Governo Federal autoriza repasse de R$ 2,3 milhões para construção de casas após desastre geológico em Missão Velha, no Ceará

O Governo Federal autorizou o repasse de R$ 2,3 milhões para a construção de 29 casas no distrito de Jamacaru, zona rural de Missão Velha, no interior do Ceará, local atingido por um desastre geológico no início de 2022. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (24).

Conforme a portaria, a transferência de recursos foi autorizada após a análise e aprovação pela área técnica competente do Plano de Trabalho enviado pela gestão do município do Cariri cearense. O documento tem um cronograma de desembolso previsto para liberação dos recursos em duas parcelas nos termos do art. 14 da Portaria n. 3.033, de 4 de dezembro de 2020.

“Considerando a natureza e o volume de ações a serem implementadas, o prazo de execução será de 365 dias, a partir da publicação desta portaria no Diário Oficial da União (DOU)”, diz um trecho da publicação.

Casas evacuadas 

Em abril do ano passado, pelo menos 29 famílias tiveram que sair de casa após risco de desabamento dos imóveis afetados por diversas rachaduras causadas por desastres geológicos, que começaram a surgir no final de março.

À época, o geólogo e inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea), Frederico Tavares, esteve no local e informou que seriam realizados estudos no solo para decidir o futuro dos imóveis.

“Você vê que realmente isso aqui é um problema geológico e que tem que ser estudado com calma. Tem que ser feito um diagnóstico com coerência. Vamos fazer um laudo e mostrar para a prefeitura para dizer quais os procedimentos eles têm que tomar. Após as análises no solo, vamos verificar se tem como recuperar ou se as casas vão ter que ser demolidas”, explicou Frederico Tavares.

Enquanto isso, os moradores das residências afetadas ficaram recebendo aluguel social e cestas básicas.

Fonte: G1 Ceará

Mesmo após queda em 2022, mais da metade da população do Ceará ainda está na linha da pobreza

 

O Ceará figura entre os 9 estados brasileiros em que a maior parte da população é pobre. Os dados são do levantamento Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

O Ceará registrou redução no número de pessoas vivendo na pobreza entre 2021 e 2022. Ainda assim, mais da metade da população do estado, 53,4% dos cearenses, continua na linha da pobreza – isto é, vive com uma renda mensal de até R$ 665,02.

Os dados são do levantamento “Pobreza e miséria nos estados brasileiros: 2022”, do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), ao qual o g1 teve acesso. O IJSN é vinculado à Secretaria de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo.

Os números do levantamento foram obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, que tem como objetivo acompanhar a evolução dos indicadores trabalhistas e socioeconômicos do Brasil.

Pessoas buscam comida em caminhão de lixo em Fortaleza

Em 2021, 57,4% dos cearenses viviam na linha da pobreza – mais de 5,2 milhões, em uma população total estimada em 9,24 milhões, segundo dados do IBGE. Em 2022, a população na linha da pobreza caiu para 53,4% — cerca 4,9 milhões de pessoas.

Mesmo com a queda, o Ceará aparece em 5º lugar entre os 9 estados brasileiros mais pobres. Confira a lista:

• Maranhão (58,9%)
• Amazonas (56,7%)
• Alagoas (56,2%)
• Paraíba (54,6%)
• Ceará (53,4%)
• Pernambuco (53,2%)
• Acre (52,9%)
• Bahia (51,6%)
• Piauí (50,4%)

Dos 9 estados com a maior parcela de pobreza no Brasil, 7 são da região Nordeste e 2 da região Norte.

Entre os estados com as menores parcelas da população na pobreza estão Santa Catarina (13,9%), Distrito Federal (17,3%), Rio Grande do Sul (18,2%) e São Paulo (20,4%).