O Projeto de Lei Orçamentária de 2022 (PLOA 2022), definido pelo PLN 19/2021, ganhou um acréscimo de verbas de R$ 72,1 bilhões. A mudança foi aprovada ontem (1º) pela Comissão Mista de Orçamento.
Segundo o relator da comissão, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), o orçamento está próximo do equilíbrio, já resta ao governo apenas um déficit de R$ 2 bilhões para atingir o equilíbrio entre receitas e despesas. Com a medida, a expectativa é que o orçamento seja de R$ 2,028 tri. A cifra não considera as privatizações que estão previstas para acontecer ainda no início de 2022, como a da Eletrobras - que deve arrecadar por volta de R$ 23 bi -, e licitações excedentes de petróleo do Pré-Sal, que podem gerar até R$ 5 bilhões para a União.
“Isso será um feito histórico, interrompendo a sequência de déficits primários observados nos últimos oito anos", afirmou o senador.
Mudanças nas previsões do Produto Interno Bruto (PIB), flutuações da Selic - a taxa básica de juros e a inflação foram os principais motivadores da nova cifra, explicou o senador em relatório. Guimarães informou também que, apesar da estimativa ser animadora, a queda de renda da população e o desemprego ainda são preocupantes.
Segundo projeções elaboradas pelo Ministério da Economia, o PIB deverá crescer 5,1% em 2021 e 2,1% em 2022. Para a Selic, especialistas da pasta apontam que a taxa básica de juros deve fechar em 9,15% o ano de 2021, e deve ter alta de até 2% durante o decorrer de 2022.
Guedes diz que Petrobras e Correios estão em risco
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta quarta-feira (1º) que a Petrobras e os Correios estão em risco por causa das transformações em seus respectivos mercados e que a Eletrobras está condenada à insignificância por não ter recursos para investir.
Guedes defendeu que o governo siga buscando as privatizações e que o abandono dessa agenda pode custar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apoio nas eleições.
"Não podemos dizer que agora está todo mundo bem resolvido, está bom do jeito que está, parabéns. Não. Temos que nos superar, fazer muito melhor e continuar transformando a economia brasileira", afirmou.
O ministro disse que as estatais viraram foco de corrupção e aproveitou para criticar, sem citar nomes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula é o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência nas eleições de 2022 e principal ameaça à reeleição de Jair Bolsonaro (sem partido).
"O futuro é verde e digital, não com a mão suja de graxa feito um ex-presidente que fica aí toda hora com a mão suja de graxa falando que quer a Petrobras de volta. De volta para quê, para saquear? De volta para quê, se o futuro é verde? Vai morrer sentado em cima desse petróleo valendo zero", disse.
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