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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

2018 teve recorde de apreensões de armas de fogo no Ceará; revólveres lideram levantamento

O ano de 2018 se consolidou como o período com o maior número de apreensões de armas de fogo no Ceará desde 2008, conforme levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Foram apreendidos 7.171 armamentos, superando em mais de 200 o ano de 2017, que teve 6.969 apreensões. Em termos comparativos, foi mais que o dobro do quantitativo apreendido em 2010.

Conforme a série histórica do órgão, nos últimos 11 anos, os revólveres são o principal tipo de armamento apreendido no Estado, com mais de 37 mil unidades, correspondendo a 66% do total. Em seguida, vêm as espingardas, com 18,5%, e pistolas, com 12,4%. O restante, que agrega equipamentos como escopetas, rifles, carabinas e metralhadoras, concentra apenas 2,6% das apreensões.

Após a conclusão das investigações e depois de serem remetidos à Justiça, os armamentos são destruídos. Por meio de convênio entre o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e a SSPDS, as armas envolvidas em processos judicial não são mais armazenadas nos fóruns do Poder Judiciário, mas em batalhões da Polícia Militar. O termo de cooperação foi acordado para garantir mais segurança aos fóruns, uma vez que as unidades judiciárias deixarão de ser alvos de possíveis ações criminosas.

Confira abaixo o montante de armas apreendidas: 2008 - 2.909

2009 - 3.076
2010 - 3.358
2011 - 4.111
2012 - 5.299
2013 - 6.036
2014 - 6.102
2015 - 6.288
2016 - 5.497
2017 - 6.969
2018 - 7.171

Com informações do Diário do Nordeste.

Jean Wyllys, do PSol, desiste de mandato e deixa o Brasil

O deputado federal reeleito disse estar com medo de ameaças de morte, que se intensificaram recentemente.
O deputado federal pelo PSol do Rio de Janeiro Jean Wyllys desistiu do mandato, para o qual tinha sido reeleito, e deixou o Brasil. A decisão, segundo informou o próprio deputado em postagem nas redes sociais, foi tomada por medo de ameaças de morte, que teriam sido intensificadas nos últimos meses. A informação de que ele abdicou do mandato foi confirmada pela assessoria de imprensa do partido na Câmara dos Deputados.

O parlamentar, que está de férias no exterior, publicou uma mensagem de despedida nas redes sociais. “Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores”, disse.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado justificou a decisão. Afirmou viver sob escolta policial desde o assassinato da correligionária Marielle Franco, vereadora no Rio de Janeiro, em março de 2018. De acordo com ele, as ameaças de morte aumentaram após o crime.

“O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, disse à Folha.

O líder do PSol na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), informou que a decisão do colega de partido já havia sido discutida com os demais integrantes da legenda.

Mesmo com a saída de Jean Wyllys, o partido continua com o mesmo número de deputados, uma vez que o suplente David Miranda (PSol) vai assumir a vaga.

Local desconhecido

A assessoria de imprensa do deputado pelo Rio de Janeiro informou que ele já está fora do país, mas não revelou o local. De acordo com os auxiliares, por motivos de segurança pessoal, Wyllys prefere, por ora, não informar qual será o seu paradeiro.

A chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República (PSL) também teria relação com a decisão. Em reiteradas ocasiões, o deputado vinha afirmando que, após a vitória do peesselista em outubro, ele passara a receber mais ameaças dos apoiadores do presidente. Durante suas duas passagens pela Câmara dos Deputados, o parlamentar do PSol fez dura oposição a Bolsonaro e chegou a cuspir no peesselista em 2016, durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

(Metrópoles)

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