, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, de ministros. Ele promete despachar diariamente.

A evolução da recuperação do paciente é que vai determinar a alta. Segundo Rêgo Barros, a imprensa será informada diariamente sobre o quadro de saúde do presidente, bem como de suas atividades no Hospital Albert Einstein.

Despachos

A partir do início da intervenção, o vice-presidente Hamilton Mourão assumirá a presidência. Ele ficará no cargo enquanto Bolsonaro se recupera da operação. O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que, na quarta-feira (30), o presidente deverá estar despachando com os assessores e ministros.

“Nas 48 horas de descanso após a cirurgia, o vice-presidente assume [o cargo]. A partir daí [das primeiras horas de recuperação], ele será levado para um local na área do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital que tem condições mais humanizadas, e passará a estabelecer contatos com seus integrantes, particularmente com os ministros”, disse.

Bolsonaro usa uma bolsa de colostomia desde que foi esfaqueado em um ato de campanha, em Juiz de Fora, dia 6 de setembro. A facada atingiu o intestino e o então candidato foi submetido a duas cirurgias, uma na Santa Casa de Juiz de Fora e outra no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

A bolsa de colostomia utilizada por ele por cerca de quatro meses funciona como um intestino externo e possibilita a recuperação do intestino grosso e delgado.

(DN)

Justiça de Minas bloqueia R$ 11 bilhões da Vale para ressarcir danos



A Justiça mineira determinou o terceiro bloqueio de valores da mineradora Vale, desde o rompimento das barragens da Mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho (MG), na tarde de sexta-feira (25). No total, até o momento, a empresa responsável pelo empreendimento terá que dispor de pelo menos R$ 11 bilhões para ressarcir danos e perdas de forma geral.

Este último pedido acatado pela justiça ontem (26) foi apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que definiu o valor de R$ 5 bilhões, seria exclusivamente para garantir reparação de danos causados às vítimas.

Os promotores Maria Alice Costa Teixeira, Marcelo Schirmer Albuquerque, Cláudia Spranger e Márcio Rogério de Oliveira, que assinaram a ação, destacaram que além de danos materiais, as vítimas sofreram “evidentes e notórios os danos morais, psicológicos, emocionais, comunitários, de saúde e culturais”.

De acordo com os autores do pedido, a mineradora obteve proveito econômico da exploração na região e têm que arcar com o ônus do desastre. No pedido, eles apontam que, segundo informações da própria empresa, apenas no 3º trimestre de 2018 a Vale obteve lucro líquido recorrente de R$ 8,3 bilhões e, diante do ocorrido, é fundamental que tais valores não sejam distribuídos entre os acionistas e investidores da empresa, mas sim revertidos para as medidas de recuperação ambiental e reparação dos danos.

O MPMG defende que a mineradora se responsabilize pelo acolhimento, abrigamento em hotéis, pousadas, imóveis locados, arcando com os custos relativos ao traslado, transporte de bens móveis, pessoas e animais, além de total custeio da alimentação, fornecimento de água potável. Para este atendimento, os promotores ainda orientam que pessoas atingidas sejam ouvidas sobre o melhor local e forma de abrigo para cada família.

Em decisão anterior, também nesse sábado, o Judiciário mineiro já havia bloqueado R$ 5 bilhões para a reparação de danos ambientais. No mesmo dia, o juiz Renan Chaves Carreira Machado, responsável pelo plantão judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte, ordenou o bloqueio de outros R$ 1 bilhão da mineradora. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda multou a Vale em R$ 250 milhões. (Agência Brasil)

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